sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Função Pública


Centrais sindicais consideram  possítiva a primeira vaga de paralizações e já convocaram nova greve-geral

Bissau, 10  Jan 20 (ANG) – As duas  centrais sindicais do país nomeadamente a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG)e a Confederação –geral dos Sindicatos Independentes (CGCI),consideraram hoje de possítivo o balanço da greve de três dias na Função Pública uma vez que as paralizações atingiram 96 por cento de adesão  dos trabalhadoresem geral.

Falando numa conferência de imprensa o porta-voz da Comissão Nacional da Greve disse que o resultado obtido mostra, mais uma vez o nivel, a determinação dos trabalhadores da administração pública  de lutar para resgatar a sua dignidade enquanto funcionário público.

João Domingos da Silva lembrou aos funcionários públicos que o esforço conjunto é que vai dar-lhes os seus direitos, não lutando de uma forma isolada ,frisando que tendo em conta a passividade do Governo mostrado na primeira fase da greve , as centrais sindicais vão voltar a carga com a segunda vaga de paralizações nos dias 14 ,15 e 16 do meê em curso,  e que um novo pré-aviso de greve foi entregue quinta ao patronato.

“A paralização servirá para exigir do Governo o cumprimento do Memorando do Entendimento assinado com as centrais sindicais em Agosto de 2019, e neste sentido queremos apelar, mais uma vez, aos trabalhadores a redobrarem  esforços na luta para resgatar os seus valores enquanto geradores das riquesas do país “,disse.

Reagindo ao ultimo comunicado do Conselho de Ministros que pede a compreensão dos sondicatos sobre a situação financeira difícil que o país atravessa  ,Domingos da Silva frisou que só tem a lamentar uma vez que “a mensagem não tem fundamento” ,tendo convidado o executivo a refletir bem sobre o Memorando de Entendimento .

Para o sindicalista, o reajusto feito no ano passado já não é compativel com a realidade do país e nem com a cabaz de compra, uma vez que o nivel de vida já mudou ,tendo convidado ao executivo a cumprir as leis do país em relação aos trabalhadores ,em vez de os estar a comparar com  os países da sub-região, onde a realidade é completamente diferente para o possitivo.

João Domingos da Silva disse que estão depostos, se for necessárioa  perderem os salarios de dois ou mais meses com descontos por parte do Governo devido as faltas durante os dias da greve .

Disse que essa  luta é para vencer uma vez que é por uma causa justa ,frisando que estão a aguardar com serenidade uma resposta por parte do governo em relação a actual situação na administracção pública.

As duas centrais sinciais exigem  ao Governo o pagamento integral de dois meses da salário aos servidores públicos ,concretamente ,Novembro e Dezembro de 2019.

Falta pagar na função pública o ordenado de dezembro, havendo entretanto algumas categorias de servidores de Estado que já o receberam. 

ANG/MSC//SG

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