sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Regiões/Populares de Cumeré, região de Oio preocupados com ameaça de fome devido a má colheita de arroz

Oio, 24 Jan 25  (ANG) - O Responsável da Juventude de Sessão de Cumeré, sector de Nhacra, região de Oio, norte do país, manifestou hoje a sua preocupação em relação ao risco de fome devido a inundações das bolanhas da zona, provocadas pelas fortes chuvas verificadas no país que provocou a má colheita sobretudo do arroz produto mais consumido na área.

Fernando Dafa Quisotche que falava numa entrevista exclusiva ao correspondente regional de ANG em Oio, disse que as dificuldades são de todos os níveis dando exemplo das crianças da zona que andam mais de 8 quilómetros  a procura da escola devido a falta de um espaço adequado para os aglomerar.

 “Dantes as crianças frequentavam as aulas no Quartel de Cumeré, mas com recrutamento dos agentes para o juramento, as crianças ficaram sem lugar para estudar”, lamentou.

Quisotche lançou um vibrante apelo ao governo para minimizar os seus problemas que começa desde a falta dos professores, edifícios escolares para os alunos que desde que saíram do quartel, frequentam as aulas num único lugar e sentam as vezes três em cada carteira.

Realçou que, essas dificuldades vão até na falta de espaço para os alunos de de 5º ano para frente, que têm de deslocar cerca de 8 quilómetros para Nhacra a fim de poderem assistir aulas  e deparam com a falta de professores sobretudo das disciplinas de Química, Matemática e Biologia.

A escola da sessão de Cumeré conta com cerca de 721 alunos, 21 professores e 7 salas de aulas.ANG/AD/MSC/
ÂC

Dia dos Combatentes/PAIGC crítica retirada da data de 23 de janeiro na lista de feriados nacionais

Bissau, 24 jan 25 (ANG) – O vice Presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) criticou a retirada da 23 de janeiro, Dia dos Combatentes da Liberdade da Pátria, na lista de feriados nacionais.

Para assinalar esta data, o PAIGC organizou várias atividades alusivas a este marco importante que marcou o início da Luta Armada para a independência da Guiné e Cabo Verde que inclui a deposição de coroa de flores junto da estátua de Amílcar Cabral, na retunda do Aeroporto internacional Osvaldo Vieira, em homenagem aos combatentes.

O ato foi presidido pelo Vice-presidente do PAIGC Califa Seide, na presença de uma delegação do Partido Comunista Português(PCP) e da Presidente da Juventude de Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), em representação do partido.

Em declarações à imprensa, após a deposição de flores, Califa Seidi disse que isso é a melhor forma de render homenagem aos combatentes e do líder da revolução,  Amílcar Cabral, que no dia 23 de janeiro iniciaram a luta pela independência da Guiné e Cabo Verde.

“E após a independência foi o Estado guineense que declarou a data de 23 de janeiro como o Dia dos Combatentes da Liberdade da Pátria e igualmente 20 de Janeiro como Dia dos Heróis Nacionais”, salientou.

Califa Seide, frisou que, a deposição de coroa de flores junto da estátua de Amílcar Cabral é para simbolizar o sentimento que o PAIGC tem por tudo aquilo que os combatentes fizeram para que hoje possamos ter uma nação.

Adiantou que, isso foi graças aos combatentes que consentiram sacrifícios e coragem dando as suas vidas pela libertação da Guiné e Cabo Verde.

Instado a falar sobre a situação dos protagonistas da independência, que hoje queixam-se do abandono do Estado, Seide defendeu aplicação da lei aprovada na Assembleia Nacional Popular, que fixa pensão mínimo de 150 mil francos CFA para os combatentes.

“Há dez anos que o PAIGC tenta mostrar ao governo que é necessário aumentar a pensão mínima dos combatentes da liberdade da pátria, com vista a dignificar os que pelo menos ainda estão de vida”, afirmou.

Questionado sobre a observância dos valores que motivou a luta pela independência, nomeadamente a liberdade e democracia, o vice presidente do PAIGC disse que há uma tentativa de minimizar tudo ou de pôr em causa tudo aquilo foi conquistado pelo povo guineense, em termos de liberdade e da democracia e construir as bases para uma ditadura.

“Para nós isto é traição a pátria, porque o povo luta para independência, para liberdade e que está sendo posta em causa neste momento, afirmou

Acrescentou que, de facto neste momento não há liberdade de expressão, de manifestação, de imprensa ou seja tudo o que é liberdade para um povo está ser posta em causa e o PAIGC continua a lutar para repor estes valores e os que estão implementar a ditadura sabem que estão determinados para enfrentá-los.ANG/LPG/ÂC

 

 

Rússia/Ataque ucraniano com drones contra Moscovo paralisa três aeroportos

Bissau,24 Jan 25(ANG) - O presidente da Câmara de Moscovo, Sergei Sobyanin, relatou hoje que vários drones ucranianos foram abatidos na capital russa e nos arredores, num ataque que levou à suspensão temporária de três aeroportos naquela zona.

O autarca escreveu na sua conta de Telegram que os primeiros drones com destino a Moscovo foram destruídos em Kolomna e Ramenskoe, na região de Moscovo.

"De acordo com os dados preliminares, não há danos ou vítimas no local onde os fragmentos caíram", referiu.

