ONU/Estados Unidos regressam ao Conselho de Direitos
Humanos
Bissau, 09 Fev 21 (ANG)
– Os Estados Unidos acabam de anunciar a intenção de se envolverem novamente no
Conselho de Direitos Humanos da ONU, que o Governo de Donald Trump abandonou,
em 2018, acusando-o de hipocrisia.
“O Presidente (Joe
Biden) instruiu o Departamento de Estado a envolver-se imediata e
vigorosamente” no Conselho de Direitos Humanos da ONU, disse o secretário de
Estado norte-americano, Anthony Blinken, num comunicado.
“Vamos fazer isso porque
sabemos que a maneira mais eficaz de reformar e melhorar o Conselho é trabalhar
com ele ao nível dos princípios”, disse o encarregado de negócios dos Estados
Unidos, Mark Cassayre, numa mensagem pré-gravada, durante uma reunião do
Conselho que se realizou por videoconferência.
Cassayre sublinhou ainda
que, “estando presente à mesa, queremos garantir que (o Conselho) pode cumprir
o seu papel (…) na luta contra a tirania e a injustiça”.
Os Estados Unidos
revertem assim a decisão do ex-Presidente Donald Trump, que, em junho de 2018,
anunciou a saída do Conselho de Direitos Humanos da ONU, com sede em Genebra.
“Estamos a dar este passo
porque o nosso compromisso não nos permite continuar a fazer parte de uma
organização hipócrita ao serviço dos seus próprios interesses, que faz dos
direitos humanos objeto de brincadeira”, acusou Nikki Haley, em 2018, quando
ocupava o cargo de embaixadora na ONU em Nova Iorque, pela mão do então
secretário de Estado Mike Pompeo.
Haley acusou ainda o
Conselho de proteger “os perpetradores de violações dos direitos humanos” e de
ser “uma fossa de preconceitos políticos”.
A decisão de abandono do
Conselho de Direitos Humanos da ONU reforçou ainda mais a imagem de
desconfiança de Trump sobre as organizações multilaterais, que ficou marcada
ainda pela retirada do acordo climático de Paris, da Organização Mundial de
Saúde e pela estratégia de paralisia da Organização Mundial do Comércio. ANG/Inforpress/Lusa
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