COP28/ Países aprovam acordo histórico para a transição dos combustíveis fósseis
Bissau, 13 Dez 23(ANG) - Os países que participam na COP28, a decorrer no Dubai, aprovaram esta quarta-feira, 13 de Dezembro, um acordo histórico para a transição dos combustíveis fósseis. No entanto, o texto não faz referência a uma “saída” do petróleo, do gás e do carvão, como tinha sido exigido por mais de uma centena de nações.
Os países que participam na
COP28, a decorrer no Dubai, aprovaram esta quarta-feira, 13 de Dezembro, um
acordo histórico para a transição dos combustíveis fósseis.
O Presidente da COP28, Al
Jaber, fala num " acordo histórico", sublinhando o facto de pela
primeira vez a saída dos fósseis constar de uma declaração final.
O secretário-geral da ONU
afirmou hoje que o acordo alcançado na Cimeira do Clima do Dubai (COP28)
reconhece, "pela primeira vez", a necessidade de abandonar os
combustíveis fósseis. António Guterres, acrescentou que o acordo foi
alcançado "depois de muitos anos em que o debate sobre esta questão esteve
bloqueado".
Simon Stiell, o director
executivo da ONU para as alterações climáticas, fez um apelo aos governos para
transformarem "as promessas que foram feitas em directivas",
reiterando que o mundo assiste " ao início do fim das energias
fósseis", embora reconheça que o caminho não é fácil.
O director executivo da ONU
para as alterações climáticas alertou ainda para o facto do desenvolvimento dos
países, em matéria de consciência climática "ainda não é o
suficiente", instando os países à aplicação efectiva do acordo de Paris.
A China declarou que os
"países desenvolvidos devem assumir as responsabilidades" para a
transição energética.
A França já reagiu a este
acordo, afirmando que se trata " de uma vitória du multirateralismo e da
diplomacia climática".
As autoridades franceses
reconhecem ainda que o texto apela, pela primeira vez,para uma saída progressiva
das energias fósseis "em acordo com o objectivo dos 1,5 graus
centigrados".
Os países participantes na
COP28 aprovaram na quarta-feira por consenso um texto que apela à “transição
dos combustíveis fósseis”, “acelerando a acção climática nesta década crucial”
com o objetivo de alcançar a neutralidade carbónica em 2050.
No entanto, o texto não faz
referência a uma “saída” do petróleo, do gás e do carvão, como tinha sido
exigido por mais de uma centena de nações.ANG/RFI
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