China/Ministra alemã em Pequim confronta China
com guerra na Ucrânia, Taiwan e direitos humanos
Bissau, 14 Abr 23 (ANG) - A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã exortou hoje a China a pedir "ao agressor russo que pare a guerra" na Ucrânia e advertiu que uma escalada militar no estreito de Taiwan seria um "cenário de catástrofe" mundial.
"Devo
dizer abertamente que me pergunto por que razão a posição chinesa não incluiu
até agora um pedido ao agressor russo para parar a guerra", disse Annalena
Baerbock em Pequim, numa conferência de imprensa ao lado do homólogo chinês,
Qin Gang.
A
chefe da diplomacia alemã sublinhou que "nenhum outro país tem mais
influência na Rússia do que a China".
Annalena
Baerbock afirmou ainda que "uma escalada militar no estreito de Taiwan,
através da qual 50% do comércio mundial passa todos os dias, seria um cenário
de catástrofe para o mundo inteiro".
Pequim
considera Taiwan como uma das suas províncias e encara os contactos
internacionais de Taiwan como iniciativas no sentido da independência
formal da ilha, cuja soberania é reclamada desde a vitória dos comunistas na
Guerra Civil chinesa que terminou em 1949.
As
forças nacionalistas, lideradas por Chiang Kai-shek
(1887-1975), refugiadas na ilha estabeleceram na Formosa a República
da China provocando tensões que se prolongam desde o final da Guerra Civil,
visto que Pequim pretende a reunificação do território mesmo que seja
"preciso utilizar a força".
A
ministra denunciou ainda a restrição de direitos humanos na China.
"Expliquei
ao meu homólogo, nas nossas conversações bilaterais, que estamos preocupados
com o facto de o âmbito da sociedade civil na China continuar a diminuir e que
os direitos humanos estão a ser restringidos", disse aos jornalistas em
Pequim, referindo-se à situação da comunidade uigure em Xinjiang.
ANG/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário