sexta-feira, 4 de abril de 2025


                                    Coreia do Sul
/Presidente destituído

Bissau, 04 Abr 25 (ANG) - O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul decidiu por unanimidade nesta sexta-feira, a destituição do Presidente Yoon Suk-yeol, acusado de “violar” a Constituição ao declarar a lei marcial em Dezembro.

Uma eleição presidencial antecipada será organizada dentro de 60 dias.

Os sul coreanos vão voltar às urnas para escolher um novo Presidente, nos próximos dois meses, com o líder da oposição, Lee Jae-myung, absolvido na semana passada, em recurso, num caso que poderia ter custado a sua elegibilidade política, como o candidato favorito.

O futuro da Coreia do Sul será escrito sem Yoon Suk-yeol. O Tribunal Constitucional confirmou por unanimidade, destituição do Presidente, acusado de “violar” a Constituição ao declarar a lei marcial em Dezembro.

Numa decisão condenatória lida em 23 minutos pelo Presidente interino do Tribunal, Moon Hyung-bae, que concluiu que as ações de Yoon Suk-yeol tinham “violado os princípios fundamentais do Estado de direito e da governação democrática”.

O ex-Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, pediu desculpas e disse estar “de coração partido por não ter conseguido corresponder às expectativas dos sul coreanos.

Yoon Suk-yeol enfrenta ainda um julgamento com a acusação de “insurreição”, um crime punível com a pena de morte.

Os mercados receberam o veredicto com alívio, com o won a registar uma subida em relação ao dólar e a Bolsa de Valores de Seul a ganhar 0,35%. ANG/Lusa

             EUA/ “Agora é a nossa vez de prosperar”, diz Trump

Bissau, 04 Abr 25 (ANG) - Nos Estados Unidos, a quarta-feira 02 de Abril, foi o “dia da libertação” para Donald Trump e a sua administração que apresentaram novas taxas aduaneiras para vários países.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, assinou um decreto que coloca direitos de taxas aduaneiras “recíprocas” sobre as importações dos Estados Unidos.

Para Donald Trump, é apenas uma resposta às taxas aplicadas pelos parceiros comerciais de Washington:

«Recíprocas? Isso significa que eles fazem isso connosco e nós fazemos isso com eles. Não há nada mais simples do que isso. Este é um dos dias mais importantes, em minha opinião, da história americana. É a nossa declaração de independência económica. Durante anos, os cidadãos americanos, que trabalham duro, foram obrigados a ficar na berma da estrada, enquanto outras nações se enriqueciam e se tornavam poderosas. Grande parte disso às nossas custas. Mas agora é a nossa vez de prosperar e, ao fazê-lo, usar triliões e triliões de dólares para reduzir os nossos impostos e pagar a nossa dívida nacional. E tudo isso acontecerá muito rapidamente. Com a nossa acção, finalmente conseguiremos tornar os Estados Unidos grandes novamente, maiores do que nunca», assegurou o Presidente dos Estados Unidos.

Essas novas taxas aduaneiras são específicas para vários países, mas há uma base comum.

Todas as importações vão sofrer uma taxa de 10% no mínimo. No entanto, essa cifra pode aumentar se o país ou o território é considerado como hostil em matéria comercial.

Concretamente a China vai ter taxas de 34%, enquanto os países europeus vão ser taxados com 20%, excepto o Reino Unido que fica nos 10%, e a Suíça que sobe para 31%.

Continuando no continente asiático, o Japão e a Coreia do Sul vão ser taxados respectivamente com 24% e 25%, sendo que o país da Ásia a ser mais taxado será o Vietname com 46%.

No que diz respeito ao continente africano, o país com a maior taxa é o Lesoto com 50%, seguido por Madagáscar com 47% e pelas Maurícias com 40%.

Quanto aos paises lusófonos, eis as novas taxas: Angola, 32%, Moçambique, 16%, enquanto Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe terão 10% de taxas.

De notar que o México, o Canadá… e a Rússia estão todos fora dessa lista apresentada por Donald Trump. A Rússia, juntamente com a Bielorrússia, Cuba e a Coreia do Norte, não está nesta lista devido também às sanções já impostas.

Estas novas taxas aduaneiras vão entrar em vigor a 05, para os países que figuram na lista dos 10%, e a 09 de Abril, para os países com taxas maiores, anunciou a Casa Branca.

