Guerra na Ucrânia/Alemanha admite “consequências” se China enviar armas à Rússia
Bissau, 06 Mar 23(ANG) – O chanceler alemão, Olaf Scholz, admitiu hoje que haveria “consequências” se a China enviasse armas à Rússia para a guerra na Ucrânia, mas manifestou-se otimista, acreditando que Pequim não o fará.
Os comentários de Scholz
foram feitos numa entrevista à CNN que foi para o ar hoje, dois dias depois de
o chanceler alemão se ter encontrado com o presidente dos Estados Unidos, Joe
Biden, em Washington.
Autoridades dos Estados
Unidos alertaram recentemente que a China poderá começar a fornecer armas e
munições a Moscovo para a guerra na Ucrânia.
Antes da sua viagem,
Scholz pediu a Pequim que se abstivesse de enviar armas e, em vez disso, usasse
a sua influência para pressionar a Rússia a retirar as tropas da Ucrânia.
Questionado pela CNN
sobre se haveria sanções à China caso esta ajudasse a Rússia, Scholz respondeu:
“Acho que haveria consequências, mas agora estamos numa fase em que deixámos
claro que isso não deveria acontecer e estou relativamente otimista de que
teremos sucesso com o nosso pedido neste caso, mas teremos de analisá-lo e
teremos de ser muito, muito cautelosos”.
Scholz não deu detalhes
sobre a natureza de eventuais consequências.
A Alemanha é a maior
economia da Europa e a China tem sido o seu parceiro comercial mais relevante
nos últimos anos.
De volta à Alemanha e
depois de o seu gabinete se ter reunido com a Presidente da Comissão Europeia,
Ursula von der Leyen, Scholz voltou a ser questionado sobre o assunto.
“Todos concordamos que
não deve haver entrega de armas, e o Governo chinês afirmou que não entregaria
nenhuma”, respondeu o chanceler. “Isso é o que exigimos e estamos a observar”,
acrescentou.
Von der Leyen disse
também não ter “provas disso até agora” e sobre se a União Europeia sancionaria
a China por dar ajuda militar à Rússia afirmou que “é uma questão hipotética
que só pode ser respondida se se tornar realidade e facto”.
ANG/Inforpress/Lusa
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