Vaticano/África "não foi discriminada" pelo Papa Bento XVI
Bissau, 04 Jan 23 (ANG) - Milhares de pessoas prestam, na Basílica de São Pedro de Roma, uma última homenagem ao Papa emérito, Bento XVI, falecido no sábado. O velório decorre até esta quarta-feira, antes do funeral na quinta-feira presidido pelo seu sucessor, o Papa Francisco.
O cardeal
cabo-verdiano Dom Arlindo Furtado recorda a atenção que o papa emérito teve em
relação a África, ao longo do seu pontificado, de oito anos, que terminou em
2013, quando este abdicou do cargo.
"Ele invocou o sino dos bispos
para África, pelo facto dele próprio ter assinado esse documento final do sino
em África também. Ele levou isto muito a peito. África também merecia ser o
lugar onde o Papa, gestor da igreja, assinasse esse documento, resultante do
sino dos bispos de África", começou por referir, o cardeal, em
entrevista à RFI.
Dom Arlindo
Furtado considera que esta atitude é
representativa "do amor e da atenção que o Papa Bento XVI deu a
África".
"Para além disso, ele nomeou o
Cardeal Turkson como perfeito. Isto também é um sinal positivo e não só.
Parece-me que também terá nomeado o Cardeal Sahra, na altura para África
também", salientou ainda.
O nosso entrevistado não tem dúvidas de
que o Papa emérito era "um
homem com visão e sentido da igreja", salientando que "África não foi discriminada por ele".
"Ele colocou os continentes em pé de
igualdade, como membros integrantes da única igreja de Jesus Cristo, que ele
ama, que ele quis, devotamente, servir como trabalhador da vinha do senhor", rematou Dom Arlindo Furtado. ANG/RFI
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