Eis a lista dos principais países taxados:

Lesoto: 50 %

Camboja: 49 %

Vietname: 46 %

Sri Lanka: 44 %

Bangladesh: 37 %

Tailândia: 36 %

China: 34 %

Taiwan: 32 %

Indonésia: 32 %

Suíça: 31 %

África do Sul: 30 %

Paquistão: 29 %

India: 26 %

Coreia do Sul: 25 %

Costa do Marfim: 21 %

Japão: 24 %

Malásia: 24 %

União Europeia: 20 %

Israel: 17 %

Filipinas: 17 %

Reino Unido: 10 %

Brasil: 10 %

Singapura: 10 %

Chile: 10 %

Austrália: 10 %

Turquia: 10 %

Colômbia: 10 %

ANG/ANG/Lusa

 

República Popular da China/ Governo retalia e anuncia taxas de 34% para todos os produtos dos EUA

Bissau, 04 Abr 25 (ANG) - O Ministério das Finanças da China anunciou, esta sexta-feira, que vai impor taxas adicionais de 34% a todos os produtos norte-americanos a partir do dia 10 de abril.

A nova tarifa corresponde à taxa da tarifa "recíproca" dos EUA imposta pelo Presidente Donald Trump esta semana.

O Ministério do Comércio em Pequim disse também, em comunicado citado pela AP, que vai impor mais controlos de exportação de terras raras, que são materiais utilizados em produtos de alta tecnologia, como semicondutores e baterias de veículos elétricos.

A tarifa de 34% anunciada para Pequim soma-se aos 20% já em vigor, elevando o total para 54%.

Adicionalmente, o governo chinês anunciou que adicionou 27 empresas às listas de empresas sujeitas a sanções comerciais ou controlos de exportação.

Entre elas, 16 estão sujeitas à proibição de exportação de bens de "dupla utilização".

A High Point Aerotechnologies, uma empresa de tecnologia de defesa, e a Universal Logistics Holding, uma empresa de transporte e logística de capital aberto, estavam entre as listadas, segundo a AP.

Pequim anunciou também que interpôs uma ação judicial na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre a questão das tarifas.

"A imposição pelos Estados Unidos das chamadas 'tarifas recíprocas' viola gravemente as regras da OMC, prejudica gravemente os direitos e interesses legítimos dos membros da OMC e prejudica gravemente o sistema de comércio multilateral baseado em regras e a ordem económica e comercial internacional", afirmou o Ministério do Comércio.

"É uma prática típica de intimidação unilateral que põe em perigo a estabilidade da ordem económica e comercial global. A China opõe-se firmemente a isto", afirmou.

Em fevereiro, a China anunciou uma tarifa de 15% sobre as importações de carvão e produtos de gás natural liquefeito dos EUA.

Separadamente, acrescentou uma tarifa de 10% sobre o petróleo bruto, máquinas agrícolas e automóveis de grande porte.

As tarifas mais recentes aplicam-se a todos os produtos fabricados nos EUA, de acordo com uma declaração da Comissão Tarifária do Conselho de Estado do Ministério das Finanças, citada pela AP.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, reiterou hoje, em declarações à imprensa a bordo do Air Force One, estar disposto a conceder alívio tarifário à China, se Pequim aprovar um acordo em negociação para abrir o capital da aplicação chinesa TikTok no país, opção anteriormente rejeitada por Pequim.

Donald Trump respondia a perguntas sobre se está disposto a chegar a um acordo com vários países para mitigar o impacto das tarifas que anunciou contra países de todo o mundo, incluindo a China, que está agora sujeita a uma tarifa total de 54%.

"Desde que nos ofereçam algo positivo [há disponibilidade para reduzir tarifas]. Por exemplo, com o TikTok. Temos uma situação em que a China provavelmente dirá: 'Aprovámos o acordo, mas o que vão fazer em relação às tarifas?'", explicou.

"As tarifas dão-nos um tremendo poder de negociação. Sempre deram. Usei-as muito bem na primeira administração. Agora estamos a levá-lo a um nível totalmente novo", disse.

Trump esclareceu que nesta fase não está a ter conversas concretas com Pequim sobre o assunto.

Na quarta-feira, num dia que apelidou de "dia da libertação", Trump impôs uma tarifa de 10% sobre 184 países e territórios, incluindo a União Europeia (UE).

No caso da China, o país anunciou uma tarifa de 34%, somando-se aos 20% já em vigor, elevando o total para 54%.ANG/Lusa

 

Regiões/BOAD apoia 62 tabancas da região de Gabu na elaboração de micro-projectos

Gabu, 04 Abr 25(ANG) - Sessenta e duas tabancas da região de Gabu, leste do país, vão beneficiar de um financiamento do Fundo de Adaptação, do Banco Oeste Africano de Desenvolvimento(BOAD), para  elaboração de Micro Projetos para o desenvolvimento das comunidades rurais.

Vista da cidade de Gabú

De acordo com o despacho do Correspondente da ANG na região de Gabu, o anúncio desse apoio foi feito pelo Chefe de Antena do Projeto Promoção da Agricultura e Clima Inteligente no leste do país.

Cutubó Cassamà disse que o projeto vai identificar as necessidades prioritárias das tabancas selecionadas.

As comunidades visadas queixam-se de fala de possibilidades para  melhoramento de bolanhas, construção de escolas, aberturas de furos de água, nomeadamente para  atividades hortícolas, para a melhoria da dieta alimentar e do rendimento económico familiar.

