Bissau,24
Jan 20(ANG) - A Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO)
felicitou quarta-feira Umaro Sissoco Embaló, dado como vencedor das eleições
presidenciais na Guiné-Bissau, e pediu a conclusão do processo para que o
Presidente eleito possa ser investido no cargo.
Segundo
a Lusa que cita um comunicado desta organização sub-regional, a CEDEAO refere
ter tomado nota dos resultados das presidenciais de 29 de dezembro divulgados
pela Comissão Nacional de Eleições, que dão a vitória do escrutínio a Umaro
Sissoco Embaló com 53,55% de votos, enquanto Domingos Simões Pereira obteve
46,45%.
"A comissão da CEDEAO endereça, em
consequência, as suas felicitações ao senhor Umaro Sissoco Embaló, vencedor do
escrutínio", lê-se no comunicado, no qual a organização agradece aos
outros candidatos presentes nas eleições pelo seu compromisso com os valores
democráticos "tão caros à CEDEAO".
A
organização recomenda às instituições implicadas no processo eleitoral para "finalizarem rapidamente o seu trabalho
a fim de permitir a investidura do novo Presidente" o
que diz ser condição indispensável para a normalização institucional da
Guiné-Bissau.
A
CEDEAO reitera também a sua disponibilidade de continuar a acompanhar as
autoridades guineenses no seu esforço de consolidação da democracia e promoção
da paz e estabilidade, consideradas fundamentais para a execução das
prioridades de desenvolvimento socioeconómico e a prosperidade da Guiné-Bissau.
A
organização diz ter este posicionamento em decorrência da apreciação
feita "pelo conjunto das missões de observação
eleitoral"
que estiveram no terreno, tanto na primeira como na segunda volta do
escrutínio, que "reportaram
como sendo justas, livres e transparentes".
O
processo eleitoral guineense está mergulhado em polémica, com o assunto a ser
analisado pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) nas suas competências de
tribunal eleitoral.
O
candidato Domingos Simões Pereira não aceita os resultados, por acusar a
Comissão Nacional de Eleições de falhas graves nos procedimentos previstos na
lei, alegando que potencia suspeitas de fraude eleitoral.
O STJ
ordenou à CNE para realizar o apuramento nacional dos resultados, diligência
que o organismo disse já ter feito, antes de publicar os resultados que dão
Umaro Sissoco Embaló como o vencedor das eleições.
O
parlamento, por sua vez, já fez saber que sem a realização das diligências
exigidas pelo Supremo Tribunal à CNE, não poderá dar posse a Sissoco Embaló na
data que este propõe, 19 de fevereiro.ANG/Lusa
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