terça-feira, 16 de novembro de 2021


Caso avião retido no aeroporto
/Primeiro-ministro manda instaurar investigação externa para apurar os factos

Bissau,16 Nov 21(ANG) - O Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam decidiu instaurar uma investigação externa ao avião retido no aeroporto de Bissau e pediu apoio da comunidade internacional, refere um comunicado divulgado segunda-feira pelo gabinete do chefe do Governo guineense.

“O gabinete do primeiro-ministro, por instruções superiores, anuncia que foi instaurada uma investigação ao avião suspeito que aterrou no aeroporto Osvaldo Vieira no passado dia 29 de outubro e que se encontra retido desde essa data”, lê-se na nota, datada de 12 de novembro, e assinado pelo chefe de gabinete do primeiro-ministro.

Segundo o comunicado, a investigação será feita por uma “entidade externa, que será responsável por analisar todas as circunstâncias suspeitas envolvendo a aeronave”.

“Essa entidade colocará à disposição do Governo da Guiné-Bissau tecnologia especializada e capacidades para conduzir uma investigação independente, isenta e exaustiva e identificará as ações e intervenções a implementar para proteger no imediato e futuramente os interesses do país e da sua população”, salienta a nota.

O gabinete do primeiro-ministro sublinha que a “Guiné-Bissau está comprometida no permanente e concertado desenvolvimento de esforços para garantir a segurança e bem-estar do seu povo”.

“Estancar o fluxo de passagem e transbordo de bens ilícitos especialmente armamento ilegal e drogas para a região da África Ocidental é um objetivo de altíssima prioridade para o Governo da Guiné-Bissau. Como parte dos esforços em curso, o gabinete do primeiro-ministro solicitou à comunidade internacional apoio na persecução desse objetivo, através da disponibilização de assistência e suporte”, conclui o comunicado.

Em declarações aos jornalistas no sábado, após uma viagem a França, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, afirmou que o caso do avião retido no aeroporto de Bissau, por ordens do Governo, é uma distração para desviar atenção do problema da droga que está a combater no país.

“Todo este filme é por causa do combate à droga e à corrupção que estou a levar a cabo e que vou continuar”, precisou Embaló, prometendo uma reação sobre a situação geral do país a seguir ao Conselho de Estado (órgão de consulta do Presidente da República), que marcou para quarta-feira.

“Dia 17 vão ver a minha reação, porque tudo tem o seu limite”, sublinhou o Presidente guineense, realçando que nada de anormal se irá passar a seguir à sua decisão.ANG/Lusa

 

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