Cassamá disse que o BOAD disponibilizou desde 2020,um financiamento no valor de  nove milhões de dólares, com uma prorrogação de um ano e meio, e que  já está criado um Comité Regional para aprovação de Micro Projetos concorrentes.

“Dentro de um ano e meio, sessenta e duas tabancas da região de Gabu, vão poder ver melhorado as condições de vida, através de Micro Projetos para abertura de furos de água, construção de escolas, produção hortícola e outras atividades comunitárias”, disse aquele responsável.ANG/SS/ÂC//SG

 

 

 

Regiões/Fogo consome mais de nove hortas de caju na povoação de Timbo, sector de Catió

Catió, 04 Abr 25(ANG) – Mais de nove hortas de caju, na povoação de de Timbo, sector de Catió, região de Tombali, sul do país, foram consumidos recentemente pelo fogo.

Segundo um despacho do Correspondente da ANG na região de Tombali, uma delegação chefiada pela governadora de região de Tombali, Aminata Silá Cassamá e que integra ainda  o administrador de sector de Catió, adjunto comandante de Corpo de Bombeiros, esteve, quinta-feira, na povoação de Timbo, onde  constatou  “in loco” os danos provocados pelo fogo.

Em declarações à  imprensa, a governadora da região deTombali, Aminata Silá Cassamá, manifestou a sua solidariedade com as vitimas e promete informar ao Governo central do ocorrido, visando a obtenção de algum apoia para as famílias que perderem seus bens e propriedades de plantações de caju.

Na ocasião, Aramata Darame, uma  das vítimas   pediu a governadora Aminata para usar a sua  influência junto do  ministério  da Mulher e Solidariedade Social, a fim de se prevenir situação de fome que as famílias que perderam seus bens podem enfrentar mais tarde.

De acordo com testemunhas, o fogo terá sido posto por um  homem que estava a fazer a queimada numa certa área, em jeito de preparação do terreno para agricultura. A certa altura  não conseguiu controlar o fogo e os campos de cajueiros situados perto do local começaram a arder e a queimança só fora controlada quando já havia consumido  nove áreas de plantações. ANG/JQ/ÂC//SG

 

 

               Ranking da FIFA/ Guiné-Bissau regista  queda de oito lugares

Bissau, 04 Abr 25(ANG) - A  Guiné-Bissau perdeu oito lugares no Ranking da FIFA, de acordo com a atualização feita quinta-feira, segundo a qual os Djurtus  passam agora a  ocupar a 128ª posição no ranking mundial.

Na referida atualização, a seleção comandada pelo Mister Luís Boa Morte perdeu 23.45 pontos, passando a somar agora 1128.27 e em consequência, caiu para 128ª posição ao nível mundial e 37ª posição no continente africano.

Em relação aos países africanos falantes da língua portuguesa, os Djurtus só superaram os Falcões e Papagaios de São Tomé e Príncipe, que figuram na 194ª posição no ranking mundial.

Cabo Verde que vem na 72ª posição, é a seleção dos PALOP mais cotada com 1344.37, seguida de Angola com 1279.55 pontos , na 87ª posição.  A Guiné-Equatorial e Moçambique seguem na lista com 1255.75 e 1239.34, na 92ª e 96ª posição, respectivamente.

Curiosamente, nas seleções dos PALOP, só a Guiné-Equatorial conseguiu subir e apenas uma posição. Cabo Verde e Moçambique, mantiveram as suas respetivas posições, enquanto que Angola caiu duas posições, Guiné-Bissau 8, e São Tomé e Príncipe 5 posições. ANG/Fut245

 

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Telecomunicações/ “Guiné-Bissau não pode perder o comboio da  modernização tecnológica", diz Presidente da República  

Bissau,03 abri 25 (ANG) – O Presidente da Republica disse que a Guiné-Bissau não pode perder o comboio da modernização tecnológica, uma aspiração nacional que o Projecto de Integração Digital da África Ocidental (WARDIP) promete concretizar.

Umaro Sissoco Embaló discursava , quarta-feira, ao presidir a cerimónia de lançamento  do projeto WARDIP.

Segundo uma nota distribuída à imprensa, o projeto é estruturado em cinco componentes fundamentais, nomeadamente   o de  desenvolvimento e integração do Mercado de Conectividade; Desenvolvimento e Integração do Mercado de Dados, Desenvolvimento e Integração do Mercado Online.

O WARDIP concentra-se  na Integração simultânea das infraestruturas  de conectividade, da economia dos dados e dos mercados online, reforçando cada uma dessas áreas para promover o desenvolvimento e a expansão do mercado digital.

Umaro Sissoco Embalo assegurou  que o projeto vai certamente ajudar muito as escolas e as universidades guineenses, mas não para  substituir o Ministério da Educação na tarefa crucial de formação do capital humano.

Disse que, ao falar deste Programa de Digitalização, significa  abordar o 8º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) , que orienta no sentido da construção de infraestruturas sustentáveis, resilientes, capazes de fomentar a indústria e a inovação. 

Salientou que sem modernização tecnológica dificilmente se pode pôr em prática um processo de desenvolvimento sustentável.

“É esta a missão do WARDIP, impactando nas estruturas, com efeitos de arrastamento, praticamente, em todos os setores da sociedade guineense”, destacou.

O Chefe de Estado disse que a digitalização  programada vai produzir um salto qualitativo na administração pública, com consequências positivas no Estado, na economia e  sociedade, porque vai gerar  eficiência, maior transparência e  proximidade na prestação de serviços públicos.

Acrescentou que, constitui, sem dúvida,  um suporte incontornável para o desenvolvimento da cultura tecnológica nas instituições académicas, nomeadamente na pesquisa científica e na produção de conhecimento.

Além disso, Umaro Sissoco assegurou que a modernização tecnológica  contribuirá para o  fomento industrial,  para a atração de mais investimento direto estrangeiro, que diz serem necessários para transformar o tecido económico guineense e criar cadeias de valor para os produtos.   

Por outro lado, disse que, com o WARDIP,  os setores de defesa e segurança também vão poder reforçar o seu próprio potencial tecnológico, desenvolver novas capacidades, por exemplo,   nos domínios  da cibersegurança e na prevenção e combate ao cibercrime.

Umaro Sissoco Embaló apontou competência digitais como sendo um dos maiores desafios do país.

“Podemos construir os melhores sistemas, investir em tecnologias de ponta, garantir acesso à Internet, mas, se o nosso povo não souber como utilizar essas ferramentas, então, de nada servirá toda essa infraestruturação tecnológica que estamos a edificar”, disse.

Por essa razão, o PR  defendeu a necessidade de se promover   reformas do sistema de ensino guineense. ANG/LPG/ÂC//SG

 


Ramadão-2025/Diretor de Serviço de Urgência  do HNSM confirma registo de 122 casos de acidentes em Bissau

Bissau, 03 Abr 25 (ANG) – O Diretor de Serviço de Urgência do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), confirmou hoje que, durante os festejos do Ramadão-2025, foram registados no estabelecimento 122 casos de assistência médica relacionadas à acidentes de viação e agressão físicas no Setor Autónomo de Bissau.

“Considero positivo, o festejo do Ramadão-2025 porque, o total dos casos que atendemos, não apresentaram  ferimentos graves. Apenas um deles tinha que ser internado, devido o estado que apresentava quando chegou ao nosso serviço de Urgência, mas, graças à Deus, teve um atendimento a tempo, pelos nossos agentes, e já se encontra fora de perigo”, informou Bubacar Sissé.

Os festejos de Ramadão-2024, segundo Sissé, foram marcados pela ocorrência de uma vítima mortal ,  e os deste ano não registaram nenhuma morte entre os vários  casos recebidos de agressões física e acidentes de viação.

Questionado sobre, se o maior Centro Hospitalar do País (HNSM), já tem  conhecimento sobre os números dos casos de ferimentos, que também deram entradas no HNSM provenientes  das Regiões, em resposta, Braima Sissé disse que até ao momento, os Serviços de Urgência do HNSM não tinham recebido  nenhum caso das regiões.

 “Como sempre, ao aproximar qualquer festa popular no país, pedimos sempre o apoio das autoridades competentes, mais no sentido de garantia de  segurança para evitar a circulação de viaturas onde exista aglomeração de pessoas, sobretudo de crianças Também aconselhamos a juventude para não conduzir sob efeito de  álcool”, disse.

Bubacar Sissé referiu que ,à título de exemplo, que uma criança foi atropelada no Bairro Militar, durante o festejo de Ramadão deste ano, mas diz que, “com o poder de Deus”, depois de receber o atendimento médico, a criança se recuperou.ANG/LL/ÂC//SG

Telecomunicações/ Ministro dos Transportes e Economia Digital considera digitalização como um dos pilares fundamentais para garantir serviços públicos eficazes

Bissau, 03 Abri 25 (ANG) – O ministro dos Transportes, Telecomunicação e Economia Digital disse que a digitalização é um dos pilares fundamentais para garantir serviços públicos eficazes, maior integridade administrativa e oportunidade económica para os jovens, por isso não deve continuar a ser  tratada como um elemento secundário de governação.

Marciano Silva Barbeiro falava, quarta-feira, na cerimonia de lançamento do Programa Regional Digital do Desenvolvimento da África Ocidental “WARDIP”, que tem como  objectivo aumentar o acesso e o uso de internet de banda larga e promover o estabelecimento de um mercado digital único na África Ocidental.

 Afirmou que a modernização, a conectividade e a inovação tecnológica deixam de ser apenas uma aspiração e passam a integrar o quotidiano das instituições, das comunidades e dos  cidadãos.