Poucos minutos depois, Sobyanin revelou que mais duas aeronaves não tripuladas foram abatidas em Podolsk, 40 quilómetros a sul de Moscovo.

O presidente da câmara escreveu então sobre mais drones destruídos, desta vez num subúrbio a sul de Moscovo e numa cidade a cerca de 40 quilómetros a norte da cidade.

O ataque provocou a suspensão temporária das operações em três aeroportos da capital russa, noticiou a agência Efe.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

No terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

As tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguem o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk, e da recente autorização do então Presidente norte-americano cessante, Joe Biden, à Ucrânia para utilizar mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar a Rússia.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.ANG/Lusa

   Afeganistão/ONU apela ao regime talibã para permitir ensino às mulheres

Bissau, 24 Jan 25(ANG) - A missão da ONU no Afeganistão (UNAMA) apelou hoje ao regime talibã para que ponha imediatamente termo à medida que proíbe o acesso ao ensino de milhões de raparigas afegãs e lhes permita regressar à escola.

O apelo da ONU foi divulgado através de comunicado por ocasião do Dia Internacional da Educação.

"É uma vergonha e uma tragédia que milhões de raparigas afegãs tenham sido privadas do direito à educação (...). As autoridades 'de facto' [talibã] devem pôr imediatamente termo a esta proibição e permitir que todas as raparigas afegãs regressem à escola", declarou a representante do secretário-geral da ONU no Afeganistão, Roza Otunbayeva. 

A responsável da ONU recordou que nenhum país alguma vez prosperou deixando metade da população "para trás".

A missão da ONU em Cabul afirmou ainda que o Afeganistão, governado desde agosto de 2021 pelos talibãs, é o único país do mundo que proíbe explicitamente o acesso das mulheres e das raparigas a todos os níveis do ensino.

A medida que proíbe o acesso à educação às mulheres está em vigor há quase quatro anos no Afeganistão.

Recentemente, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do governo "de facto" do Afeganistão, Mohammad Abbas Stanekzai, apelou, num evento oficial, ao fim da proibição talibã da educação das mulheres, fazendo uma crítica pública pouco habitual no regime de Cabul.

"Estamos a ser injustos com 20 milhões de pessoas do nosso povo (...). Não há herança, não têm direito a escolher um marido, são abandonadas em disputas tribais, não podem estudar, frequentar mesquitas ou aceder a escolas e universidades", disse o vice-ministro talibã no sábado passado.

No regime talibã, existem fações com pontos de vista contraditórios sobre uma série de questões, sendo o veto à educação das mulheres um dos principais pontos de discórdia.

Os partidários do Mullah Haibatullah Akhundzada defendem uma aplicação estrita da lei islâmica, enquanto um grupo próximo da rede Haqqani defende uma abordagem mais pragmática para melhorar as relações internacionais.

 Este veto vem juntar-se a outras restrições impostas às mulheres afegãs, como o uso obrigatório da burca (indumentária imposta às mulheres), a segregação de géneros e a necessidade de um acompanhante masculino para viagens longas.ANG/Lusa

 

EUA/"Grande honra". Trump perdoa ativistas antiaborto condenados por ataque

Bissau, 24 Jan 25(ANG) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou esta quinta-feira que ia perdoar 23 ativistas antiaborto condenados por bloquear entradas e fechar temporariamente clínicas de aborto e apontou que era uma "grande honra estar a assinar isto", de acordo com a agência de notícias Associated Press.

"Estas pessoas não deveriam ter sido processadas. Muitas delas são idosas", reiterou Trump à medida que assinava os perdões para os "manifestantes pacíficos pró-vida", alguns com condenações federais, mais concretamente, os envolvidos na invasão e bloqueio de uma clínica em Washington, em outubro de 2020.

A líder do bloqueio, Lauren Handy, foi condenada a quase cinco anos de prisão ao orientar os manifestantes a unirem-se com correntes e cadeados de forma a bloquear as entradas da instituição.

A ideia levou a que uma enfermeira torcesse o tornozelo, ao tentar entrar na clínica, ao ser empurrada por uma das pessoas. Outra mulher foi abordada por um dos bloqueadores enquanto estava com dores de parto. Para além disso, em casa de Handy, foram encontrados cinco fetos após ser indiciada.

Contudo, o presidente norte-americano concedeu perdão a Handy e a outros  nove manifestantes condenados pelo ataque.

Em junho, Trump tinha criticado o então presidente Joe Biden por prosseguir com acusações contra os manifestantes envolvidos em bloqueios.

"Muitas pessoas estão presas por isto", referiu na altura dizendo que "vamos tratar disso imediatamente".

No outro lado da moeda, os defensores do direito ao aborto criticaram os perdões de Trump e realçaram que estes provam a sua oposição ao acesso, apesar das suas declarações vagas e contraditórias quanto ao assunto durante a campanha eleitoral.

O anúncio do perdão ocorre às vésperas de uma grande manifestação antiaborto em Washington, chamada 'Marcha pela Vida'.

Segundo a imprensa local, o magnata de 78 anos deverá discursar no protesto por videoconferência, enquanto o vice-presidente, JD Vance, é esperado no local.

Donald Trump permaneceu deliberadamente vago sobre a polémica questão do direito ao aborto durante a sua campanha.

