Demissão
do governo
CEDEAO pede diálogo para
resolução da crise
Presidente senegalês |
"O Presidente Sall está confiante e acredita que é possível encontrar uma solução pacífica e sustentada para a crise, através de um diálogo concertado envolvendo todos os atores políticos da Guiné-Bissau, em estreita colaboração com os parceiros regionais e internacionais", refere uma nota publicada no portal da CEDEAO.
Sall lamenta que os esforços da CEDEAO e da restante comunidade internacional no sentido de resolver a crise não tenham tido resultado.
De acordo com o comunicado, o Presidente Sall considera que a crise "pode afetar os compromissos dos doadores da Guiné-Bissau" que numa mesa redonda realizada em Março, em Bruxelas, anunciaram mil milhões de euros de intenções de apoio.
"A prioridade deve ser o bem-estar dos guineenses, impulsionado pela reconciliação nacional, democracia, boa governação e desenvolvimento", acrescenta.
Apesar de "aplaudir a atmosfera pacífica observada até agora no país", Macky Sall "apela aos líderes políticos para continuarem a explorar formas pacíficas para resolver o atual impasse e insta as forças de defesa e segurança a manterem o compromisso de ficarem fora da política".
O Presidente José Mario Vaz demitiu quarta-feira o Governo liderado por Domingos Simões Pereira, alegando entre outras quebra mútua de confiança, dificuldades de relacionamento, e sinais de obstrução à Justiça por parte do Executivo.
Domingos Simões Pereira anunciou na quinta-feira estar "chocado" pela maneira como o Presidente "faltou à verdade" e refutou as acusações.
O executivo estava em funções há um ano, depois de o PAIGC vencer as eleições com maioria absoluta e de ter recebido duas moções de confiança aprovadas por unanimidade no Parlamento - para além de ter o apoio da comunidade internacional.
Apesar de todas as forças políticas e várias entidades, dentro e fora do país, terem feito apelos públicos dirigidos ao Presidente no sentido do diálogo e estabilidade, José Mário Vaz decidiu derrubar o Governo e pediu ao PAIGC que indique um novo nome para Primeiro-ministro.
ANG/Lusa
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