Internacional/Guiné-Conacry
Votação para eleição
de Presidente da Republica decorreu sem incidentes
Bissau, 12 Out 15 (ANG) - Os
eleitores da Guiné-Conacri votaram domingo para eleger um novo presidente, numa
jornada eleitoral que decorreu de forma tranquila e sem incidentes graves,
apesar da violência registada nos últimos dias, informaram os 'media' locais.
Alfa Condé, Presidente cessante |
A primeira volta das presidenciais, a que concorreram oito candidatos,
incluindo o atual Presidente, Alpha Condé, decorreu com normalidade tanto na
capital, Conacri, como no resto do país, mas com algumas irregularidades,
segundo a agência Efe.
O encerramento das urnas estava previsto para as 18:00 locais , mas a
comissão eleitoral autorizou as assembleias de voto a permanecerem abertas mais
duas horas nos locais onde houve atrasos no início da votação.
A contagem dos votos começa logo em seguida e pode prolongar-se por vários
dias.
A campanha do atual Presidente estabeleceu um objetivo ambicioso, a
reeleição à primeira volta. Os seus adversários acusam-no de querer vencer
através de fraudes, o que o partido presidencial desmente.
"Peço a todos os guineenses que cumpram o seu dever cívico em paz e tranquilidade",
disse Condé ao votar, referindo-se à violência que fez uma dezena de mortos na
última semana.
Um dos seus adversários, o antigo primeiro-ministro Cellou Dalein Diallo,
também pediu aos eleitores para evitarem a violência.
Depois de ter votado, Diallo pediu também que "seja assegurado que os
votos de todos guineenses são respeitados, para que ganhe o melhor".
Segundo a AFP, um dos seus porta-vozes, denunciou depois, numa declaração à
imprensa, a existência de "graves irregularidades" constatadas no
terreno, apontando por exemplo a expulsão dos delegados da candidatura de
locais de votação no leste do país, região de origem de Condé.
O chefe da missão de observadores eleitorais da União Europeia, Frank
Engel, fez a meio do dia um balanço favorável, disse que de acordo com as suas
informações, a votação decorria sem problemas, apesar de muitos atrasos e
considerou que é "compreensível algum nervosismo" dos eleitores que
esperam horas.
"O que vimos e o que nos foi relatado, na minha opinião, não afetam a
regularidade do voto", afirmou, acrescentando que os primeiros resultados
devem ser conhecidos na terça-feira.
As presidenciais de 2010 e as legislativas de 2013 foram marcadas pela
violência e por acusações de fraude.
ANG/Lusa
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