EUA/Cimeira
para a Democracia promovida por Biden começa hoje com mais de 100 países
Bissau, 09 Dez 21(ANG) – Líderes e organizações de mais de 100 países e territórios, incluindo Portugal, participam a partir de hoje na Cimeira para a Democracia, iniciativa em formato virtual promovida pela administração norte-americana liderada por Joe Biden.
Com a
organização deste encontro, o Presidente norte-americano cumpre uma promessa
eleitoral: trazer os Estados Unidos de regresso aos palcos mundiais para
liderar um grupo de democracias empenhadas em fazer frente às ambições
expansionistas dos países autocráticos, em particular a China.
Na
cimeira virtual – organizada até sexta-feira a partir de Washington – o
Presidente norte-americano vai reunir chefes de Estado e de Governo e líderes
de organizações, mas também representantes do sector privado e de organizações
civis, num esforço global para defender as democracias contra o autoritarismo,
a corrupção e os ataques sistemáticos aos direitos humanos.
Todos
os membros da União Europeia (UE) irão participar na cimeira, excepto a
Hungria, que não foi convidada.
A
presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, estará presente na
cimeira, como representante do bloco europeu.
Sem
surpresas, os principais rivais de Washington, em particular a China, Rússia ou
o Irão, não figuram na lista de participantes.
Turquia
(aliado dos Estados Unidos na NATO), Cuba, Guatemala, Venezuela e os parceiros
árabes tradicionais dos americanos (Egipto, Arábia Saudita, Jordânia, Qatar ou
os Emirados Árabes Unidos) constam igualmente na lista de países que ficaram de
fora.
A
nível da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) participam Angola,
Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Guiné-Bissau,
Guiné Equatorial e Moçambique não foram convidados.
Por
outro lado, Biden convidou Taiwan, ilha autónoma que os Estados Unidos não
reconhecem como um país independente, mas que encaram como um modelo
democrático face à China.
China
e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, mas Pequim considera
a ilha é parte do seu território e já chegou a ameaçar a reunificação pela
força.
Os
críticos da Cimeira para a Democracia questionam a eficácia do encontro e
perguntam o que poderá ser atingido em apenas dois dias de uma reunião em
formato virtual, além de denunciarem o teor abstracto dos objectivos colocados.
ANG/Inforpress/Lusa
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