Líbia/Forças pró-Governo dizem controlar
Tripoli e subúrbios
Bissau, 05 jun 20 (ANG) - As forças
do Governo de acordo nacional (GAN) líbio afirmaram quinta-feira controlar toda
a capital, Tripoli, e os seus subúrbios, onde ocorrem há mais de um ano
combates com tropas de Khalifa Haftar, o homem forte do leste.
"As nossas heróicas forças têm o
controlo total das fronteiras administrativas da Grande Tripoli", declarou
o porta-voz das forças pró-GAN, Mohamad Gnunu, num curto comunicado divulgado
na rede social Facebook.
O anúncio ocorre após vários sucessos
das tropas do GAN, entidade sediada na capital e reconhecida pela ONU, entre os
quais a recuperação do aeroporto internacional na quarta-feira, que estava nas
mãos dos pró-Haftar desde Abril de 2019.
"As nossas forças continuam a
avançar, perseguindo as milícias terroristas além dos muros de Tripoli",
afirmou, por seu turno, o coronel Salah Namruch, vice-ministro da Defesa do
GAN.
"Alguns dos seus comandantes
fugiram na direcção do aeroporto de Bani Walid, a sudeste de Tripoli",
adiantou igualmente através do Facebook.
As forças do marechal Haftar têm tentado
apossar-se de Tripoli desde Abril de 2019 e o conflito exacerbou-se devido a
ingerências estrangeiras. Haftar conta com a ajuda dos Emirados Árabes Unidos e
da Rússia, enquanto o Governo de Acordo Nacional (GAN) é apoiado pela Turquia.
A ajuda de Ancara possibilitou alguns
êxitos militares ao GAN e o primeiro-ministro líbio, Fayez al-Sarraj, reúne-se
hoje com o presidente Recep Tayyip Erdogan na capital da Turquia.
Segundo a presidência turca,
"trocarão ideias sobre uma solução política para a Líbia, com um
calendário".
Na quarta-feira, a ONU anunciou o
reinício das negociações entre os beligerantes líbios, suspensas há mais de
três meses. Todas as anteriores tentativas de se conseguir um cessar-fogo
duradouro falharam.
A Líbia mergulhou no caos após a queda
do regime de Muammar Kadhafi em 2011 e actualmente o poder é disputado entre o
GAN e o lado de Haftar.
Desde abril de 2019, centenas de
pessoas, incluindo numerosos civis, foram mortos nos combates e cerca de 200
mil foram obrigados a fugir.ANG/Angop
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