Enquanto a direita cristã pede restrições federais à proibição federal da gravidez, o republicano disse querer deixar essa competência para os estados norte-americanos.

No entanto, congratulou-se em diversas ocasiões por ter contribuído, através das suas nomeações para o Supremo Tribunal, para o fim do direito constitucional ao aborto decidido em junho de 2022 pela mais alta instância da justiça norte-americana.

Após esta polémica decisão do Supremo, muitos estados conservadores proibiram ou limitaram severamente a interrupção da gravidez.

Desde a sua tomada de posse, na segunda-feira, Donald Trump atribuiu uma série de indultos destinados a satisfazer a sua base de apoiantes, começando com o mega perdão a 1.500 pessoas condenadas por invadir o Capitólio em janeiro de 2021.

Também perdoou dois polícias que foram condenados por uma perseguição ilegal que resultou na morte de um homem negro em 2020.ANG/Lusa

Imigração/EUA detêm 538 imigrantes clandestinos e deportam centenas de pessoas

Bissau, 24 Jan 25(ANG) - Os Estados Unidos detiveram 538 imigrantes clandestinos e deportaram centenas de pessoas numa operação em larga escala, no início da presidência de Donald Trump, anunciou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, na rede social X.



"A administração Trump deteve 538 imigrantes ilegais criminosos", declarou Leavitt numa mensagem publicada na quinta-feira à noite na X, acrescentando que "centenas" tinham sido deportadas em aviões militares.

"A maior operação de deportação massiva da história está em marcha. Promessas feitas. Promessas cumpridas", acrescentou.

Donald Trump garantiu na segunda-feira, no discurso de tomada de posse, que irá expulsar "milhões e milhões" de imigrantes ilegais, uma das principais promessas da campanha eleitoral, durante a qual prometeu levar a cabo a "maior deportação em massa da história" do país.

Há cerca de 11 milhões de imigrantes indocumentados nos Estados Unidos, segundo estimativas do Departamento de Segurança Interna de 2022, o ano mais recente com dados disponíveis --- embora Trump tenha afirmado, sem provas, que o número real é cerca do dobro.

A Administração norte-americana anunciou esta quinta-feira uma nova diretiva com o objetivo de levar a cabo a promessa de "deportações em massa".

"A diretiva dá aos agentes da lei do Departamento de Justiça (DOJ), do Serviço de Marshalls, da Administração de Repressão às Drogas (DEA), do Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos, e do Departamento Federal de Prisões autoridade para investigar e deter estrangeiros ilegais", indicou o Departamento de Segurança Interna em comunicado.

"Mobilizar esses agentes da lei ajudará a cumprir a promessa do Presidente Trump ao povo norte-americano de realizar deportações em massa. Durante décadas, os esforços para encontrar e deter estrangeiros ilegais não receberam os recursos adequados. Este é um passo importante para consertar esse problema", afirmou a secretária interina do Departamento de Segurança Interna, Benjamine Huffman, citada no comunicado.ANG/Lusa

Conflito Médio Oriente/Israel ordena evacuação do campo de refugiados de Jenin

Bissau,24 Jan 25(ANG) - Centenas de pessoas estão a abandonar quinta-feira, o campo de refugiados de Jenin, onde vivem quase 25 mil pessoas. Esta acção faz parte dos ataques levados a cabo pelas forças israelitas na Cisjordânia desde o início da semana.

A operação "Muro de Ferro" levada a cabo por Israel em Jenin, na Cisjordânia, continua em curso e já matou 12 palestinianos. Centenas de pessoas estão a abandonar hoje de manhã o campo de refugiados de Jenin, onde vivem quase 25 mil pessoas, após uma ordem de evacuação das forças israelita.

"A situação é muito difícil, não há nada. Não temos nada, nem medicamentos, nem comida. As pessoas no hospital não têm nada. As pessoas querem deixar o hospital e ir para casa. Preferem arriscar a vida e ir para casa", disse Mohammad Al-Ghoul, habitante do campo de refugiados de Jenin à Associated Press.

Os militares mantêm tanques de guerra à porta do hospital que tem acolhido os feridos.

Para além dos ataques militares, Israel está a destruir com escavadoras os acessos ao campo de refugiados de Jenin. Tiros e explosões são ouvidos diariamente junto ao campo de refugiados

Na Faixa de Gaza, a ajuda humanitária começa a chegar após a trégua entre Israel e Hamas. Mais de 3.200 camiões de ajuda humanitária entraram na Faixa de Gaza após o cessar-fogo. As Nações Unidas avisaram que apesar de a ajuda estar a chegar, as necessidades são "massivas", já que toda a população de Gaza depende desta ajuda.

Entre as maiores necessidades na Faixa de Gaza estão a comida, os cuidados médicos, os aparelhos médicos, os materiais para reconstruir casas e a reunificação das famílias.ANG/RFI

 

                      Obituário /Faleceu o antigo Diretor da Escola Piloto

Bissau, 24 Jan 25(ANG) – Faleceu esta quarta-feira (22.01) em Bissau o antigo Diretor da Escola Piloto Adelino Handem vítima de doença súbita, conforme anunciou, o Secretariado Nacional do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) através de nota de pesar a posse de Capital News.

