Justiça/Colectivo
de Advogados do PAIGC move queixa-crime contra deputados do MADEM-G15
Bissau,
23 Jun 21 (ANG) – O colectivo de advogados do Partido Africano da Independência
da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), moveu hoje uma queixa-crime contra os deputados
Bamba Banjai e José Carlos de Macedo, o partido Movimento para Alternância
Democrática (MADEM-G15) e seu Coordenador, Braima Camará.
Na
nota de participação criminal, à que a ANG teve acesso esta quarta-feira , o colectivo referiu que os deputados Bamba Banjai e José Carlos
Macedo, numa conferência de imprensa realizada dia 14 do mês corrente, na sede do partido, acusaram o ex-primeiro-ministro,
Aristides Gomes de dar instruções para a venda de passaportes da Guiné-Bissau à
14 paquistaneses pela módica quantia de 554.000 Euros por cada, quando era chefe
do executivo.
Ainda
os mesmos deputados, segundo o mesmo documento, terão dito que o dinheiro daí
resultante foi depositado numa conta do Partido Africano da Independência da
Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e que tudo fora feito em conluio com o Presidente do
PAIGC, Domingos Simões Pereira.
O
colectivo de advogado dos libertadores disse no mesmo documento que Bamba Banjai
e José Carlos de Macedo afirmaram que os mesmos paquistaneses teriam sido
nomeados Conselheiros e que os
passaportes adquiridos por aquele preço eram todos diplomáticos.
O
colectivo sustentou que os dois
políticos deixaram claro que falavam na qualidade de deputados, como também de
dirigentes do MADEM-G15, facto que, segundo o colectivo, permite concluir que agiram a mando ou sob a
autoridade da direção daquele partido político e do seu Coordenador, em
especial, com o propósito de atingir a dignidade, honra e consideração de
Aristides Gomes.
Em conferência de imprensa após a entrega da
queixa-crime, o advogado Carlos Pinto Pereira convidou aos referidos deputados
a mostrarem provas do que tinham dito, porque segundo Pereira, não basta só
exibir papéis, mas sim provar as
acusações.
“Temos
absoluta certeza de que serão incapazes de provar no tribunal as acusações que
fizeram”, afirmou Pinto Pereira, que pediu ao Ministério Público para fazer o seu trabalho.
Por
outro lado, Carlos Pinto Pereira apelou ao novo Presidente do Supremo Tribunal
(STJ), Mamadu Saido Baldé para ter em conta “vários processos” que já deram entrada naquela
institução mas que nâo têm andamento.
Pinto
Pereira disse acreditar que o novo Presidente
de STJ vai cumprir a sua promessa de de dar um novo fôlego àquela instituição.
“Com isso teremos a apreciação dos casos que
temos pendentes no STJ, nomeadamente, o processo relativo a confirmação da
nomeação do Armando Mango como 1º vice-presidente da Assembleia Nacional
Popular (ANP), que até ao momento presente não teve qualquer andamento”, disse
Pereira.
Lamentou
a forma como o processo da ocupação do lugar de 1º vice-Presidente da ANP ficou
parado, acrescentando que, se é assim que as coisas vão continuar a funcionar
nas instituições, deixa muito a desejar e que vão lhes obrigar a assumir outra
forma de luta.
Disse
esperar que o Aristides Gomes saia completamente “ilibado” das acusações e
calúnias de que foram alvo, e disse que estarão para provar que tudo quanto foi
afirmado não passa de uma calúnia.
Vailton
Pereira Barreto, outro elemento do colectivo, sublinhou que recorreram ao
tribunal para obter a justiça. “Porque é
a única via legal para alcançar o esclarecimento”, disse. ANG/DMG/ÂC//SG
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