Política/Presidente do PUN sugere promoção de
debate nacional para solução da crise política prevalecente no país
Bissau, 23 Fev 24 (ANG)
- O Presidente do Partido para Unidade
Nacional (PUN) sugeriu esta sexta-feira
a promoção de um debate nacional para se encontrar soluções para a crise
política vigente no país.
Idriça Djaló apresentou a
sua sugestão numa conferência de imprensa, em que afirmou que os sucessivos governos
do país tiveram como único objetivo, satisfazer o desejo de dois por cento da
população, nomeadamente dos funcionários, políticos e dos militares, que vivem
do Orçamento Geral do Estado.
Diz que a maioria da população, principalmente os
camposes vive dos seus trabalhos, razão pela qual o país se tornou dependente
da campanha de caju, que condiciona a segurança alimentar dos guineenses, e que
depende da boa ou má campanha, para ter benefícios ou fome.
“ É urgente que todos os
responsáveis políticos, do mais pequeno até ao Chefe de Estado, tenham a consciência de que não trouxeram nada de bom
para a população. É necessário termos a
consciência nacional para que a presente campanha seja bem sucedida para todos,
depois de dois anos de má campanha,”disse.
Djaló criticou que sucessivas
crises ocorreram porque nunca houve
responsabilização das pessoas por crimes cometidos, e diz que “a justiça está
sempre ausente”.
Sem apontar ninguém, faz
acusação de que se está a roubar do erário público para compra de mansões e
apartamentos de luxos na Europa, a ostentar
vida de luxo à custa do povo, mas que todos calaram como se nada estivesse a acontecer.
Disse estar satisfeito
por políticos a falarem da subversão e
corrupção, e que,para ele, tudo isso
representa um “grande passo dado”,
mas diz que, o que deve ser discutido é
o desfuncionamento do sistema, desde golpes de Estado palaciano, passando por corrupção,
desfuncionamento da justiça, politização da Administração Pública e
instrumentalização das forças de defesa e segurança.
O líder do PUN defende a
criação de um quadro onde os culpados
serão responsabilizados desde o primeiro político até ao Presidente da
República, mas sem violência, ao invéz de se estar,segundo diz, “a inventar desculpas falaciosas para criar
problemas para o país”.
“ Os que outrora foram
autores da subversão é que estão agora a dar lição da democracia. São os que roubaram
bilhões no erário, compraram votos e corromperam o povo. Que moral estes têm de
falar ao público” ,questiona sem indicar a quem se refere ou a que pessoas se
refere. ANG/JD//SG
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