Angola/João Lourenço acusa políticos de sabotarem investimento estrangeiro para o país
Bissau, 04 Set 23 (ANG) - O Presidente João Lourenço acusou alguns políticos de desencorajar instituições financeiras estrangeiras para não investirem em Angola, sabotando os interesses do país.
A estes adversários, João
Lourenço apelidou-os de “vende-pátria”, durante um encontro, onde também
lançou balizas para o processo de recuperação da economia.
Recomendações
para se encontrarem caminhos para a diversificação da economia angolana
marcaram sábado, 2 de Setembro, a abertura da
reunião do Conselho Económico e Social, órgão de
consulta do Presidente João Lourenço.
Ao tomar a palavra, o Chefe de Estado
angolano reconheceu que os resultados económicos obtidos pelo país ainda não
são animadores, mas acredita que, com mais trabalho, o quadro
há de mudar também com a ousadia dos empresários.
“Precisamos
de alargar o leque de produtos de exportação, de preferência manufacturados,
com valor acrescentado, para vender a melhor preço e garantir emprego local,
sobretudo para a nossa juventude. O Executivo tem feito tudo, em termos de
políticas, para criar um bom ambiente de negócios, para atrair investimento
privado direto estrangeiro, para incentivar a Banca e o sector empresarial
privado a fazerem a sua parte. Os resultados ainda são tímidos. Precisamos de
maior ousadia, que os empresários aceitem correr o risco inerente a qualquer
negócio”, lembrou João Lourenço.
O
Presidente da República lamentou, ainda, a postura de alguns
políticos angolanos que desencorajam o financiamento estrangeiro em Angola.
“Enquanto
trabalhamos para o desenvolvimento económico e social do país, alguns políticos
da nossa praça, que nunca quiseram o bem de Angola e dos angolanos, vêm
realizando trabalho contrário junto das instituições financeiras
internacionais, dos credores e investidores a desencorajar o investimento em
Angola”, denunciou João Lourenço.
Ainda assim, João Lourenço
considerou, igualmente, que esta acção dos seus adversários está condenada ao
fracasso, porque espelha falta de patriotismo e
sabotagem contra os interesses do próprio país.
“Mais
uma vez, esta ação que espelha bem a falta de patriotismo, sabotagem contra os
interesses de seu próprio país, está condenada ao fracasso, porque, felizmente,
os financiadores, credores e investidores, guiam-se por critérios objetivos de
análise dos mercados, e conhecem a nossa seriedade no que diz respeito a honrar
os nossos compromissos para com os credores, por isso os 'vende-pátria' não
serão bem-sucedidos”, avistou o também líder do MPLA.
O chefe
de Estado, avaliando a redução do Imposto de Valor Acrescentado (IVA) sobre os
bens alimentares essenciais, explicou que os governos vivem dos impostos para
projetarem o Orçamento Geral do Estado, construir
infra-estruturas, pagar salários, apetrechar e manter permanentemente
operacionais as forças de defesa e segurança, custear as despesas das missões
diplomáticas, realizar a tempo o serviço da dívida, honrar os compromissos
internacionais e outro tipo de despesas.
Por isso, João Lourenço
almeja que Angola tenha de ser um importante destino turístico nos próximos
anos, mas para isso acontecer, precisa de contar com os
empresários, agentes e fazedores da cultura. ANG/RFI
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