“A
morte de Cabral tem reflexos negativos
no processo de desenvolvimento da Guiné-Bissau”, dizem alguns cidadãos
Bissau, 12 Set 17
(ANG) – Alguns cidadãos guineenses admitem que a morte de Pai fundador da nacionalidade
guineense, Amílcar Lopes Cabral, tem reflexos no atraso do desenvolvimento da Guiné-Bissau,
e em situações de desentendimento acentuado tais como a que se vive actualmente
no país.
Numa auscultação
feita hoje pela ANG por ocasião da celebração de mais um aniversario da nacionalidade guineense-12 de Setembro,
data de nascimento de Amilcar Cabral, o jornalista Júlio Cá destacou que se
Amílcar Cabral pudesse ressuscitar hoje, “diria que não acordou num país para o
qual lutou ontem para a sua independência”.
“O que estamos a
assistir não era o propósito que Cabral
pretendia para a Guiné-Bissau. Amílcar Cabral tinha outro objectivo para a sua
pátria, mas ao desaparecer deixou a Guiné-Bissau numa total angústia”, considerou.
Júlio Cá considera
importante que se estudasse o livro que
transmite os ideais de Amilcar Cabral, “para melhor refazer a Guiné-Bissau
visando o seu desenvolvimento”.
Na opinião da
recém-formada em Comércio Internacional, Clotilde Lima Gomes, o atraso no
progresso da Guiné-Bissau, começou desde a era colonial.
“No meu ponto de
vista, o líder Cabral não devia apostar na luta armada para a independência da Guiné-Bissau.
Não defenderia que os portugueses ficassem no nosso território, mas na verdade
existia várias formas de negociar para retirar os colonialistas da Guiné-Bissau”,
defendeu Clotilde.
Para a Clotilde, Amílcar Cabral, na altura, dera pouca
oportunidade de formação aos guineenses razão pela qual depois da sua morte o
país se deparou com escassez de recursos humanos. Sustenta que essa escassez
ainda se reflecte na falta de preparação dos políticos guineenses, que não estão
na altura de resolver os problemas do povo.
Por seu turno, o
Investigador de Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa(INEP) Herculano Arlindo
Mendes, sustentou que o 12 de Setembro é um dia muito importante para a vida de
todos os guineenses e em particular os Caboverdianos.
Acrescentou que a Guiné-Bissau devia aproveitar muito da
imagem do seu líder imortal Amílcar Lopes Cabral, a fim de projectar uma imagem
positiva para o exterior.
“Existem alguns
marcos históricos que muitos acham que somente o PAIGC, como libertador, deve
festejar. Digo que estão enganados a
data como hoje merece a atenção das outras formações partidária. O país em geral, cada qual podia festejá-la da
sua forma”, justificou o Investigador.
ANG/LLA/ÂC/SG
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