Agricultura/DG admite que escassez de combustivel no mercado pode condicionar o ano agricola 2022
Bissau, 18 Jul 22 (ANG) – O Director-geral
da Agricultura e Desenvolvimento Rural admitiu hoje que a crise de combustivel
que assola o mercado nacional pode comprometer o presente ano agricola, uma vez
que vai dificultar o funcionamento das máquinas de lavoura.
Julio Malam Injai falava em exclusivo à ANG das prespectivas e necessidades dos camponeses, após o lançamento oficial da campanha agricola 2022.
“Para a presente campanha,
possuimos sementes em grande quantidade e variedades e já estamos a receber
doações de sementes que estamos a conceder aos camponeses, entre as quais 558 toneladas
de sementes de arroz da água doce, 570 de arroz de mangrof, 35 toneladas do milho bacil
e 20 toneladas de milho cavalo”, revelou.
O Director-geral da
Agricultura disse ainda que têm 132 toneladas de sementes de mancarra, 60
toneladas de feijão, 34 quilogramas de tomates, 459 toneladas de fertilizantes.
“Para além destas sementes
foram comprados alguns materiais que doamos aos produtores,nomeadamente 1800
regadores, 1500 baldes, 4600 enxadas e 600 litros de produtos fitosanitários
para ajudar em casos de invasão de pragas”, acrescentou Júlio Injai em
entrevista à ANG.
Os referidos produtos e
materiais, segundo Júlio Injai , vão ser destribuidos ao nível das regões
através das Direcções Regionais da Agricultura.
Injai salientou que o
orçamento para o ano agricola 2022 e de 1.65 milhões de francos CFA, frisando
que a campanha agrícola vai ser feita duas
vezes ou seja na época seca, principalmente nas regiões de Bafatá e Gabu, e na
das chuvas em todo o país.
Disse que o Governo subvenciona os camponeses em
termos de pagamento de horas de lavoura com tractores.
Segndo o responsavél, os
privados detentores de tractores cobram 15 à 25 mil francos CFA por cada hora
de lavoura e que o Governo cobra 12.500
francos CFA, para o mesmo período, “para ajudar a aliviar os camponeses”.
O DG da Agricultura e
Desenvolvimento Rural recomenda a aposta na agricultura para o
alívio dos orçamentos familiares , principalmente nesta altura em que o mundo
se encontra em crise, primeiro devido a Covid-19 e agora pela guerra da Rússia com a Ucrânia.
Malam injai reconheceu que a
mecanização da agricultura no país está a andar muito lento, devido a falta de
equipamentos, uma vez que, para toda a Guiné-Bissau, um país com grande
potencial agricola, o Governo só despõe de 60 tractores.
Considerou de
insignificante, os 60 tratores mas diz que estão a ser usadas cada vez mais.
Falando do apoio do Chefe de
Estado aos camponeses, este responsavel disse que depois de um “diálogo franco”
com o ministro de Agricultura, o Presidente da República aceitou patrocinar a presente
campanha agricola, o que foi traduzido
num projecto orçado em mais de 60 milhões de francos CFA, cujas diligências
para a sua disponibilização estão em curso.
“Este dinheiro vai servir
para apoiar, de facto, os canponeses na mecanização agricola . E segundo o
desejo do Chefe de Estado, o apoio deve ser dado aos mais carênciados, pelo
menos uma hora de lavoura com tractor à
cada família, e o Ministerio por sua vez dá sementes e um saco de arroz
“,vincou .
O DG da Agricultura
aconselhou aos camponeses a não pouparem esforços cultivando para dar de comer
as suas familias e talvez puder vender parte da colheita para satisfazer outrras necessidades familiar.ANG/MSC/ÂC//SG
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