Sri Lanka/Repressão violenta dos manifestantes
antigovernamentais
Bissau, 22 Jul
22 (ANG) Pouco depois da tomada de posse,
quinta-feira, do novo Presidente Raniel Wickremesinghe, as forças de segurança
desalojaram os manifestantes com armas automáticas, desmantelaram as barricadas
e cercaram o complexo do secretariado presidencial que tinha sido invadido por
milhares de manifestantes há duas semanas, aquando da queda do anterior chefe
de Estado, Gotabaya Rajapaksa.
De acordo com testemunhas locais, esta
operação foi marcada por detenções e agressões, nomeadamente contra jornalistas
que estavam a tentar cobrir o acontecimento.
Estas violências não deixaram de suscitar
a preocupação nomeadamente por parte da delegação local da União Europeia que
recordou que a "a liberdade de expressão é essencial". No
mesmo sentido, a embaixadora americana em Colombo, Julie Chung, deu conta da
sua "profunda
preocupação" e apelou as autoridades à "contenção". Por
sua vez, a Amnistia Internacional exortou as autoridades a respeitar a
dissidência e condenou o recurso à força nomeadamente contra os jornalistas.
Isto sucedeu poucas horas antes de o novo Presidente
que deve permanecer no poder até ao final do mandato do seu antecessor, em
2024, nomear o novo chefe do governo. Dinesh Gunawardena, seu amigo de
infância, tomou posse hoje como Primeiro-ministro.
Enquanto o primeiro é apóstolo do liberalismo e pró-ocidental,
o segundo é tendencialmente socialista. Uma equipa que herda de um país em
ruptura económica, com penúrias de alimentos, electricidade e de combustíveis.
Um assunto que o novo Presidente, que conservou o pelouro das finanças,
pretende resolver com o FMI, na expectativa de sanar progressivamente a
economia do país minado por uma dívida gigante de 51 mil milhões de Dólares.
ANG/RFI
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