Comunicação Social /CNCS está interessado que o exercício da profissão seja através de atribuição de Carteira Profissional”, diz Ladislau Embassa
Bissau, 08 Fev 21
(ANG) – O Presidente do Conselho Nacional de Comunicação Social (CNCS) Ladislau
Embassa disse hoje que a instituição que
dirige está interessada na criação e no funcionamento da Comissão de atribuição da Carteira Profissional(CP) de
jornalista.
Em declarações a Agência
de Notícias da Guiné, o Presidente da CNCS sustentou que,
se o acesso à profissão for través de atribuição da Carteira, isso irá
ajudar na capacidade regulatória da organização.
Disse que outra
posição ou qualquer afirmação no sentido contrário, será sempre uma afirmação
desprovida de fundamento legal e desconectada à realidade.
Numa recente
declaração à ANG o secretário-geral do Sinjotecs disse estar preocupado com o desinteresse do Conselho
Nacional de Comunicação Social (CNCS) no processo de criação e de funcionamento
da Comissão de Atribuição de Carteira Profissional aos Jornalistas.
Acrescenta que o Conselho não pode discordar das iniciativas que visam a implementação de um estatuto
que está previsto na lei, disse que o Conselho
é um órgão parajudicial com competência regulatória e deve estar e está
interessada em trabalhar no sentido de uma melhor regulamentação do
sector da comunicação social guineense.
Por isso, Ladislau
Embassa defende a instalação da Comissão de Emissão de Carteira Profissional
aos jornalistas.
Referiu que o legislador, de acordo com o que está
prescrito no Estatuto de jornalista, confere ao Sindicato de jornalistas a
competência de atribuição e a gestão, em termos gerais, o acesso a profissão, através
da emissão de Carteira Profissional, e que o Conselho figura como instância de recurso, para dirimir conflitos
decorrentes da não atribuição ou retirada da CP.
Assegurou que nessa matéria tal como em outras, o
Conselho está colaborante, porque a fim ao cabo, o que se pretende é para que o sector da comunicação
social tenha toda a ferramenta que possa permitir o exercício da liberdade de imprensa,
de expressão e que a actividade de jornalista seja profícua, a bem da
sociedade.
“O pluralismo são
valores que nós entendemos que, estando num Estado de Direito, num quadro de democrático
é importante que sector da comunicação
social como um elemento essencial para a consolidação da democracia possa trabalhar
em condições, não só de ponto de vista jurídico legal, mas também que haja condições técnicas, em termos de equipamentos
e até sustentabilidade económica e financeira dos órgãos da comunicação social”, disse
Embassa. Acrescentando que é nisso que o Conselho está a trabalhar.
“As vezes projetamos
acções, mas em função do contexto que existe não é fácil concretizá-lo, mas
isso não pode esbater a nossa vontade de contribuir para melhorar o sector”, afirmou
Ladislau Embassa.
Questionado sobre a
prestação dos jornalistas e dos órgãos de comunicação social, Embassa disse não
estar satisfeito de momento, porque há
sinais de muita preocupação em relação a estas prestações sustentando que os valores
como objectividade e o pluralismo não estão a ser integralmente respeitados.
“A tonalidade em
alguns programas que nós ao nível do Conselho já referenciamos, nomeadamente o tom
e conteúdo nos deixa preocupados, mas isso não é um quadro global e absoluto de
toda a comunicação social. Existem órgãos e jornalistas que estão a esforçar-se
no sentido de respeitar os parâmetros do seu funcionamento, em condições muito
difíceis e, por conseguinte, os jornalistas trabalham em condições adversas”,
afirmou.
Disse que o próprio poder politico não ajuda no
sentido de dar o apoio que é necessário à semelhança de outros países, para que
os órgãos possam exercer as suas actividade com maior liberdade.ANG/LPG/ÂC//SG
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