O WARDIP, diz Silva Barbeiro, deve permitir que o Estado guineense se adopte de  infraestruturas digitais modernas, promovendo a interoperabilidade entre serviços e agilização de processos de registo civil, identificação eletrónica, automatização de processos administrativos, medidas que servem para simplificar a vida dos cidadãos.

Avisou que a digitalização do Estado não deve ser encarrada como um conjunto de iniciativas isoladas ou do sector à sector, mas sim como uma transformação profunda estruturante que exige uma abordagem corporativa , transversal e estratégica.

Defendeu a expansão de infraestrutura de fibra ótica para ligar centros urbanos e zonas rurais, estabelecimentos de ensino, unidades de saúde e instituições governantas à rede nacional.

Marciano Silva Barbeiro sublinhou que a digitalização só se torna eficaz se for acompanhada por mecanismos robustos de ciber-segurança, frisando que neste domínio o WARDIP prevê a criação de um centro de resposta de incidentes de segurança informática, elementos estratégicos para garantir a integridade dos dados.

“Queremos uma Guiné-Bissau em que as crianças começam a programar desde  cedo os conteúdos informáticos, em que os jovens possam criar starup tecnológica com um impacto local e global, em que a economia digital se torne uma fonte geradora do emprego, inovação e prosperidade”, desejou.   

A Representante do Banco Mundial na Guiné-Bissau disse que o projecto não só reflete o compromisso da organização para com o desenvolvimento sustentável do país e da sub região, mas também um posso crucial para a inclusão digital e crescimento económico da Guiné-Bissau.

Camila Mejia Giraldo afirmou que a Guiné-Bissau é um país rico em recursos naturais e potencial  humano e que este projeto oferece uma oportunidade para superar os desafios significativos, como a falta de infraestruturas digital.

Acrescentou que, o WARDIP surge como uma resposta à estes desafios, alinhados com as prioridades nacionais e regionais.

“Com um investimento total de 60 milhões de dólares,  o projeto serve para construir bases para uma economia inclusiva  e resiliente, capaz de impulsionar o desenvolvimento socio económico”, assegurou Camila  Giraldo.

O Wardip, segundo Camila, foi desenhado para abordar os principais desafios digitais da Guiné Bissau, com componentes estratégicos para uma transformação sustentável, e que o primeiro componente foca na conetividade como base do progresso e  conectividade para apoiar as infraestruturas críticas, fortalecer a conexção com o cabo submarino para levar a internet à todas as regiões incluindo  zonas rurais.

O segundo componente visa a proteção e valorização de dados para promover segurança digital,  e  Camila Mejia Giraldo diz que a ideia é criar leis da ciber segurança e de proteção de dados, além de capacitar as autoridades no combate aos crimes cibernéticos, para   garantir a confiança no ambiente digital.

Um outro componente citado pela Representante do Banco Mundial é a economia digital inclusiva, que deve apoiar  o empreendedorismo e financiamentos, com foco nas mulheres e jovens para impulsionar o  emprego e inovação.

Em relação a governação digital, disse que o WARDIP  apoia a implementação de portais online, simplificando o acesso aos serviços públicos, passando
pelo registo de negócios.

 “Espero que o projecto traga resultados tangíveis para a população da Guiné-Bissau, aos cidadãos no acesso aos serviços públicos digitais, com registro  civis e portais governamentais, facilitando a vida das pessoas.

 Para que  tenha sucesso, Camila Mejia Giraldo disse que é preciso um compromisso do Governo para  implementação das reformas e  coordenação entre os ministérios, e no sector privado um investimento em inovação e parceria para ampliar a conetividade.

À  sociedade civil pede uma participação activa para garantir que os benefícios cheguem à todos, particularmente aos mais vulneráveis.

ANG/LPG/ÂC//SG

Regiões/Projeto ASAD perspetiva  dar “nova cara”  à cidade de Bolama enquanto antiga capital da Guiné-Portuguesa

Bolama, 03 Abr 25 (ANG) - A Associação Solidária Andaluza de Desenvolvimento (ASAD) anunciou, quarta-feira, que a organização prevê a promoção de atividades em Bolama visando a valorização das infraestruturas já existentes na cidade , de modo a dar-lhe uma nova cara enquanto  antiga capital da Guiné-Portuguesa.

A revelação foi feita pelo  responsável das infraestruturas de Bolama-Bijagós António Tavares,  em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné no âmbito dos trabalhos que o  Projeto ASAD pretende desenvolver naquela localidade situada no Sul do país.

“O Projeto ASAD pretende reabilitar as seguintes infraestruturas na cidade de Bolama: os 12 fontenários de água pública que foram construídos pela ONG espanhola AIDA desde 2008, o edifício situado nas instalações do hospital regional  (Solidariedade de Bolama) onde deverá passar a  funcionar o laboratório de análise, a reabilitação da Praça dos Aviadores Italianos situada frente do Palácio regional e do palco cultural denominado Lúcio da Silva”, disse António Tavares.

