EMGFA defende reintrodução da História da luta
armada no currículo escolar
Bissau,24
Jan 18 (ANG) – O Estado-maior General das Forças Armadas (EMGFA) defendeu
terça-feira a reintrodução da história da luta de libertação nacional no currículo
escolar para que a nova geração possa conhecer as razões que levaram o PAIGC a
desencadear a guerra contra o domínio colonial.
O desejo foi
manifestado pelo Vice-chefe de Estado-maior General das Forças Armadas (EMGFA) Mamadu
Turé ao presidir a cerimónia de abetrura de uma palestra alusivo ao Dia dos Combatentes
da Liberdade da Pátria que se assinala anualmente a 23 de Janeiro, no país.
Disse que o
evento visa informar os novos saldados da história e das dificuldades que os
combatentes enfrentaram durante 11 anos da luta de libertação nacional já que ela
não faz parte do currículo escolar.
Por esse
motivo,defende a criação de uma nova disciplina capaz de relatar a história de
luta de libertação, caso contrário ela corre o risco de desaparecer.
Na palestra,
os novos soldados tiveram a oportunidade de ouvir na voz do Coronel Augusto
Bicoda, um pouco das diligências feitas pelo líder da luta, Amílcar Cabral,
para a conquista da independência por via pacífica, à semelhança de outros
países da sub-região, o Senegal, por exemplo, mas que não tiveram êxito.
Augusto
Bicoda, o orador do tema 23 de Janeiro, Início da Luta Armada, referiu-se ainda
ao memorando que prevê o reconhecimento da autodeterminação, retirada imediata
das forças armadas portugueses e libertação incondicional dos prisioneiros.
Contou ainda
aos presentes que o PAIGC outrora denominado de Movimento Independentista transferiu
as suas ações de Bissau para o campo após o massacre de Pindjiguiti que se transformou
no símbolo da libertação da Guiné-Bissau e que 3 de Agosto passou a ser o dia de
solidariedade internacional para com os povos das colônias portuguesas e da
proclamação da ação directa. ou seja a mudança da via pacífica para a armada.
Por sua vez,
o combatente da liberdade da pátria, António Pansu N`tchala referiu que no início
da luta a “guerrilha” não tinha armas suficientes para enfrentar os militares portugueses.
Disse que
nessa altura, ou seja em 1963 a maioria das pessoas não tinha armas e lutava
com catanas.
N`tchala ingressou
na luta com 16 anos, na tabanca de Cubuseco de Baixo, sector de Empada e disse que
não se sentiu arrependido por ter contribuído para a libertação dos povos da Guiné
e Cabo Verde, do jugo colonial, apesar das condições em que o país se encontra.
ANG/LPG/ÂC/JAM/SG
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