Sociedade/LGDH exige indeminização
de dinheiro gasto pela família Armando
Ventura no tratamento do familiar vítima de espancamento policial
Bissau, 09 Out 23
(ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos exigiu que seja indeminizada à família Armando Ventura todo o dinheiro
gasto no tratamento de um familiar vítima de espancamento de um agente de polícia, na
quarta-feira(04) do mês em curso.
A exigência da LGDH foi feita hoje pelo Vice-presidente desta organização,Victiorino
Indeque, numa conferência de imprensa, em que os familiares da vítima Ivandro Armando
Ventura denunciaram o ocorrido.
Indeque prometeu que a
liga, enquanto organização de defesa dos Direitos Humanos vai continuar a
monitorar a situação, “porque ninguém pode inverter ou criar as suas regras que não têm nada a ver com leis em
vigor no país”.
Disse lamentar, mais
uma vez, o comportamento abusivo de um agente da polícia.
Aquele responsável criticou que a polícia é para pôr a ordem pública e não para cobrar dívidas
e dar multas à pessoas e criar situações para meter medo à população, razão
pela qual responsabiliza o Ministério de
Interior pelo sucedido.
" O Ministério do
interior, nesta nova etapa, tem que se organizar internamente e parar com
corporativismo. E quando alguém fizer mal deve tentar buscar soluções”, disse
Indeque.
Em representação da
família, Banhom Armando Ventura deu a sua versão dos factos dizendo que o irmão Ivandro Armando Venutra foi
espancado por um agente de polícia no Estádio Lino Correia, quando saiu para
pagar à uma senhora que vendia a água.
Disse que o agente
teria dito ao seu irmão que ele não podia entrar no estádio, ,mas que o irmão
tentou explicar ao agente que queria entrar apenas para pagar a água que tomou
a senhora. Disse que foi nessa tentativa de convencer ao agente que outro
agente apareceu e começou a bater no Ivandro até que lhe partiu a clavícula .
“Daí a vítima recusou
que não ía para casa e foi para 1ª esquadra participar dos agentes. Feita a
participação, o comandante adjunto da esquadra fez as suas deligências e levou
a vítima ao hospital onde o mandaram
para raio x e se detetou que a sua clavícula teria partido”, disse Banhom Ventura.
Acrescentou que, segundo
o médico que tratou o irmão, este precisa de tratamento especializado para repôr a clavícula
no lugar, caso contrário não vai poder mover nada que pesa um quilograma ou mais.
"Viemos a liga
para denunciar o ocorrido, porque ficamos indignados com a atitude do agente
que parece ter ódio de meu irmão. Quando batia, ele dizia ao agente “sou irmão
do teu colega de trabalho” mesmo assim batia nele e o meu irmão agora não consegue dormir a noite.... chora
até de manhã”, revelou Armando Ventura. ANG/MI//SG
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