Acrescentou  que o referido projeto pretende ainda reabilitar o Campo de Fut-sal, situado a frente da Ilha de Paz, e proceder a  drenagem da Avenida principal a partir de Comité de Estado Regional, que fica localizada a frente do Império até ao Cais de Bolama, a reabilitação da Casa de Cinema  (Ciné Bolama) e do Mercado Central que está praticamente num estado de abandono atualmente.

Quanto à seção de São-João, aquele responsável contou que está prevista a construção duma infraestrutura escolar de raiz, na aldeia de Gã-Marké, onde funcionará os níveis do liceu, para minimizar o sofrimento dos alunos daquela zona,  e ainda a reabilitação da rampa da referida seção pertencente à região de Bolama-Bijagós.

Por outro lado, Tavares informa que está prevista a assinatura de um acordo entre o Projeto ASAD e o Ministério da Educação Nacional, para a colocação de professores na escola a ser construída. 

António pediu mais engajamento ao Governo regional  após a reabilitação das referidas infraestruturas, tendo apelado igualmente  a comunidade local, em geral, no sentido de conservar o património comum de forma à promover o desenvolvimento local em colaboração com o Projeto ASAD.

A ASAD é uma ONG espanhola fundada em 2005 com o objetivo de agir contra as causas estruturais da desigualdade e que impedem as pessoas de ter uma vida digna, em conformidade com os seus princípios e valores.

Também promove e defende os Direitos Humanos através de ações que contribuam para empoderamento das comunidades. ANG/SC/AALS/ÂC//SG

Regiões/Administrador de Farim pede  vigilância ao preço da castanha aos populares da Região de Oio

Farim, 03 Mar 25 (ANG) -  O Administrador de Sector de Farim, região de Oio, norte do país, Adji Só pediu aos habitantes da região para que se mantenham vigilantes quanto ao preço da castanha de caju que esteja a ser praticado no terreno.

O preço oficial estipulado pelo Governo para a presente campanha de comercialização é de 410 fcfa o quilo.

Segundo o despacho do correspondente regional da ANG na região de Oio, Adji Só falava no  fim de semana aos chefes das tabancas da sua área de jurisdição, aos quais pediu que sejam muitos vigilantes quanto ao cumprimento do preço de castanha anunciado pelo o Governo o passado dia 08 de Março.

Aquele responsável advertiu  que quem não obedecer o preço base fixado pelo Governo será responsabilizado.

Por seu torno, Lassana  Baio, chefe de tabanca central de Farim, em nome dos comités de diferentes tabancas do sector,  prometeu que vão cumprir a medida do Governo e acompanhar todo o desenrolar do processo da campanha e  denunciar , se houver, qualquer infração.

Segundo o Correspondente Regional da ANG de OIO, a campanha aberta no passado dia 08 de Março tem estado a decorrer sem qualquer queixa sobre tentativa de  compra ou mesmo a compra da castanha de caju ao preço abaixo do estipulado pelo o Executivo.ANG/AD/MI/ÂC//SG

                               Hungria/PM  anuncia a retirada do TPI

Bissau, 03 Abr 25 (ANG) - O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está na Hungria, e reúne-se nesta quinta-feira, 3 de Abril, com o homólogo Viktor Orban. A visita acontece depois de o Tribunal Penal Internacional ter emitido um mandado de detenção contra Netanyahu, a Hungria anunciou hoje a intenção de se retirar do Estatuto de Roma.

O anuncio foi feito pelo ministro húngaro do Interior, Gergely Gulyás, pouco antes da chegada do primeiro-ministro de Israel ao país.

Trata-se da primeira deslocação de Benjamin Netanyahu a um Estado signatário do Estatuto de Roma desde que o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de captura contra o primeiro-ministro israelita em Novembro de 2024 por alegados crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza.

Como membro fundador do Tribunal Penal Internacional, a Hungria é, na teoria, obrigada a deter e entregar qualquer pessoa sujeita a um mandado do tribunal. No entanto, em Novembro, Viktor Orban garantiu que o país não iria respeitar a decisão, que classificou de “cínica e completamente inaceitável”.

O ministro húngaro do Interior disse que o procedimento será iniciado de acordo com o quadro jurídico constitucional e internacional, uma decisão que marca uma mudança na política externa do país.

A Hungria assinou o documento fundador do TPI em 1999 e ratificou-o em 2001, mas a lei ainda não foi promulgada.ANG/Lusa

Portugal/“É um acordo que não resolve o essencial dos problemas que existem na imigração", diz sociólogo

Bissau, 03 Abr 25 (ANG) - Portugal tem um novo acordo para a migração laboral regulada e o objectivo é acelerar o processo de entrega dos vistos de trabalho para a contratação dos cidadãos estrangeiros.

