Justiça/Policia Judiciária interceta raparigas que estariam a ser levadas para Ásia
para prostituição
Laudolino Medina assinalou que a operação contou com a colaboração da Interpol
e que as raparigas foram encaminhadas de regresso a Bissau, e entregues à AMIC
durante alguns dias, encontrando-se já com as respetivas famílias.
A operação ocorreu há duas semanas, num aeroporto de Marrocos, precisou Medina.
"A intenção era levá-las para um país da Ásia com a promessa de uma vida
melhor, mas a polícia acha que o objetivo era mesmo a prostituição",
declarou o secretario-executivo da AMIC.
Laudolino Medina acredita que situações do género acontecem "desde
sempre", envolvendo raparigas guineenses, que são aliciadas com promessas
de trabalho em países vizinhos da Guiné-Bissau, Europa e Ásia, mas que parece
agravar-se com a pandemia da covid-19, disse.
Medina notou que as autoridades judiciais guineenses, com o estado de
emergência sanitária em vigor no país e em várias partes do mundo, diminuíram o
controlo, o que "parece estar a ser aproveitado pelas redes
mafiosas", observou.
O secretário-executivo da AMI citou um caso de tentativa de adoção fraudulenta
de uma criança de oito meses, cujos pais são do sul da Guiné-Bissau, por parte
de uma cidadã estrangeira a trabalhar em Bissau.
"A senhora está sob custódia das autoridades judiciais guineenses por se
ter verificado que tentou enganar a família do menor de oito meses no sul do
país. Os termos (de adoção) combinados não foram respeitados. A senhora
falsificou a cédula pessoal da criança e foi descoberta pela família",
declarou Laudolino Medina.
A intenção da pessoa era levar a criança para fora da Guiné-Bissau,
acrescentou.
Ainda esta terça-feira um agente da PJ esteve nas instalações da AMIC em Bissau
para receber informações sobre uma jovem rapariga que os pais queriam dar para
casamento, exemplificou Laudolino Medina.
A jovem está refugiada nas instalações da AMIC.ANG/Lusa
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