Economista
Aliu Cassamá recomenda diversificação da economia para se aderir a moeda única
da CEDEAO
Bissau,27 Set 19 (ANG) – O economista guineense
Aliu Soares Cassamá disse que é urgência a diversificação da economia nacional perante
a criação da moeda única dos países da Comunidade Económica dos países da
África Ocidental (CEDEAO) denominado (eco), caso contrário a Guiné-Bissau vai correr
o risco de ser vítima da concepção da referida moeda.
Vista da sede de BCEAO em Bissau |
Segundo a Rádio “Sol mansi” a ideia foi
defendida por Aliu Soares Cassama numa palestra sobre a moeda única (ECO) e
perspectiva da Guiné-Bissau aos alunos da Universidade Colinas de Boé.
Cassamá justificou a sua afirmação com o facto
de o pais estar dependente da mono cultura de exportação de caju, situação que
irá colocar o país numa posição de desigualdade com outros países membros da
comunidade.
Porque, conforme o economista, o objectivo principal
da criação da moeda única é manter as relações comercias entre os países membro
da (CEDEAO), razão pelo qual é urgente a diversificação da cultura para que a
Guiné-Bissau possa usufruir da criação da moeda única.
Disse que a criação da moeda única vai permitir
não só o país promover relações comerciais entre os estados membros, mas também
contribuir para a redução das taxas de transacções, porque com a moeda única,
um empresário nigeriano que quer comprar a castanha de caju na Guiné não
precisa de fazer a conversação em dólar americano e depois para o franco cfa.
Acrescentou que ainda a moeda única vai
facilitar o pagamento entre 385 milhões de habitantes, que considera ser uma zona económica muito forte.
Quanto aos critérios de convergência
estabelecida pela CEDEAO, Aliu Soares Cassamá disse que os recentes dados
económicos do país apontam que o défice orçamental ronda os 3,4 por cento do
PIB, significa que o país não está a respeitar o critério da convergência.
Segundo critérios
da organização subregional, a taxa média de inflação não pode ser superior a 10
por cento do PIB.
O economista garantiu que há estabilidade dos
preços e que actualmente a taxa de inflação se situa em 1,4 por cento do PIB, e
que isso mostra que o país está a cumprir com este critério.
Disse que o terceiro critério diz que o
financiamento do Banco Central ao défice orçamental não pode ser superior a 10
por cento da receita fiscal do ano anterior, o que, segundo ele, significa que todos
os países da UEMOA estão a cumprir com este critério.
Por outro lado, o economista disse que é
impossível a implementação da moeda única em 2020, como pretende a CEDEAO porque
nenhum dos países membros está a cumprir com os cinco critérios, relativamente
a evolução das finanças publicas, dos preços, da massa salarial, da divida
publica e a evolução da pressão fiscal . Disse que, se esta situação prevalecer
até 2020, significa que nenhum país da UEMOA estará em condições de aderir ao
ECO logo na primeira fase.ANG/LPG//SG
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