Recursos
naturais/Ministro das
Pescas exalta o sector como segundo motor de crescimento do país
Bissau, 08 jun 20 (ANG) – O
ministro das Pescas disse que o setor é atualmente o mais representativo de
todos e é considerado o segundo motor de crescimento com capacidade para
proporcionar valor acrescentado à economia e gerar empregos.
Ministro das Pescas |
As revelações de Malam Sambú
foram feitas esta segunda-feira, no quadro da celebração hoje, do Dia Mundial
dos Oceanos assinalado este ano sob o lema “Inovação para um Oceano
Sustentável” .
Malam Sambú afirmou que a
Guiné-Bissau é o 1º país do mundo com maior superfície de mangal em termos
relativos, 12º em termos absolutos e 2º lugar em África depois da Nigéria,
sublinhando ainda que os ecossistemas do país são propícios para albergar e
sustentar recursos haliêuticos diversos e abundantes.
Segundo Sambú, a Guiné-Bissau
dispõe de uma vasta plataforma continental com uma rica variedade de recursos, e é uma das regiões marítimas mais ricas na
região da África Ocidental , sendo por isso uma preferência dos pescadores
estrangeiros tanto artesanais como industriais.
O governante sublinhou que o
lema escolhido este ano para celebrar o Dia Mundial dos Oceanos, é essencialmente relevante na perspectiva da
década das Nações Unidas da Ciência dos Oceanos para o Desenvolvimento
Sustentável, e que convida a reflectir
sobre os principais desafios que têm a ver com a utilização dos oceanos.
Disse que vários fatores
contribuem para a riqueza haliêutica entre os quais, uma plataforma continental
muito larga e pouco profunda, os seus largos braços de mar cobertos nas suas
margens por mangais, numerosos estuários com um sistema de proteção natural
formados por diversas ilhas, a ocorrência de fenómenos de ressurgência costeira
e a descarga fluvial especialmente importante durante as estações da chuvas.
Sambú indicou que são vários
os setores de desenvolvimento atinentes ao domínio dos mares e oceanos, nomeadamente
a energia, os transportes, a pesca, o turismo, os hidrocarbonetos, comércio e
entre outros.
Acrescentou que, embora a
importância dos oceanos para o desenvolvimento sustentável seja amplamente
reconhecida pela comunidade internacional, o progresso na implementação de
decisões internacionais para promover o referido desenvolvimento tem sido muito
lento.
Segundo este responsável da
pasta das pescas, apesar dos significados e benefícios de ordem económica,
social e ambiental concedidos pelos oceanos persistem ainda inúmeros desafios
para os manter e preservar para futuras gerações.
“Alguns dos problemas mais
sérios são a sobrepesca e a pesca destrutiva, a perda de biodiversidade
incluindo o declínio acentuado e extinção de algumas unidades populacionais
haliêuticas, a acidificação, o aquecimento, a destruição de recifes de corais,
poluição de origem marítima e telúrica incluindo derrames acidentais de
hidrocarbonetos e água radioativa, contaminada por acidentes nucleares ou ainda
espécies exógenas disseminadas de diversas formas”, frisou Malam Sambú.
O titular da pasta das
Pescas disse que os desafios são a delimitação marítima, a aplicação da lei, a
gestão integrada de oceanos e mares, a vulnerabilidade ambiental de pequenos
estados em desenvolvimento, os ecossistemas marinhos vulneráveis e a fraude e
outros crimes praticados no mar.
“Emergem outros assuntos importantes,
tais como, recursos genéticos marinhos, gestão de recifes de corais, lixo no
mar, excesso de nutrientes e eutrofização, ruído oceânico, energias renováveis
e permuta de dados ambientais”, disse.
Malam Sambú afirmou ainda
que os impatos económicos, sociais e ambientais decorrentes destes desafios são
enormes pelo que é urgente empreender ações que assegurem a gestão sustentável
e o uso adequado dos oceanos e dos recursos marinhos.
Acrescentou que não obstante
as vantagens económicas e sociais que advêm da utilização dos mares e oceanos,
constata-se que essa potencialidade natural é objeto de uma utilização cada vez
mais intensa e não judiciosa, o que põe em risco a sua durabilidade.
Prometeu que o país fez e
continua a fazer esforços substanciais para proteger o seu ambiente costeiro de
alto valor intimamente ligado ao oceano atlântico em grande medida, através da
criação de áreas marinhas protegidas em que a pesca comercial é proibida.
Exortou à todos os atores da
atividade pesqueira e não só, a associaram-se aos esforços do governo visando
promover boas práticas que respeitem e preservem os ecossistemas naturais
aquáticos e costeiros, para que a pesca seja uma atividade rentável hoje,
amanhã e para sempre, contribuindo para a perenidade dos oceanos.
O Dia Mundial dos Oceanos
começou a ser celebrado em 8 de junho de 1992 durante a Rio-92, na cidade de
Rio de Janeiro, Brasil.
No momento, esta data ainda
não foi oficialmente estabelecida pelas Nações Unidas.ANG/DMG/ÂC//SG
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