quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

  UA/ África quer lugar no Conselho de Paz e Segurança das Nações Unidas

Bissau, 21 Fev 24 (ANG) - A 37a cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Africana terminou na manhã de segunda-feira,( 19), em Addis Abeba.


Na sessão de encerramento, o Presidente da Mauritânia e novo presidente da União Africana, Mohamend Ould Cheikh El Ghazouani, afirmou que a obtenção de um lugar permanente no Conselho de Paz e Segurança das Nações Unidas é uma das prioridades do continente em 2024.

O último dia de trabalhos da 37ª cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Africana foi uma verdadeira maratona, com a sessão de encerramento a ter lugar pela  manhã, de segunda-feira,às 7:30, hora local em Addis Abeba.

O novo presidente da União Africana anunciou a adopção do segundo capítulo de dez anos com vista à implementação da agenda 2063, fazendo ainda referência à Educação, tema desta cimeira, insistindo na necessidade dos líderes africanos lhe acordarem mais importância, de forma a preparar as novas gerações para os futuros desafios.

Mohamend Ould Cheikh El Ghazouani disse ainda que África precisa de ser auto-suficiente em matéria de alimentos, finanças e desenvolvimento, acrescentando que é urgente restaurar o clima de segurança e estabilidade no continente.

As questões de segurança foram abordadas pelo embaixador Bankole Adeoye-que ocupa o cargo de comissário dos assuntos políticos do Conselho de Paz e Segurança-que reiterou a preocupação dos chefes de Estado e de Governo com o clima de instabilidade que se vive no continente, nomeadamente com os golpes de Estado militares e com a intenção de três países, Burkina Faso, Níger e Mali, saírem da CEDEAO.

Uma mini-cimeira terá lugar neste sábado, 24 de Fevereiro, em Abuja, Na Nigéria, para examinar a “situação política e de segurança na sub-região”, após o Burkina Faso, Níger e Mali manifestarem intenção de sair da CEDEAO.

Em entrevista à RFI, durante a cimeira da União Africana, em Addis Abeba, o chefe de Estado de Cabo Verde, José Maria Neves, considerou que o diálogo entre as partes é a única solução: "temos de fazer um esforço para revalorizar estrategicamente a CEDEAO, eventualmente isto tem a ver com a reforma da União Africana”. ANG/RFI

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