quarta-feira, 4 de julho de 2018

Política


          Analista político admite que MADEM-G15 pode fragilizar o PAIGC

Bissau,04 Jul 18 (ANG) O analista político e mestre em gestão de conflitos admitiu hoje que o Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15) pode fragilizar o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e funcionar como um regulador no sistema político no país, devido as bases eleitorais que dispõe seus dirigentes.

Carlos Alberto Costa que falava em entrevista exclusiva a ANG, considerou de normal o surgimento desta nova formação política no país, criada por indivíduos expulsos ou dissidentes do PAIGC, porque segundo ele não há outra forma de negociação interna para alcançarem um consenso. 

“Portanto o que aconteceu é natural. A título de exemplo do que ocorreu nos anos 20 na Suécia em que o Partido Social Democrata queria fazer reformas interna e algumas pessoas achavam que o partido devia se orientar com o socialismo e decidiram criar um outro partido chamado VPCO e hoje é formação com política com assento no parlamento Sueco”, explicou.

O analista político aconselhou que, dentro de um partido deve prevalecer o espírito de tolerância e que o líder deve ter capacidade de reconciliar os militantes, acrescentando que, mas quando um líder de uma formação política não está altura de conciliar os seus partidários corre o risco de surgir sempre situações do género.

Por isso, o também professor universitário afirmou que o (MADEM G15) pode fragilizar não só o PAIGC, mas também o Partido da Renovação Social (PRS) nas próximas eleições, porque vai subtrair destes partidos um número significativo de eleitores se fizerem um trabalho sério no terreno.

Carlos Alberto Costa aconselhou os dirigentes do MADEM-G15 a adaptarem a linha das suas acções com as necessidade da sociedade guineense em geral, sobretudo na garantia de acesso a educação, saúde e demais serviços como forma de tirar a mesma na demora em termos do desenvolvimento que se encontra há muito tempo.

Para tal, conforme o analista é preciso apostar nos sectores não só de educação e saúde, mas também no fornecimento regular da água e da energia, agricultura e infra-estruturas para facilitar os pequenos camponeses no escoamento de produtos agrícola para a capital e assim garantirem a segurança alimentar as populações.

Carlos Alberto Costa defende debate de ideias em função dos interesses da sociedade guineense, como forma de ajudar o povo a desenvolver a sua capacidade crítica em relação aos diferentes sectores da governação.
ANG/LPG/ÂC

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