Internacional
Governo
português preocupado com tensão política vivida na Guiné-Bissau
Bissau
12 Ago 15 (ANG) - O Governo português afirmou terça-feira estar preocupado com a crescente
divergência entre as autoridades governativas na Guiné-Bissau sobretudo na
última semana, e que tem realizado esforços para que se evite uma grave crise
política no país.
Ministro dos Negócios Estrangeiros português |
De
acordo com uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros português a que a Lusa
teve acesso, o Governo de Pedro Passos Coelho tem vindo a seguir com grande
preocupação o progressivo avolumar das divergências entre titulares de órgãos
de soberania na Guiné-Bissau e tem envidado persistentes esforços para prevenir
que de tais divergências resultem em uma grave crise política.
De
acordo a nota, as últimas eleições legislativas e presidenciais na Guiné-Bissau
permitiram criar fortes expectativas de que a estabilidade democrática se
instale duradouramente no país, como o Povo guineense merece.
"Só
o bom funcionamento do regime democrático e o respeito escrupuloso pela
Constituição da República possibilitam o esforço de recuperação económica
indispensável ao crescimento e bem-estar da Guiné-Bissau, bem como a
concretização do auxílio externo tão necessário à materialização dos planos de
Desenvolvimento que o Governo guineense tem preparado", sublinhou o texto
do MNE português.
O
documento refere ainda que sem o normal funcionamento da democracia haverá
grandes dificuldades para que a comunidade internacional tenha condições de
prosseguir a cooperação e apoio de que a Guiné-Bissau nesta fase carece.
“Se
tal acontecesse, a Guiné-Bissau retornar-se-iá a um período de perturbação,
instabilidade e marasmo económico", relata a carta.
“O
governo português faz ardentes votos para que seja possível, rapidamente,
ultrapassar o risco de crise política e continuará a trabalhar com os Estados
da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da Comunidade Económica
dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), bem como com a União Africana (UA), a
União Europeia (UE) e a ONU, para que as dificuldades actuais sejam
ultrapassadas", aponta o documento.
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