O malogrado de acordo com os libertadores “integrou o grupo de jovens guineenses, que, após vários anos na clandestinidade,  decidiram no início do Ano de 1973 aderir a Luta Armada da Independência”.

Para além de Diretor de Escola Piloto,  o malogrado ocupou entre outras funções  na Administração Pública,  a de Diretor-geral dos Recursos Hídricos e Diretor do Gabinete de Estudos e Planificação do Ministério dos Recursos Naturais.

Informou que,  igualmente o malogrado foi autor  de obras depositadas no INEP, destacando “Desafios da Boa Governação na África Ocidental - Caso de Estudos da Guiné-Bissau e Cabo-Verde; Guiné-Bissau, uma Alternativa ao Ajustamento,  Desafios da Sociedade Camponesa do Século 21, Democratização e Direitos Humanos na África Ocidental-Transição do Monopartidariíssimo ao Pluripartidarismo”.

Natural de Gadamael-Porto, região de Tombali, sul do país, o malogrado Licenciou-se  na Engenharia Eletrotecnia  e  foi o principal pioneiro no fomento das Organizações Não Governamentais (ONGs) na Guiné-Bissau, tendo sido  Presidente   da Assembleia da ALTERNAG entre 1994 a 2021.ANG/CNEWS


Desporto/
Selecção Sub-17 da Guiné-Bissau empata (1-1) com sua congénere de Marrocos no jogo amigável

Bissau, 24 Jan 25(ANG) - A seleção nacional sub-17 da Guiné-Bissau empatou na tarde desta quinta-feira (23-01), com a sua congénere de Marrocos por  [1-1], no jogo de caráter amigável, disputado no Estádio Nacional 24 de Setembro.

Um jogo que teve uma fraca presença do público nas bancadas do Estádio Nacional, a turma nacional teve uma boa entrada na partida, controlando a posse de bola e não permitiu que a equipa adversária saísse na sua zona defensiva.

Apesar do domínio da seleção guineense, a primeira ocasião de golo pertenceu a turma marroquina, que esteve perto de abrir o placar aos 15 minutos do jogo, após um livre batido na sua zona esquerda de ataque, mas valeu a grande intervenção do guarda-redes Seco Seide.

Dois minutos depois, ou seja aos 17 minutos,  a seleção guineense respondeu da melhor forma e quase se adiantava no marcador se não fosse a trave da baliza defendida por Yassine Badaoim após um livre batido na direita, por intermédio de Dino António.

A medida em que andava a partida a bola não parava de circular por todo o retângulo do jogo, e a melhor ocasião do golo aconteceu no minuto 20, quando Carlos Djaló, extremo guineense, desperdiçou  uma soberba oportunidade de fazer o golo, mas Yassine Badaoim, guarda-redes marroquino fez uma bela intervenção.

Mesmo com o domínio, os pupilos de Alfa Umaro Djaló, estavam a ter dificuldade de perfurar a área adversária, dada a boa coordenação na cortina defensiva do Marrocos.

Aos 38 minutos a seleção da Guiné-Bissau abriu a ativo, após um livre batido na esquerda. Aladje Dabó antecipou-se nas alturas e cabeceou para o fundo das redes, resultado esse que permaneceu até ao intervalo.

No segundo tempo seleção do Marrocos, teve uma entrada espetacular, que resultou no golo do empate aos 49 minutos através dum livre cobrado na entrada da grande área, com o recém entrado na partida El Failali Ali, a encher  o seu pé direito sem hipótese para Seco Seide, que até tentou defender, mas a velocidade que vinha a bola, não foi possível evitar o golo.

A Guiné -Bissau ficou reduzida a dez unidades aos 60 devido a expulsão de Gute Lobo Vieira, por acumulação de amarelas, após uma entrada feita sobre o seu adversário, e o árbitro da partida, Aldair Grabe não teve a menor dúvida em admoestá-lo o  segundo cartão na partida.

Com a inferioridade numérica,  a seleção guineense foi obrigada a baixar na sua zona defensiva controlando as subidas do adversário para depois sair na contra ataque, tentando surpreender o adversário.

Apesar da pressão adversário, os comandados de Ciro conseguiram aguentar até final da partida com o resultados de uma bola.

Recorda-se que as mesmas seleção voltam a se defrontar dentro de três dias ou seja no dia 26 no mesmo palco para o segundo jogo amigável.ANG/Fut245

 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Regiões/Coordenador Regional do Centro de Acesso à Justiça de Cacheu,  considera de positivo  atividades realizadas em 2024

Cacheu, 23 jan 25 (ANG) -  O coordenador regional do Centro de Acesso à Justiça-CAJ de Cacheu,  em Canchungo, considera de positivo  atividades realizadas em 2024, por ter registado uma redução significativa de casos.

Em declarações ao correspondente regional da ANG em Cacheu, em jeito de balanço do ano findo,  Ladislau Domingos Sami disse que ao longo do ano 2024  registaram 619 casos para orientações jurídicas, contra  658  de 2023.

Os dados apresentados, esta quarta-feira,  pelo Coordenador do CAJ de Canchungo revelam que o número total de utentes registados na Região durante 2024 é de  619 casos para orientações jurídicas entre os quais  356 pertencem homens e 263 de mulheres.

