Director-geral
disse desconhecer alegada venda dos três navios da empresa
Bissau, 05 Set 17
(ANG) – O Director-geral da empresa SOTRAMAR afirmou hoje não ter conhecimento
da alegada venda dos três navios da empresa que fazem ligações com as ilhas.
Sirma Seide que
falava aos jornalistas disse que em nenhuma circunstância alguém lhe informou
que há necessidade de penhorar ou vender os barcos.
Informou que os
salários dos funcionários são pagos em função das receitas obtidas, tendo no
entanto reconhecido a divida da empresa para com os seus trabalhadores.
Seide esclareceu que
as receitas obtidas pelas embarcações não
conseguem cobrir os gastos , nomeadamente com combustíveis, e que esta
situação, agrava-se devido a falta de
subvenção da empresa pelo governo
.
Sirma Seide alegou
que a empresa concorrente, a CONSULMAR tem barcos mais rápidos que fazem
transportes diariamente, o que terá feito com que seja a preferência dos
passageiros.
Em nome dos funcionários
da empresa, Veríssimo Lopes Batista disse em conferência de imprensa que dos
três navios da empresa, dois estão em
funcionamento nomeadamente o Quarto Centenário e Pecixe e que o Bária é o único
que está parado devido avarias.
“O próprio dono da
empresa CONSULMAR havia afirmado que comprou o espaço onde estacionava o navio
Bária no Porto de Bissau. Ele tinha razão, neste momento o navio foi retirado
do referido espaço, e o mesmo senhor informou aos funcionários que comprou os
barcos,” Veríssimo Baptista.
Disse ainda ter informação de que, se
eventualmente os três navios fossem vendidos, o comprador não indemnizará a nenhum
funcionário.
Prometeu que, caso a
venda for confirmada, vão morar nos
barcos com as suas famílias até que o último funcionário receba o seu dinheiro.
O porta-voz afirmou
que o Director da Sotramar Sirma Seide contraiu um empréstimo junto da Agência Reguladora Nacional
(ARN) no valor de cerca de 53 milhões de francos cfa para reparação dos três
navios, tendo comprado um motor para o barco Pecixe no valor de 13 milhões de
francos cfa.
Acrecentou que em
relação ao Bária tem informações de que as peças compradas ficaram retidas em
Dacar devido a falta de pagamento de
cinco milhões de francos CFA..
Veríssimo Lopes Batista explicou que durante o
período de transição política a empresa registou uma dívida de 23 meses de salários em atraso com
os funcionários, e que com o actual
director há oito meses por pagar.
Confirmou que Sirma Seide, durante seu mandato, pagou três meses
de dívida anterior.
Questionado sobre o
não rendimento alegado pelo director-geral respondeu que só em Junho e Julho do
ano em curso, o navio Quarto Centenário fez uma receita de mais de treze
milhões fcfa mas que se desconhce o paradeiro desse dinheiro.
Segundo Lopes
Batista, a empresa gasta mensalmente em salário oito milhões de fcfa.
ANG/JD/ÂC/SG
.
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