Que vantagens e desvantagens? O especialista das migrações Rui Pena Pires diz que “é um acordo que não resolve o essencial dos problemas que existem na imigração” e não vê garantias sobre um recrutamento seguro para os trabalhadores, alertando para a existência de agências de contrabando de pessoas nos países de origem. Por outro lado, o sociólogo teme que os imigrantes fiquem “amarrados” à empresa recrutadora e que os seus direitos não sejam garantidos. A seu ver, a solução para resolver a imigração irregular passa por aumentar, e muito, a emissão de vistos, mas - diz - “o sistema não funciona”.

RFI: Como vê este acordo de migração laboral?

Rui Pena Pires, especialista em migrações: "É um acordo que não resolve o essencial dos problemas que existem na imigração, na regulação da imigração em Portugal. O problema principal que existe é que nós não temos um sistema de vistos que funcione. Foi essa, aliás, a razão porque a certa altura se abusou da figura da “manifestação de interesse”, que era uma forma de regularizar imigrantes que já estavam em Portugal, sem os documentos necessários para trabalhar. Nunca se passaram mais de 3.000 vistos de trabalho por ano em Portugal. Ora, 3.000 vistos de trabalho é uma gota de água naquilo que é o fluxo normal de imigração para Portugal."

Qual é esse fluxo?

"O que seria normal em Portugal era termos um fluxo de imigração da ordem das 40.000 a 60.000 pessoas, quando saem de Portugal cerca de 65.000 pessoas por ano - em média, até um pouco mais, depende se fizermos a média com os anos de maior emigração, quando foi a crise das dívidas soberanas. O que é normal num país que tem a sua natalidade em declínio é que a imigração, pelo menos, cubra - se não totalmente, em grande parte - a emigração, compense a emigração."

Então quantos imigrantes é que entram por ano em Portugal?

"Em média, neste século, têm entrado um terço dos que tem saído. Nós temos um défice demográfico que não é só o resultado do declínio da natalidade, é também o resultado do saldo migratório negativo na maior parte dos anos em Portugal.

É verdade que, nos últimos anos, esse saldo migratório deixou de ser negativo, mas os dados são um bocadinho difíceis de analisar porque como se passou a usar a manifestação de interesse em vez do visto, a manifestação de interesse é feita por pessoas que já cá estão. Ou seja, o facto de num ano ter não sei quantas mil manifestações de interesse não diz quantas pessoas é que nesse ano entraram em Portugal. E depois, como ela demora dois a três anos a ser despachada, quando no final eu tenho autorizações de residência, eu tenho autorizações de residência para pessoas que tanto podem ter entrado nesse ano como há quatro anos.

Ou seja, neste momento é muito difícil sabermos quantas pessoas na realidade estão a entrar em Portugal por ano, embora desde o Covid, o saldo migratório tem sido positivo. Quanto positivo é que é mais difícil de medir."

Se o saldo migratório nem é assim tão positivo, o que é que justifica que haja um discurso anti-imigração, ainda mais em períodos eleitorais?

"Por um lado, há uma tentativa de aproveitar a questão da imigração para competir eleitoralmente com a extrema-direita. É um problema que existiu em vários países da Europa, Portugal não é o único, a ideia de que se combate a extrema-direita se se conseguir adoptar alguns dos seus temas, mesmo que de uma forma mais moderada.

A história de que há imigração a mais em Portugal é recorrente. Mais ou menos de dez em dez anos, o discurso político sobre a imigração é de que há imigrantes a mais. Como já tivemos muito menos imigrantes do que agora, há sempre uma descoincidência grande entre o discurso e a realidade.

É  verdade que, nos últimos anos, a imigração aumentou muito. Também é verdade que uma parte das manifestações de interesse - uma parte que ninguém sabe quanto representa - são processos de regularização de pessoas que não vivem em Portugal e que não querem viver em Portugal, estão é a usar a manifestação de interesse como forma de obterem documentos portugueses que lhes permitem estar em qualquer país do espaço Schengen e não propriamente para se fixarem em Portugal.

E isso acontece porquê? Porque quando nós não temos um sistema de vistos a funcionar, as pessoas para entrarem irregularmente e arranjarem emprego em Portugal, precisam do apoio de alguém. No caso do Brasil, dos PALOP, são os próprios imigrantes que cá estão que ajudam os que estão na origem a vir e que passam a informação sobre as oportunidades de emprego. Mas nos outros casos, como é o caso da mais recente imigração do subcontinente indiano, quem faz esta ponte são agências de contrabando de pessoas."

Como é que este acordo pode garantir fiscalização relativamente a estas “agências de contrabando” de trabalhadores?

