Covid-19/EUA, India, Japão e Austrália juntam-se para produzir vacinas
Bissau, 15 Mar 21 (ANG) – Os líderes dos Estados Unidos, Japão, Austrália
e Índia comprometeram-se a produzir mil milhões de doses de vacinas contra a
covid-19, na Índia, até ao final de 2022, anunciou a Casa Branca.
“Estes quatro líderes assumiram um compromisso comum impressionante: com capacidade de produção indiana, tecnologia americana, financiamento japonês e americano e logística australiana, o grupo comprometeu-se a entregar até mil milhões de doses (de vacinas)” para distribuição no sudeste da Ásia, até final de 2022, disse o assessor da Casa Branca para a Segurança Nacional, Jake Sullivan.
Trata-se de doses da
vacina norte-americana Johnson & Johnson, que o anterior Governo do
ex-presidente Donald Trump não incluiu no seu projecto de apoio intensivo -
conhecido como ‘Warp Speed’ - mas que Joe Biden pretende agora incentivar.
“Estamos a lançar
uma nova parceria ambiciosa para impulsionar a produção de vacinas para o
benefício de todos, em particular da região do Indo-Pacífico", explicou
hoje o Presidente norte-americano, na abertura da cimeira virtual que juntou os
líderes dos quatro países.
“Esta é a primeira
cimeira multilateral que tenho a oportunidade de organizar, na qualidade de
Presidente”, lembrou Joe Biden, no início da conversa com os
primeiros-ministros do Japão, Yoshihide Suga, da Índia, Narendra Modi, e da
Austrália, Scott Morrison.
Biden disse que a
aliança dos quatro países está empenhada em responder “às graves carências do
sudeste asiático, através de veículos financeiros complexos que permitirão um
aumento muito importante, francamente drástico, das capacidades de produção de
vacinas, até mil milhões de doses em 2022”.
“Estamos a falar de
enormes investimentos, para fortalecer a capacidade de produção de vacinas na
Índia, para exportar para países da região do Pacífico”, disse o diplomata indiano
Harsh Shringla, em declarações aos jornalistas, em Nova Deli.
“É uma meta muito
ambiciosa, se pensarmos que as vacinas em todo o mundo estão, para já,
limitadas a apenas algumas centenas de milhões de doses”, concluiu o diplomata.
O espírito de cooperação
entre os quatro países deve ser acelerado e a Casa Branca anunciou hoje que
haverá uma nova cimeira entre os seus líderes ainda antes do final deste ano,
desta vez em formato presencial.
Trata-se da primeira
vez que esta aliança informal dos quatro países, nascida nos anos 2000 para
contrabalançar as ambições expansionistas da China, se reúne ao mais alto
nível, tendo ficado já marcada uma nova cimeira para o final deste ano, desta
vez em formato presencial.
“Esta é a primeira
cimeira multilateral que tenho a oportunidade de organizar, na qualidade de
Presidente”, lembrou Joe Biden na abertura da videoconferência com os
primeiros-ministros do Japão, Yoshihide Suga, da Índia, Narendra Modi, e da
Austrália, Scott Morrison.
"Os Estados
Unidos estão determinados a trabalhar com todos os nossos aliados regionais
para garantir a estabilidade", acrescentou Biden.
Num outro sinal da
prioridade dada à Ásia pelos EUA, o primeiro-ministro japonês será, em Abril, o
primeiro líder estrangeiro a ser recebido pessoalmente nos Estados Unidos pelo
novo Presidente, anunciaram hoje os dois países, esclarecendo que as alterações
climáticas e o combate à pandemia de covid-19 estarão no topo da agenda da
reunião.
A pandemia de
covid-19 provocou, pelo menos, 2.630.768 mortos no mundo, resultantes de mais
de 118,5 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência
francesa AFP.
A doença é
transmitida por um novo coronavírus detectado no final de 2019, em Wuhan, uma
cidade do centro da China.ANG/Angop
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