Ladislau Domingos Sami afirmou que a maioria dos casos que entram no CAJ têm a ver com os alegados  abusos de autoridade, sexuais, burlas, detenções ilegais, conflito de posses de terras, herança dos bens familiares, reclamações de créditos, furtos, roubos e outros.

Informou que, todos os casos referidos que foram atendidos na Sede do CAJ em Canchungo no  ano passado não beneficiou do apoio  financeiro  do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento.

Esta situação, segundo o coordenador do CAJ, não permitiu a realização de atividades planificadas, nomeadamente  visita às Esquadras de Polícias de Ordem Pública, deslocações aos Postos de Atendimentos Setoriais,  formação  dos agentes da Policia de Ordem Pública em matéria dos  Direitos Humanos e outras instituições na região de Cacheu.

Outras actividades que ficaram pendentes, de acordo com Domingos Sami,  têm a ver com a formação em mediação e outros meios alternativos de resolução de conflitos, Djumbai de Cidadania e Direitos Humanos, as palestras nas diferentes localidades para as pequenas e médias empresas sobre o novo Código de Trabalho, o encontro com as Organizações da Sociedade Civil da região de Cacheu, com os Magistrados de Tribunais dos setores desta região, os Agentes de Guarda Nacional, Régulos e os Comités de tabancas sobre os Direitos Humanos.

Afirmou que durante este ano o CAJ, prestou  serviço junto da população, fornecendo informações, orientações, ajudando os cidadão na resolução de conflitos, através de mediação.

Além disso, o Centro presta ainda serviço de apoio jurídico gratuito as populações, contribuindo assim para o cumprimento dos direitos humanos, com realização de sensibilização junto das comunidades para conhecer os seus direitos
.   

O Coordenador, disse que há pouca diferença entre os casos do ano 2023 e 2024, porque em 2023 foram registados  658  casos, conseguiram realizar várias atividades programadas com o apoio financeiro de PNUD, mas em  2024, atenderam 619 casos.

O Coordenador Regional do Centro de Acesso à Justiça-CAJ de Cacheu perspetiva para o 2025, realizar  atividades que não foram efectuadas no ano passado, com os apoios do Governo da Guiné-Bissau, através do Ministério da Justiça e dos parceiros internacionais.

O Centro de Acesso à Justiça-CAJ da região de Cacheu, foi instalado em Canchungo, no dia 14 de Setembro de 2011, com a missão de consultas e apoios jurídicos aos utentes. ANG/AG/LPG/ÂC

 

Regiões/”Liceu Regional de Biombo sem instalações próprias para o funcionamento”, lamenta o Director Regional de Educação local

Biombo, 23 Jan 25 (ANG) – O Director Regional da Educação de região de Biombo, norte do país,  disse que o Liceu regional “Domingos Brito dos Santos”,  de Biombo em Quinhamel, não tem edifício próprio e funciona na escola de ensino básico.

Francisco Có falava em entrevista ao correspondente regional de ANG de Biombo sobre o balanço do seus três meses em exercício como o Director Regional da Educação da Região, na qual disse que além da falta de edifício próprio também  o Inspector do Ensino local não tem meios de transporte para que possa fazer o seu trabalho de fiscalização nas escolas da área da sua de jurisdição.

Por outro lado, disse  que, a própria Delegacia Regional não dispõe de escritório, tendo afirmado que existem duas escolas na região que funcionam nas barracas, concretamente na Ponta Nhara e  Augusto Djambacus.

“Estamos com falta de professores em algumas escolas e por isso, estamos aguardar pela colocação através de Ministério da Educação, também deparamos com a falta de computadores e só temos duas motas para os dois sectores”, afirmou.

Aquele responsável, pediu as autoridades competentes no sentido de apoiar a conclusão da obra de construção da Escola Politécnico de Quinhamel abandonada desde 2012.

Francisco Có disse que, a recuperação da referida Escola vai  ajudar os alunos que vão terminar o liceu que muitas das vezes não têm meios financeiros para estudar em Bissau.

"O Biombo não tem nenhuma escola de formação técnico-profissional para ajudar os jovens que concluíram o Liceu e não têm meios  financeiros para prosseguir os seus estudos e a conclusão da referida obra, vai lhes ajudar a não seguir caminhos de delinquência,"disse.ANG/MN/MI/ÂC

        Moçambique/Polícia dispara para reabrir principal acesso a Maputo

Bissau, 23 Jan 25(ANG) - A polícia moçambicana recorreu esta manhã a vários disparos para reabrir os acessos à portagem de Maputo da N4, principal entrada da capital, bloqueada desde as primeiras horas por manifestantes que contestam a retoma da cobrança.

Cerca das 10:30, após a retirada, pela polícia, dos pesados que bloqueavam o acesso, grupos de jovens concentraram-se junto à portagem, tentando impedir a normalização da circulação, com a polícia a realizar vários disparos para desmobilizar nos minutos seguintes, que reagiam atirando pedras, inclusive às viaturas que acediam ao local.

Após a intervenção da polícia, grupos de jovens tentaram repetir o bloqueio no acesso da Matola a Maputo, impedindo camiões de passar, ações contrariadas pela polícia.

