Cabo Verde/Jornalistas Carlos Santos, Sheila Ribeiro e Eloisa Rodrigues vencem Prémio Nacional de Jornalismo 2022
Bissau,
04 Mai 23(ANG) – Os jornalistas Carlos Santos, da RCV, Sheila Ribeiro, do
jornal Expresso das Ilhas, e Eloisa Rodrigues, da TV Record Cabo Verde, são os
vencedores do Prémio Nacional de Jornalismo (PNJ) 2022.
Do
resultado das votações do júri, o trabalho que arrecadou mais peso dos votos no
segmento da Rádio foi a reportagem “Jornalismo sob pressão da justiça”, do
jornalista Carlos Santos, da RCV.
Nesta
categoria, o júri entendeu que o autor privilegiou uma diversidade de fontes,
fazendo um cruzamento de fontes primárias mais atuais com outras vozes
plasmadas em trabalhos de igual rigor, com vista a fundamentar a temática.
Ainda
foi atribuída na referida categoria uma Menção Honrosa ao trabalho “Origens: O
mercado do Platô” da jornalista Ariana Vaz também da Radio de Cabo Verde (RCV).
Na
categoria da Televisão a escolha do Júri recaiu sobre a reportagem intitulada
“Praia fustigada pela onda da criminalidade”, da jornalista Eloisa Rodrigues,
da TV Record Cabo Verde, emitida no programa Contacto Directo, no dia 18 de
Julho de 2022.
Trata-se
de uma reportagem abrangente e profunda que mostra, sem filtros, inclusive
com recursos a imagens de internautas, uma verdadeira radiografia da situação
de violência crescente vivida nas periferias urbanas da cidade da Praia.
A
mesma fonte informa ainda que a Menção Honrosa na categoria Televisão foi para
o trabalho “Como ficam os filhos em caso de feminicídios”, da jornalista Edneia
Barros da TV Record Cabo Verde.
No
que se refere a categoria da Imprensa Escrita, o primeiro lugar nesta categoria
foi para a reportagem “Estudar fora ou pretexto para a emigração? A questão de
um fenómeno a esclarecer” da autoria da jornalista Sheila Ribeiro, publicada no
Expresso das ilhas no 1072, com a data de 15 de Julho de 2022.
O
Júri entendeu que a reportagem se destaca pela maturidade na apresentação do
tema que inquieta muito a sociedade cabo-verdiana. Embora a problemática da
emigração esteja presente no debate público em Cabo Verde, observa -se uma
certa timidez e estereotipação de abordagens.
A
presidente do júri, Maria de Jesus Barros, em declarações à imprensa, adiantou
que no total foram recebidos e avaliados 40 trabalhos, sendo 13 da Televisão,
nove da Rádio e 18 da Imprensa Escrita.
“O
Júri destaca uma evolução muito positiva desta edição face aos anos anteriores,
não só a nível quantitativo, porque este ano houve muito mais trabalhos
concorrentes, como a nível qualitativo, com abordagem de vários temas
pertinentes e atuais, o que denota que o Prémio Nacional de Jornalismo está a
ter efeito para o qual foi criado, que é de melhorar a qualidade do trabalho
jornalístico em Cabo Verde”, declarou.
Segundo
Maria de Jesus Barros, os critérios que foram levados em conta são claros, são
cinco critérios, nomeadamente a qualidade técnica e relevância da temática,
originalidade, criatividade e profundidade na abordagem do tema, adaptação da
narrativa ao meio escolhido a pertinência e actualidade e potenciais impactos
ou repercussões na mudança de comportamentos individuais e colectivos e na
mobilização social.
Compõem os elementos do júri a presidente e jornalista Maria de Jesus Barros, o professor Wlodzimierz J. Szymaniak , escritora e jornalista Marilene Pereira, professor Silvino Lopes Évora e o sociólogo Nardi Sousa. ANG/Inforpress
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