Centrais
sindicais consideram possítiva a
primeira vaga de paralizações e já convocaram nova greve-geral
Bissau, 10 Jan 20
(ANG) – As duas centrais sindicais do
país nomeadamente a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG)e a
Confederação –geral dos Sindicatos Independentes (CGCI),consideraram hoje de
possítivo o balanço da greve de três dias na Função Pública uma vez que as
paralizações atingiram 96 por cento de adesão dos trabalhadoresem geral.
Falando numa conferência de imprensa o porta-voz da
Comissão Nacional da Greve disse que o resultado obtido mostra, mais uma vez o
nivel, a determinação dos trabalhadores da administração pública de lutar para resgatar a sua dignidade
enquanto funcionário público.
João Domingos da Silva lembrou aos funcionários públicos que
o esforço conjunto é que vai dar-lhes os seus direitos, não lutando de uma
forma isolada ,frisando que tendo em conta a passividade do Governo mostrado na
primeira fase da greve , as centrais sindicais vão voltar a carga com a segunda
vaga de paralizações nos dias 14 ,15 e 16 do meê em curso, e que um novo pré-aviso de greve foi entregue
quinta ao patronato.
“A paralização servirá para exigir do Governo o
cumprimento do Memorando do Entendimento assinado com as centrais sindicais em
Agosto de 2019, e neste sentido queremos apelar, mais uma vez, aos
trabalhadores a redobrarem esforços na
luta para resgatar os seus valores enquanto geradores das riquesas do país
“,disse.
Reagindo ao ultimo comunicado do Conselho de Ministros
que pede a compreensão dos sondicatos sobre a situação financeira difícil que o
país atravessa ,Domingos da Silva frisou
que só tem a lamentar uma vez que “a mensagem não tem fundamento” ,tendo
convidado o executivo a refletir bem sobre o Memorando de Entendimento .
Para o sindicalista, o reajusto feito no ano passado já
não é compativel com a realidade do país e nem com a cabaz de compra, uma vez
que o nivel de vida já mudou ,tendo convidado ao executivo a cumprir as leis do
país em relação aos trabalhadores ,em vez de os estar a comparar com os países da sub-região, onde a realidade é
completamente diferente para o possitivo.
João Domingos da Silva disse que estão depostos, se for
necessárioa perderem os salarios de dois
ou mais meses com descontos por parte do Governo devido as faltas durante os
dias da greve .
Disse que essa luta é para vencer uma vez que é por uma causa
justa ,frisando que estão a aguardar com serenidade uma resposta por parte do
governo em relação a actual situação na administracção pública.
As duas centrais sinciais exigem ao Governo o pagamento integral de dois meses
da salário aos servidores públicos ,concretamente ,Novembro e Dezembro de 2019.
Falta pagar na função pública o ordenado de dezembro,
havendo entretanto algumas categorias de servidores de Estado que já o
receberam.
ANG/MSC//SG
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