Manifestantes cortaram esta manhã por completo, durante mais de uma hora, os acessos à portagem de Maputo, principal entrada e saída da capital moçambicana, com barricadas e veículos pesados atravessados, contestando a retoma de cobrança, após semanas de suspensão devido aos protestos pós-eleitorais.

Após a intervenção da polícia, a circulação começou a ser reposta, mas nas portagens era vísivel que só pagava quem queria, com algumas cancelas abertas.

Desde cerca das 09:00 locais (menos duas horas em Lisboa) que dois camiões estão abandonados na via no sentido Maputo - Matola, com dezenas de manifestantes em protesto, enquanto no sentido contrário um autocarro articulado também foi abandonado, bloqueando totalmente a circulação durante parte da manhã.

Perante um forte reforço policial, incluindo um blindado da Unidade de Intervenção Rápida, os manifestantes queimaram pneus para contestar a retoma na cobrança de portagens na N4, a principal via moçambicana, que liga Maputo à fronteira da África do Sul, explorada pela concessionária sul-africana Trans African Concessions (TRAC), que anunciou que retomaria hoje o pagamento.

Face à dificuldade de circulação, incluindo transportes, centenas de pessoas percorrem a pé o caminho até ao centro da capital, sem qualquer movimento automóvel nas portagens.

A TRAC, que construiu e opera a via rápida com um contrato de 30 anos com o Governo moçambicano, anunciou na quarta-feira que reinicia hoje a cobrança de portagens naquela via, suspensa nas últimas semanas na sequência dos protestos pós-eleitorais.

A informação consta de um anúncio publicado pela TRAC, concessionária da via rápida que liga Tshwane, Gauteng (África do Sul) e o porto de Maputo (Moçambique), através da fronteira de Ressano Garcia.

A fronteira também chegou a ser encerrada em vários períodos, nos últimos meses, devido às manifestações pós-eleitorais.

O ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane apelou em dezembro ao não pagamento de portagens no país, sendo que após a destruição e vandalização de algumas cabines de cobrança várias cabines foram fechadas, sem receber pagamentos, incluindo na N4.

Entretanto, num documento publicado na terça-feira com 30 medidas que exige para os próximos 100 dias, Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados oficiais das eleições gerais de 09 de outubro, voltou a apontar a não cobrança de portagens em todo o país como exigência.

"Na N4 as portagens, pelo tempo de vida que já têm, cumpriram com tempo de rentabilidade face ao investimento efetuado", refere no documento, exigindo a extensão do não pagamento de portagens neste período, alegando, também, que em várias vias com portagens no país "não houve consulta pública" sobre essa cobrança e "não se respeitou o princípio da via alternativa".

"Muitas das vias estão em estado desastroso, o que ofende a ideia de benefício de serviços", afirmou.

As manifestações pós-eleitorais em Moçambique, convocadas por Venâncio Mondlane, provocaram desde 21 de outubro 314 mortos e mais de 600 baleados, segundo organizações no terreno, como a plataforma eleitoral Decide, além de confrontos violentos com a polícia, saques e destruição de equipamentos públicos e privados.

Daniel Chapo, candidato presidencial apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), foi declarado vencedor das eleições e tomou posse como quinto Presidente da República em 15 de janeiro.ANG/Lusa

 

EUA/Dois dias de mandato, recorde de medidas. As ordens executivas de Trump

Bissau, 23 Jan 25(ANG) - Donald Trump foi empossado como 47.º presidente dos Estados Unidos a 20 de janeiro e bateu o recorde de ordens executivas assinadas nos primeiros dois dias, com medidas que vão desde imigração ao fim do teto de preços de medicamentos para idosos. 

Trump assinou cerca de 200 ordens executivas, memorandos e proclamações no seu primeiro dia, com foco na reversão das políticas de Joe Biden nos últimos quatro anos. 

Eis algumas das mais relevantes: 

Perdão aos condenados pelo assalto ao Capitólio

A primeira ordem assinada na Sala Oval por Donald Trump foi o perdão total de cerca de 1.500 pessoas condenadas por crimes no assalto ao Capitólio a 06 de janeiro de 2021, incluindo os que foram condenados por secessão e violência contra polícias. 

Saída do Acordo de Paris

Os Estados Unidos saem de forma imediata do Acordo de Paris e de todas as suas obrigações relacionadas com a crise climática. 

Fim do objetivos para carros elétricos

O objetivo de atingir 50% de carros elétricos na frota dos Estados Unidos até 2030 foi revogado. Esta foi uma de várias ordens que terminam com medidas para tornar a produção de energia mais sustentável, incluindo o reforço da extração de petróleo gás natural no Alasca, em áreas que estavam protegidas até aqui. 

Fim de regras antipoluição

As regulações sobre poluição emitida pelos escapes de carros e carrinhas são canceladas. Também são revogadas as regras de eficiência energética para máquinas de lavar loiça, chuveiros e fogões a gás. 

Suspensão de energia eólica no mar

O arrendamento de território marítimo federal para produção de energia eólica 'offshore' é suspenso. 

Eliminação de programas de justiça ambiental

Todos os programas orientados para a proteção de comunidades pobres do excesso de poluição são eliminados. Outra ordem força a revisão de todas as regulações que colocam obstáculos ao uso de fontes de energia como carvão e petróleo. 

