EUA/Resposta do Irão sobre acordo nuclear "não é construtiva"
Bissau, 02 Set 22 (ANG) - Os Estados Unidos lamentaram a resposta do Irão sobre um eventual regresso ao acordo nuclear de 2015, considerando que esta "não é construtiva", noticia hoje a Lusa.
Após dias de optimismo em torno de um compromisso entre as duas
partes.
“Podemos confirmar que
recebemos a resposta do Irão através da União Europeia. Estamos a estudá-la e
vamos responder, mas infelizmente não é construtiva", disse um porta-voz
do Departamento de Estado norte-americano aos jornalistas.
O Irão está a negociar
há 16 meses com a Alemanha, França, Reino Unido, Rússia, China e,
indirectamente, com os Estados Unidos para restabelecer o acordo nuclear de
2015, que limitou o programa nuclear iraniano em troca do levantamento das
sanções.
O acordo foi abandonado
em 2018 pelo então Presidente dos EUA, Donald Trump.
A União Europeia apresentou
durante a última ronda de negociações, em Viena, no início deste mês, um
"texto final", sobre o qual Washington e Teerão têm vindo a trocar
pontos de vista mediados por Bruxelas.
O Irão enviou o seu
parecer a 16 de Agosto, os Estados Unidos responderam a 24 de Agosto e o
Governo iraniano respondeu na quinta-feira com um texto que Washington não
considera construtivo.
Nos últimos dias, várias
vozes tinham expressado optimismo quanto à possibilidade de se chegar a um
acordo em breve.
"Estamos mais próximos
de um acordo agora do que há semanas ou meses atrás", disse na
quarta-feira o porta-voz da Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby,
indicando que Washington estava "cautelosamente optimista".
O chefe da diplomacia
europeia, Josep Borrell, também estava esperançado na possibilidade de um pacto
"nos próximos dias".
Por seu lado, o ministro
dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hosein Amir Abdolahian, disse em Moscovo que
uma decisão sobre o acordo poderia chegar "em breve", embora o Irão
tenha solicitado o encerramento de uma investigação da Agência Internacional de
Energia Atómica (AIEA) sobre a origem dos vestígios não declarados de urânio
encontrados no país, que poderiam indicar actividades encobertas.
Os EUA opuseram-se à
possibilidade de o acordo nuclear depender do fim desta investigação da AIEA.
ANG/Angop
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