Covid-19/Disparo do número de
casos no continente americano
Bissau, 25 jun 20 (ANG) - O continente americano e
stá a conhecer um aumento substancial do número de casos de coronavírus, em particular os Estados Unidos e o Brasil que são respectivamente o primeiro e segundo países mais atingidos a nível mundial.Actualmente, de
acordo com o instituto médico Johns Hopkins, os Estados Unidos contabilizam
mais de 2 milhões de casos e ultrapassaram os 121 mil óbitos, sendo que por seu
lado o Brasil transpôs o milhão de casos e avizinha os 53 mil mortos devido à
covid-19.
O balanço da epidemia ultrapassou quarta-feira
os 100 mil mortos na América Latina e Caraíbas, sendo que mais de metade dos
óbitos foram registados no Brasil.
Para além deste país, contudo, o Peru com
uns 260 mil casos e mais de 8 mil óbitos, o Chile com cerca de 250 mil
contaminações e 4500 mortos, assim como o México que registou cerca de 191 mil
casos positivos e 23 mil vítimas mortais, também estão a encontrar sérios
problemas que peritos atribuem a sistemas de saúde deficientes e a uma pobreza
galopante que leva o seu forte contingente de trabalhadores informais a
desrespeitar a necessidade de manter o distanciamento físico.
Também considerada preocupante é a
situação dos Estados Unidos. Ouvido quarta-feira pela Comissão de Energia e
Comércio da Câmara de Representantes em Washington, Anthony Fauci, director do
Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecto-contagiosas, deu conta do
aumento vertiginoso do número de casos de coronavírus especialmente nos Estados
do sul, como o Arizona, Florida, Texas e Califórnia, ao ponto que os
governadores desses dois últimos Estados recomendam à sua população permanecer
em casa.
Aquele que tem sido o rosto do combate à
covid-19 nos Estados Unidos, julga que a epidemia ainda não está controlada no
país e relaciona a subida do número de casos com um desconfinamento que
considera ter sido feito sem estratégia de rastreio e monitorização dos casos
positivos.
Pouco optimista quanto à eventualidade de
se encontrar uma vacina antes de finais de 2021, Anthony Fauci também informou
que o ritmo dos testes iria aumentar, contrariando declarações de Donald Trump
que em comício em Tulsa no fim-de-semana defendeu a redução do ritmo dos
testes, numa lógica de diminuir a identificação de casos. Preconizações que não
foram seguidas de um pedido formal neste sentido da Casa Branca, afirmou Fauci.
Também presente na audiência parlamentar,
Robert Redfield, director do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos
Estados Unidos, declarou que a epidemia colocou «a nação de joelhos» e
estimou que o combate à doença poderia custar uns 7 mil milhões de dólares ao
país.
Outro efeito económico colateral da
epidemia, de acordo com a edição de ontem do New York Times, a reabertura
progressiva das fronteiras externas da União Europeia a partir do dia 1 de
Julho a países que «tenham controlado a epidemia» poderia excluir o Brasil e os
Estados Unidos.
Refira-se que aquando do começo das medidas de confinamento na Europa em Março perante a chegada massiva da epidemia no continente, o Presidente Trump ordenou a suspensão das ligações aéreas entre os Estados Unidos e a Europa. ANG/RFI
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