Saída da Organização Mundial de Saúde

Trump ordenou a saída da OMS citando "a má gestão da pandemia de covid-19 por parte da organização" e os custos associados a pertencer à mesma. 

Fim do controlo de preços nos medicamentos para idosos

A política de Joe Biden que baixava os custos dos medicamentos para idosos e instituía um teto de preços a cobrar pelas farmacêuticas foi revogada. 

Cancelamento de admissão de refugiados e asilados

Trump cancelou a admissão de refugiados e asilados, uma entre várias medidas relacionadas com imigração que incluem a declaração de emergência nacional na fronteira com o México, a militarização da patrulha da fronteira, o reinício da construção do muro e a declaração de gangues e cartéis como organizações terroristas. A política "permanecer no México" é restaurada. 

Deportações para todos

É restaurada a diretiva para deportar qualquer pessoa que não tenha documentos, independentemente do que tenha feito ou da situação familiar, sem critérios de prioridade. A agência ICE poderá entrar em escolas, igrejas e hospitais para deter pessoas. 

Fim da cidadania por nascimento

O presidente ordenou o desmantelamento do direito inscrito na 14ª Emenda da Constituição, que dá a qualquer pessoa nascida em solo americano a cidadania do país. A ordem manda negar cidadania aos bebés de pessoas com vistos e imigrantes sem documentos. 

Pena de morte para imigrantes sem documentos que cometam crimes capitais

A ordem dita que o Departamento peça a pena de morte para imigrantes indocumentados que cometam crimes capitais, incluindo homicídio de polícias ou civis, rapto, violação e espionagem. 

Apenas dois sexos e fim da diversidade

Várias ordens executivas obrigam as agências federais a reconhecerem apenas o sexo feminino e masculino e eliminar a identidade de género. Todas as políticas que promovem diversidade, equidade e inclusão são eliminadas. As proteções a pessoas transgénero nas prisões são canceladas. 

Extensão do prazo para banir o TikTok

A rede social chinesa cujo processo de proibição foi iniciado por Donald Trump em 2020 terá mais 75 dias de funcionamento, uma extensão que lhe permitirá encontrar alternativas para cumprir a lei passada pelo Congresso. 

Congelamento de contratações

Todas as contratações para cargos federais estão congeladas, salvo militares e segurança nacional. Os funcionários públicos são obrigados a regressar ao escritório e será recuperada a categoria Schedule F de funcionários federais, que não têm proteções laborais.

Autorização de segurança sem escrutínio

Os funcionários da Casa Branca vão obter autorização de segurança máxima sem passarem pelo processo de verificação e escrutínio. 

Revisão das investigações dos últimos quatro anos

As investigações conduzidas durante a administração Biden serão revistas para "corrigir a má conduta passada do governo federal em relação à transformação da aplicação da lei e da comunidade de inteligência em armas". A ordem refere-se às investigações criminais a Donald Trump e aos seus aliados. 

Serviço de Receita Externa

O governo vai avaliar a criação do Serviço de Receita Externa para cobrar tarifas e taxas e as agências federais terão de investigar práticas comerciais com outros países. 

Fim do acordo para taxar empresas

Trump retirou os EUA do acordo mundial celebrado entre 130 países em 2021 para garantir um imposto mínimo de 15% sobre os lucros das multinacionais, que tinha o objetivo de dificultar o desvio de lucros para paraísos fiscais. 

Mudança de nomes

O Monte Denali, no Alasca, passa a ser Monte MCKinley e o Golfo do México passa a ser Golfo da América. Neste último caso, a mudança não tem de ser reconhecida por outros países. 

Implementação do DOGE

A ordem cria o Departamento de Eficiência Governativa (com a sigla DOGE), liderado por Elon Musk para cortar gastos no governo. 

Revogação de autorização de segurança

Os 51 signatários de uma carta que avisava para o potencial de os conteúdos do portátil de Hunter Biden serem desinformação russa viram a sua autorização de segurança revogada em retaliação. Já o ex-conselheiro de segurança nacional de Trump John Bolton -- alvo frequente de ameaças -- viu descontinuada a proteção dos Serviços Secretos.ANG/Lusa

São Tomé e Príncipe/Acção Democrática Independente pode vir a fragmentar-se

Bissau, 23 Jan 25(ANG) - O partido Acção Democrática Independente(ADI) está actualmente dividido, admitindo-se um cenário de fragmentação na sua bancada parlamentar. O partido dispõe de uma maioria absoluta de 30 deputados.

Com a queda e a nomeação do novo governo, a Acção Democrática Independente, partido no poder em São Tomé e Príncipe, está a fragmentar-se, prevendo-se para breve uma reunião que possa aglutinar as facções existentes ou a eleição de novos órgãos estatutários.

O líder do partido, Patrice Trovoada, numa das suas recentes comunicações no Facebook, admite um possível afastamento das hostes do partido, dos membros do seu partido que constituem o actual governo ou a extinção desta força política.

"Esse governo que querem chamar de "Nova esperança"... No fundo, é um governo de amigos e compadres que tem como denominador comum resolver os seus problemas pessoais e de ego hipertrofiado. O risco que nós temos hoje é de retrocesso, de incongruência, de aumento da autoritarismo e da corrupção. E o risco para o ADI é de facto de nós virmos a fraccionar(nos) e acabarmos por desaparecer quando desde 2010 somos o maior partido de São Tomé e Príncipe", indicou.

