Covid-19/UA nomeia enviados especiais para pedir apoio
internacional
Bissau,13
Abr 20(ANG) - - A organização internacional União Africana (UA) nomeou um grupo
de enviados especiais para mobilizar a comunidade internacional no apoio à
economia dos países africanos que enfrentam a pandemia da doença covid-19, foi
hoje anunciado.
Cyril Ramaphosa |
Em comunicado, a União Africana, liderada pelo Presidente
sul-africano, Cyril Ramaphosa, explica que os enviados especiais irão solicitar
medidas rápidas e concretas a entidades como a União Europeia e o grupo G20.
"À luz do devastador impacto político e
sócio-económico da pandemia nos países africanos, estas instituições podem
apoiar as economias, que estão a passar por sérios desafios, com um
compreensivo pacote de estímulos, incluindo dívida diferida e pagamento de
juros", afirmou Cyril Ramaphosa.
Da equipa de enviados especiais fazem parte os
ex-ministros das Finanças Ngozi Okonjo-Iweala (Nigéria), Donald Kaberuka
(Ruanda) e Trevor Manuel (África do Sul) e o banqueiro e antigo diretor
executivo do Credit Suisse Tidjane Thiam.
No entender de Cyril Ramaphosa, o trabalho destes
enviados especiais poderá agilizar o apoio económico aos países africanos para
que estes possam responder rapidamente a esta emergência de saúde pública por
causa da covid-19.
O número de mortes provocadas pela covid-19 em África
é de 744 e estão registados 13.686 casos em 52 países, de acordo com a mais
recente actualização dos dados da pandemia naquele continente.
A pandemia afecta já 52 dos 55 países e territórios de
África, com quatro países – África do Sul, Argélia, Egipto e Marrocos - a
concentrarem mais de metade das infecções e mortes associadas ao novo
coronavírus.
A África do Sul tem o maior número de casos (2.028),
com 25 mortos, mas o maior número de vítimas mortais regista-se na Argélia
(275), em 1.825 infectados.
Todos os países africanos lusófonos registam casos da
doença, com a Guiné-Bissau a ser o mais afectado, contabilizando 39 pessoas
infectadas pelo novo coronavírus.
Angola soma 19 casos confirmados de covid-19 e duas
mortes.
Moçambique tem 20 casos declarados de infecção pelo
novo coronavírus e Cabo Verde totaliza oito casos de infecção desde o início da
pandemia, entre os quais um morto. Na quinta-feira, as autoridades
cabo-verdianas anunciaram que morreram 12 cidadãos de Cabo Verde no estrangeiro
vítimas da doença.
São Tomé e Príncipe, o último país africano de língua
portuguesa a detectar a doença no seu território, tem quatro casos confirmados.
Na Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa (CPLP), estão confirmados 18 casos positivos de
infecção.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da
covid-19, já provocou mais de 107 mil mortos e infectou mais de 1,7 milhões de
pessoas em 193 países e territórios.
Dos casos de infecção, quase 345 mil são considerados
curados.
Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto
espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS)
a declarar uma situação de pandemia. ANG/Angop
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