Caju/Presidente de ANAG considera negativa a campanha de 2021
Bissau, 26 Nov 21 (ANG) – O
Presidente da Associação Nacional dos Agricultores Guineenses (ANAG),
considerou hoje de negativa a campanha de comercialização de castanha de caju do
presente ano, “devido ao fraco rendimento aos produtores” .
Jaime Boles que falava em
entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), disse que um dos
motivos que contribuiram para que a campanha do presente ano seja considerada
de negativa por parte dos produtores, tem a ver com a demora na fixação do preço indicativo, por parte do
governo.
“O atraso registado na
fixação do preço de venda da castanha de caju por parte do governo levou alguns produtores a decidirem comercializar, antes
de tempo, as suas castanhas, por um preço favorável aos comerciantes”, declarou
Jaime Boles.
Sustentou que o produtor precisa vender a sua castanha
para sobreviver, realçando que os
comerciantes se aproveitaram da fraqueza dos produtores, para obrigar-lhes a
vender os seus produtos, à preço muito
baixo.
Os produtores, segundo
Boles, não merecem “essa exploração” por terem sacrificado muito no campo
devido as medidas restrintivas anunciadas
pelo governo, no quadro do prevenção contra a Covid-19.
“As mulheres que contratamos
para apanha de caju não conseguiram trabalhar este ano devido a Covid-19, os
jovens que pagamos para nos ajudar no campo também não. Por isso, temos só que dizer
que o nosso esforço foi em vão e outros intervenientes deste sector
beneficiaram muito. Conseguiram comprar a castanha num preço que lhes
fovorece”, referiu o Presidente da ANAG.
Jaime Boles apelou ao
governo para passar a fixar o preço indicativo da castanha à tempo, para poder
ter o controle do mercado e permitir que os produtores possam também ganhar
alguma coisa através das suas produções.ANG/LLA/ÂC//SG
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