O antigo primeiro ministro assegura que se mantém no partido, mas aproveitou também para tecer duras críticas ao Presidente que o destituiu.

"Dizer que vou-me manter sempre activo junto do partido, sobretudo na preparação do próximo Congresso, que tem que vir o mais rapidamente possível, de modo a podermos muito oficialmente e formalmente expulsar todos aqueles que decidiram de facto sacrificar o ADI, sacrificar o programa do Governo, sacrificar uma ambição colectiva que estava em marcha para resolver e trazer a solução para a população em nome de interesses pessoais, interesses pessoais. Começando pelo senhor Carlos Vila Nova que foi posto na Presidência da República pelo esforço de vocês todos e o voto popular que nós fomos à procura, e continuando por todos aqueles que hoje decidiram participar nessa aventura que infelizmente, todos nós haveremos de pagar os custos", declarou Trovoada.

O actual Primeiro ministro, Américo Ramos, disse que o seu foco essencial é a estabilidade governativa desvalorizando as críticas do anterior chefe do executivo santomense.

"Nós estamos a tomar conta dos dossiers. Estamos a analisar e precisamos ter muita calma, muita atenção naquilo que fazemos. Governar não é só ir contra determinadas questões. Nós temos é que analisar e ver o devido enquadramento dessas taxas, como é que elas foram criadas para aqui e no devido momento, nós tomaremos a decisão mais acertada possível para o bem da nação. Nos próximos dias já decidiremos", disse o actual primeiro-ministro.ANG/RFI

UE-EUA/Presidente francês e Chanceler alemão tentam unir-se perante ameaças de Trump

Bissau,23 Jan 25(ANG) - O Presidente francês Emmanuel Macron recebeu nesta quarta-feira no Palácio do Eliseu o chanceler alemão Olaf Scholz e em declarações conjuntas prometeram fazer tudo para que a Europa se mostre "unida e forte" perante as ameaças de Trump sobre possíveis aumentos de taxas aduaneiras sobre produtos europeus.

"O presidente Trump será, já está claro, um desafio a ser enfrentado", disse o líder alemão. "A Europa não vai se esconder, mas vai ser um parceiro construtivo e confiante", acrescentou Scholz para quem a visita de hoje poderia ser a última como chefe do executivo alemão, a poucas semanas de eleições legislativas, a 23 de Fevereiro, em que o líder da oposição, o democrata cristão Friedrich Merz, é o favorito.

O Presidente francês, quanto a si, tornou a preconizar uma maior autonomia para os 27, apelando ao reforço do motor franco-alemão a favor de uma Europa "unida, forte e soberana", que saiba "defender os seus interesses".

"A única resposta aos tempos em que entramos é mais unidade, mais ambição e ousadia e mais independência dos europeus. É isso que nos anima e é nesse sentido que continuaremos a agir", martelou Emmanuel Macron.

Estas declarações surgem numa altura em que o motor franco-alemão tem mostrado algumas fragilidades, Scholz e Macron não partilhando a mesma visão para a Europa, nomeadamente no tocante às ameaças proferidas por Donald Trump relativamente a um possível aumento das taxas aduaneiras para os produtos europeus.

Enquanto a Alemanha preconiza negociações conducentes ao estabelecimento de um acordo de livre-comércio, a França é mais favorável a medidas equivalentes contra os Estados Unidos no caso do novo inquilino da Casa Branca pôr em prática as suas ameaças.

Pouco depois de ser investido para um segundo mandato na segunda-feira, o líder republicano e magnata de 78 anos anunciou a aplicação de taxas aduaneiras de 25% para os produtos mexicanos e canadianos a partir do dia 1 de Fevereiro, Trump anunciando ontem também encarar a aplicação de taxas de 10% para os produtos chineses a partir da mesma data.

A China respondeu nesta quarta-feira afirmando que está "firmemente determinada" a "defender os seus interesses nacionais".

Contudo, na mesma senda, o chefe de Estado americano disse igualmente considerar adoptar uma atitude semelhante com os países da UE.

"A UE prejudica-nos muito. Trata-nos muito mal. Não compra os nossos carros ou produtos agrícolas. Na verdade, não compra muito", disse ontem o Presidente dos Estados Unidos ao considerar que o reforço das taxas alfandegárias sobre os produtos europeus é a "única forma" para os EUA "serem tratados correctamente", e restabelecer o equilíbrio nas trocas comerciais entre os Estados Unidos e o bloco europeu.

Segundo segundo dados do representante da Casa Branca para o Comércio (USTR), o défice comercial de Washington na sua relação com Bruxelas elevou-se a 131 bilhões de dólares em 2023.

Em declarações ontem no Fórum Económico Mundial em Davos, na Suíça, a Presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, garantiu que a Europa "está disposta a conversar com o executivo de Trump", ao recordar que Washington é um importante parceiro comercial.

Recorde-se que o Presidente americano já chegou a aplicar aumentos de taxas alfandegárias sobre o aço e o alumínio da UE para proteger a indústria americana, sob a alegação de o seu país estava a enfrentar uma concorrência desleal dos países asiáticos e europeus no sector da siderurgia.ANG/RFI