"Eu não sei. Sabe porquê? Porque o que está escrito no acordo é uma coisa um bocado estranha que é que as empresas precisam de pessoas e entregam os processos à AIMA [Agência para a Integração, Migrações e Asilo] que depois os envia aos consulados. A minha pergunta é: de onde é que aparecem essas pessoas? Quem é que nos países de origem passa essa informação às empresas? Elas têm que ter um contacto local qualquer. Eu quero ir buscar 30 imigrantes ao Nepal, mas quem é que me diz quais são essas 30 pessoas e me organiza os processos para eu depois os entregar aqui às autoridades portuguesas que tratam da sua documentação e imigração regular?"

O que quer dizer com isso?

"Quero dizer que tenho muitas dúvidas que isto elimine a intermediação das agências porque alguém vai ter que intermediar na mesmo isto. Este sistema é possível quando nós estamos a fazer recrutamento de emigrantes com agências locais no terreno. Por exemplo, durante anos havia uma forte emigração de enfermeiros portugueses para o Reino Unido, mas eles não iam para o Reino Unido nem através de uma agência de contrabando de pessoas, nem irregularmente, nem à aventura. O Serviço Nacional de Saúde Inglês tinha duas delegações em Portugal que iam às escolas de enfermagem tratar dos processos das pessoas.

Agora, se nós nem consulado temos, por exemplo, no Nepal, são as empresas que vão constituir agências de recrutamento nos países de origem? São as associações empresariais? Isto é um processo organizado, mas a que lhe falta um elo chave, que é o elo no país de onde as pessoas são originárias. Portanto, eu tenho as maiores dúvidas sobre se isto vai ou não retirar as agências da intermediação da imigração.

E depois ainda não vi esclarecidas muitas dúvidas que tenho sobre este sistema. Quem tem um sistema muito parecido com este são os países do Golfo - a Arábia Saudita, o Qatar, os Emirados Árabes Unidos - em que as empresas organizam o recrutamento, trazem os imigrantes, etc. A seguir, os imigrantes ficam amarrados a essa empresa, não podem mudar de emprego. A minha pergunta é: uma empresa promove a entrada de imigrantes e esses imigrantes, depois, arranjando outro emprego, podem sair? Constitucionalmente podem, não há nada que permita impedir a mobilidade profissional de quem está a residir legalmente em Portugal, mas vão poder? Os empregadores fazem um investimento na habitação e depois? Isso significa que ele está preso ao contrato? Constitucionalmente não é possível. A habitação é considerada como parte do pagamento em espécie, descontada no salário. Mas é descontada sem limites, com limites?"

Ou seja, teme que haja ainda uma maior exploração dos trabalhadores imigrantes?

"Temo que, pelo menos, ela não desapareça. É muito provável que nós tenhamos empresas a funcionar muito bem, como tivemos até agora. A Vitacress em Odemira, tanto quanto eu sei, tem uma política de acolhimento de imigrantes nas estufas que não tem nada a ver com grande parte das outras empresas mais pequenas, que exploram muito mais os seus trabalhadores. Portanto, eu acredito que vai haver muitas diferenças."

Falou-me só das reservas. Não há nada de positivo, para si, neste acordo?

"Há. Eu acho que é vantajoso se este acordo for uma via e não a via, ou uma das vias para a imigração. O que nós não podemos deixar perder de vista é que uma parte substancial dos imigrantes vem individualmente, há uma pessoa que vive no país X e resolve ir para o país Y. Eu tenho os meus filhos emigrados. Como é que eles emigraram? Resolveram emigrar por sua iniciativa.  Nós temos que manter essa possibilidade de as pessoas chegarem por sua iniciativa.

O que nós temos que resolver é o sistema de vistos. Esse é o problema-chave e andamos a meter permanentemente a cabeça debaixo da areia para não resolver esse problema. E esse problema é resolúvel. Nós temos exemplos na Europa sobre como é que esse problema se resolve."

Como é que se resolve então o problema dos vistos?

"Temos o exemplo do sistema holandês, em que há uma agência com a AIMA que faz a aprovação ou a reprovação dos pedidos de visto que depois são emitidos pelos consulados. Mas não são os consulados que decidem. Se nós continuamos à espera que os consulados ou os serviços consulares decidam, nós vamos continuar a ter 2.000 ou 3.000 vistos de trabalho por ano e isso é completamente irrealista como resposta a uma imigração regulada.

Se não aumentarmos muito a emissão de vistos, nós vamos continuar a ter imigração irregular. Há é debaixo do tapete. Nós temos que resolver o problema dos vistos porque senão vamos ter um sistema mais organizado a funcionar um pouco melhor e ao lado vamos continuar a ter imigração irregular. Estou disponível para fazer uma aposta com quem quiser de que nós, dentro de dois ou três anos, vamos ter uma regularização extraordinária de imigrantes, porque sempre que se apertou mecanismos de regularização - como a manifestação de interesses, mas com outros nomes no passado - sem resolver o problema dos vistos, uns anos depois fez-se uma regularização extraordinária. Sempre." ANG/RFI