Presidente da Nigéria lamenta nomeação do novo PM antes
da chegada da missão da CEDEAO
Bissau, 24 Ago 15
(ANG) – O Presidente da Nigéria lamentou na última sexta-feira (21 do
corrente), a nomeação e tomada de posse do novo Primeiro-ministro da
Guiné-Bissau, antes da chegada ao país da Missão da Comunidade Económica de
Estados África Ocidental(CEDEAO) que vinha ajudar a resolver a crise política vigente.
"É lamentável
que o Presidente Mário Vaz tenha nomeado e dado posse a um novo
Primeiro-ministro numa altura em que a missão
chefiada por Olosegum Obasanjo (antigo presidente da Nigéria), estava reunido
com o Presidente Macky Sall, do Senegal, para posteriormente se seguir rumo à
Bissau, referiu Buhari durante uma comunicação sobre a situação política da
Guiné-Bissau, citado pela Tvi24.
Na sua declaração, o
Presidente nigeriano apelou à calma e pediu às lideranças políticas guineenses para
que tenham a "máxima moderação" de modo a garantir a manutenção da
lei e da ordem enquanto se continuam a envidar esforços com vista a resolução da
actual crise política que o país atravessa.
A Nigéria é o
principal financiador da missão militar da CEDEAO no país a Ecomib, uma força
de estabilização composta por militares e polícias da sub-região, destacados
para a Guiné-Bissau desde o golpe de Estado de Abril de 2012, e que ainda se
permaneceram no país, por se considerar que ainda há ameaças à paz na
Guiné-Bissau.
A comitiva que na
quinta-feira devia ter chegado à Bissau para ajudar a resolução da crise tinha
sido organizada no âmbito da Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental (CEDEAO) e integrava ainda a comissária da organização para os
Assuntos Políticos, Paz e Segurança, Salamatu Hussaini.
Os enviados que
viajavam da Nigéria para Guiné-Bissau fizeram uma paragem em Dacar (Senegal) onde
se reuniram com o líder senegalês foi quando souberam da escolha de Baciro Djá
como novo chefe do executivo guineense.
Na Guiné-Bissau, a
nomeação de Baciro Djá motivou protestos do Partido Africano da Independência
da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), maior formação politica do país, e de
organizações da sociedade civil guineense que consideram a decisão do
Presidente da República de inconstitucional.
ANG/Tvi24
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