Cultura/Escultores da Feira de Artesanato passam por dificuldades neste período da pandemia
Bissau,
09 Fev. 21 (ANG) – Os escultores da Feira de Artesanato de Bissau estão a deparar-se
com dificuldades de negócios por falta de turistas no país neste momento da
pandemia de coronavírus, disse hoje a Agência
de Noticias da Guiné ,a porta-voz dos artesões.
Alexandrina Marina Mané disse que atualmente, devido a esta situação, os promotores e produtores das artes, principalmente da madeira, que mais produzem, são agricultores e que a maioria já voltou para suas tabancas e regiões por falta de meios.
"Nesta
segunda vaga, os poucos que vieram também estão com grandes dificuldades dentre
as quais a falta de turistas que constituem 80 por cento dos seus clientes”,
disse, Alexandrina Mané.
Segundo
ela, a situação está a ficar cada dia mais dramática porque não têm apoios de
ninguém, contrariamente à outros países, em que, segundo Ela, há subvenção aos
artesões.
Mané
disse que, os poucos clientes que vão à Feira têm lamentado igualmente as
dificuldades que a crise pandémica impõe. Disse que estão actualmente a vender
os seus produtos à preço de promoção.
De
acordo com Alexandrina Mané, outra dificuldade com que os artesões se
conformam tem a ver com a aquisição de madeiras secas para confecções dos seus
produtos, acrescentando que a madeira seca está muito cara e rara e a
molhada não dá para a confeção de seus produtos.
Afirmou
que, com o fecho de uma das Agências das
Nações Unidas, que é a UNIOGBIS,
perderam igualmente muitos clientes porque, através dessa organização, muitos
profissionais técnicos e consultores em missão no país, quando voltam para os seus países adquirem
peças artesanais.
Segundo
esta porta voz, o momento não é para falar de benefícios porque só estão a
vender para sobrevivência diária das famílias.
Alexandrina
Marina Mané pede ao Governo para que olhe para os artesões, e sustenta que apesar de ser um sector
privado representa a identidade da Guiné-Bissau, e “é uma imagem do país que
que não pode ser visto nos livros porque pouco se escreve do sector”.
Para
Braima Sissé, vendedor de estatuetas de madeira, a situação dos artesões em
termos de negócios é muito difícil porque dependem de turistas para viver, de
altos dirigentes e algumas pessoas que viajam para fora do país.
De
acordo com ele, o Estado não reconhece
este sector,
apesar das contribuições que pagam .
“Desde o
inicio da pandemia até hoje não beneficiou de nenhuma ajuda de pelo menos de máscara
porque lida com pessoas que vêm de fora sobretudo pessoas de países mais
infectados com Covid-19”, disse Sissé.
Aladje Indjai vendedor de peças diversas de
arte disse que o negocio é muito difícil neste momento de Covid-19 porque os
turistas, que compram seus produtos, deixaram de frequentar o país.
Disse
que as matérias-primas que utilizam para confeccionar os seus produtos são adquiridas localmente
e também no Senegal e Mali. ANG/MI/ÂC//SG
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