terça-feira, 16 de novembro de 2021


Dia das Forças Armadas
/Presidente da República recomenda  aos militares para assumirem o legado histórico da luta de libertação nacional

Bissau,16 Nov 21(ANG) – O Presidente da República recomendou hoje aos militares para  assumirem o seu legado histórico que cobriram de glória a nação guineense, durante a luta armada de libertação nacional.


Umaro Sissoco Embaló discursava  por ocasião das celebrações, hoje, dia das FARP assinalado em simultâneo com o 48º aniversário da independência nacional.

“Distintos Chefes Militares da Nação Guineense, hoje 16 de Novembro, é vosso Dia Nacional. Recebam do vosso Comandante Supremo e Presidente da República um forte abraço castrense, e os melhores votos de sucessos na Defesa da Pátria”, referiu o Presidente da República.

O chefe de Estado disse que, tal como em 1973, hoje, esta Guiné-Bissau de 2021, também é uma promessa de paz, de concórdia nacional e de progresso social.

“Aprendemos com as lições do passado e contamos, hoje como ontem, com a solidariedade dos países irmãos e de toda a comunidade internacional para consolidarmos este ciclo político novo, de esperança renovada num futuro melhor”, salientou.

O Presidente da República sublinhou que, ontem, o povo guineense, ciente da sua diversidade étnica e cultural, encontrou no seu passado, as raízes da sua unidade anticolonialista, e venceu.

Acrescentou que  hoje, na imaginação partilhada do seu futuro comum, os guineenses de todas as origens étnicas e de todos os credos religiosos renovam todos os pressupostos da sua unidade nacional para enfrentar e vencer os desafios do futuro.

“Quarenta e oito anos se passaram sobre a data de 24 de setembro de 1973. Foi nesta data histórica que a Assembleia Nacional Popular, exprimindo a vontade soberana do Povo Guineense, proclamou, pela voz do seu Presidente, o Comandante João Bernardo Vieira, Nino, o Estado da Guiné-Bissau”, sublinhou.

Por esse motivo, Umaro Sissoco Embalo, saudou em particular, os Combatentes da Liberdade da Pátria, aqueles que estão presentes na cerimónia, e todos os outros que não puderam vir acompanhar neste dia de Festa Nacional e também de celebração do Dia das Forças Armadas da Guiné-Bissau.

“Neste momento, inclino-me à memória dos Combatentes da Liberdade da Pátria que já não se encontram entre nós, que já faleceram, aos quais  reitero a minha solidariedade e respeito”, salientou.

Aos  compatriotas na diáspora, o chegfe de Estado disse estender o seu abraço fraterno, de unidade nacional, de solidariedade e de esperança num futuro melhor.

 “Juntos vamos fortalecer o Estado de Direito Democrático, estabilizar as nossas instituições políticas e desenvolver economicamente o nosso país, base sobre a qual o progresso social se constrói e se sustenta”, vincou.

O Presidente da República afirmou que, para a concretização desse “verdadeiro desígnio nacional”, todos os guineenses - os residentes e os que vivem e trabalham no estrangeiro -, todos eles, sem exceção, são chamados a participar.

À Juventude Guineense, Embalo dirigiu uma  “saudação especial” e um abraço forte de solidariedade, de cumplicidade, de aposta num futuro que tem de ser melhor do que foram as quase cinco décadas da Independência nacional.

Referiu  que muitas das promessas da independência, que acompanharam a sua geração, ficaram por concretizar, e lamenta que limitadas oportunidades de formação, desemprego persistente e a pobreza marcaram muito a sua geração.

O Presidente da República lamentou que o Estado guineense tenha atravessado  períodos de grande turbulência política, de uma sucessão de golpes militares, de ocorrência de uma guerra civil, enfim, de crises político-institucionais recorrentes.

“Praticamente perdemos perto da metade dos 48 anos de independência, com a Guiné-Bissau mergulhada em crises políticas de natureza diversa. Todas essas crises provocavam impactos negativos nas instituições politicas e na vida económica do nosso País, com reflexos sociais graves”, disse.

Umaro Sissoco Embaló sublinhou que foi um período longo e difícil que só ficou encerrado pouco depois da realização das eleições presidenciais e da sua  tomada de posse, no início de 2020, período  apartir do qual  a Guiné-Bissau começou a recuperar  as suas responsabilidades soberanas no concerto das nações.

As celebrações do Dia das Forças Armadas e da Independência Nacioanal contaram com as presenças dos Presidentes da Libéria Jorge Weah e  do Senegal Macky Sall, o primeiro-ministro da República da Guiné-Conacri, o ministro da Defesa do Gana, Dominic Nitwul, entre outros convidados estrangeiros.ANG/ÂC//SG

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