segunda-feira, 27 de setembro de 2021

 Justiça/PGR ordena inquérito contra líderes sindicais do setor de saúde

Bissau,27 Set 21(ANG) - O procurador-geral da República (PGR), Fernando Gomes ordenou sexta-feira a abertura de um inquérito para eventual atribuição de responsablidades criminais aos líderes  sindicais do setor de saúde que decidiram “boicotar” os seviços de saúde em todo o território nacional e por tempo indeterminado.

Foto Arquivo
Os técnicos, entre médicos, enfermeiros e técnicos de apoio médic
o não comapareceram, segunda e terça-feira nos hospitais e centros de saúde , num primeiro momento sem serviços mínimos, mas após a intervenção da central sindical (UNTG, União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau) voltaram, na quarta-feira,  a dar assistência mínima.

Com o boicote, que paralisou por completo os hospitais e centros de saúde públicos, entre segunda e terça-feira, os técnicos da saúde reclamam o pagamento de salários e subsídios em atraso, o seu enquadramento no chamado Estatuto da Carreira Médica e ainda a melhoria das condições laborais nos centros de atendimento de doentes com a Covid-19.

O Governo considera que a iniciativa tenha  motivações políticas e o PGR vai agora averiguar se há, ou não, matéria para procedimento criminal.

"O procurador-geral da República ordenou a abertura de inquérito para apurar eventual responsabilização criminal de líderes sindicais envolvidos na incitação dos médicos e técnicas de saúde ao boicote dos serviços nos diferentes hospitais e centros de saúde do país", lê-se numa nota do gabinete de Comunicação e Informação da Procuradoria, citada pela Lusa .

As delegacias do Ministério Público em diferentes tribunais do país "têm ordens" para instaurar "os competentes procedimentos criminais" contra os autores de "atos que resultaram em perda de vidas humanas", refere o a nota.

 "O comportamento do género é suscetível de se enquadrar ao tipo legal de crime previsto e punível nos termos do artigo 208.°, conjugado com o artigo 144.°, ambos do Código Penal da Guiné-Bissau”, assinala ainda o documento.ANG/Lusa

 

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