Política/Presidente da República diz que está no Palácio por sufrágio e que sairá pela mesma via
Bissau, 04 Dez 23(ANG)
- O Presidente da República, Umaro
Sissoco Embaló, disse, no domingo, que está no Palácio por sufrágio e que sairá
pela mesma via.
O chefe de Estado afirmou que, o que aconteceu no passado dia 01 de
Dezembro, para além de elementos da Guarda Nacional, teve envolvimento de
alguns políticos que são atores morais e
financiadores do ato.
O chefe de Estado disse que visitou
igualmente o Estado-maior General das Forças Armadas para receber mais
informações nas mãos do seu vice, na
ausência do Chefe de Estado-maior das Forças Armadas, Biaguê Nantan.
Disse que, desta vez, tudo
tem que ser esclarecido a olho nú, para que todos saibam o que realmente
aconteceu, frisando que existem especialistas em vitimização e que hão-de ser
extinguidos.
“Quem quer ser político tem que despir a farda e se um político quer
ser Presidente tem que ir as urnas. Há automóveis apreendidos e pessoas detidas
que já estão a prestar depoimentos”, revelou.
Exortou as mães para aconselharem
seus filhos a ficarem em casa quando lhes solicitaram para “criar desordem”, referindo-se
que alguns cidadãos guineenses estão em Portugal e fazem apelos para protestos
de rua.
Questionado sobre a
designação de novo Comandante da Guarda Nacional até segunda ordem, Sissoco Embaló respondeu que é para prevenção
e defesa.
Acusou que, os acontecimentos
de 01 de Dezembro é uma “tentativa de
golpe de Estado bem preparado”, e que os “Serviços de Informação e Segurança do Estado
sabia de tudo e estava a espera que fossem realizados.
Acrescentou que estes
serviços estão agora bem equipados, desde escuta telefónica até ao WhatsApp para
gravar as conversas das pessoas suspeitas.
Disse que a comissão de
inquérito sobre o caso 01 de Dezembro a ser criada,vai dar início aos seus trabalhos a partir desta segunda-feira, e que vai
entregar o resultado dos seus depois entregar o resultado ao Tribunal Militar
com toda a transparência para convencer e mostrar as provas do envolvimento das
pessoas no ato.
Na madrugada e na manhã de sexta-feira, 01 de Dezembro, o
batalhão da guarda presidencial e a Polícia Militar atacaram o comando da
Guarda Nacional para retirar o ministro da Economia e Finanças, Suleimane
Seidi, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro.
Os dois governantes foram para lá levados pela Guarda Nacional que os
retirou das celas da Polícia Judiciária, onde estavam em prisão preventiva por
ordens do Ministério Público que os investiga no âmbito de um processo de
pagamento de dívidas a 11 empresas.
Do ataque ao quartel da Guarda Nacional resultaram dois mortos, a retirada
dos dois governantes, que foram novamente conduzidos às celas da PJ e ainda a
detenção do comandante da corporação, coronel Vítor Tchongo, e mais alguns
elementos.ANG/JD/AC//SG
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