quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Angola


                 Bienal de Luanda quer reforçar paz em África
Bissau, 19 set 19 (ANG) – A bienal de Luanda - Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz, que vai decorrer até domingo começou quarta-feira com o desejo de  Luanda  ser o epicentro dos debates sobre a resolução de conflitos em África.
Jovens  participantes no Bienal de Luanda
Sob o lema "Construir e preservar a paz: um movimento de vários actores", o evento visa enaltecer os valores da paz e da cidadania e materializar a aliança de povos em torno da cultura da paz. O objectivo é criar plataformas de reflexão sobre o futuro de África, tendo como focos temáticos a juventude, paz e segurança, a criatividade, empreendedorismo e inovação. No Festival de Culturas, há cinema, música, artes plásticas e visuais, teatro, dança, moda, design, banda desenhada, videojogos, poesia, literatura, tradição oral e artesanato.
Paulo Baloteli, representante das Nações Unidas, considerou a Bienal um grande contributo de Angola para a pacificação de África e lembrou o seu papel de pacificação na Região dos dos Grandes Lagos.
Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, falou na Bienal como uma oportunidade para prevenir os conflitos no Mundo.
Nany Marie Faith, embaixadora dos Estados Unidos da América em Angola, afirmou que a cultura de paz junta as pessoas no mundo, o que ilustra a importância da bienal.
Eugénio Laborinho, ministro do Interior de Angola, sublinhou que "Angola vive em paz há mais de doze anos" e vai-se "fazer com que isso fortaleça a situação da paz, da serenidade, embora haja um bocado de violência" que justificou com "o fenómeno social" que se está a viver. Oiça aqui.
Presente está também Denis Mukwege, Prémio Nobel da paz 2018. O cirurgião da República democrática do Congo que se notabilizou na reconstrução do aparelho genital de milhares de mulheres e raparigas, vítimas de violação nos conflitos do antigo Zaire.
Mukwege defendeu a preservação da identidade africana para uma efectiva promoção da cultura da paz no continente negro, admitindo que África continua sem responder às necessidades das suas populações.
Na agenda constam um Festival de Culturas, a decorrer no Museu Nacional de História Militar, e fóruns da mulher, da juventude, de ideias e de parceiros que vão concentrar os participantes no Memorial António Agostinho Neto.
São esperados 800 delegados de todo o mundo que vão juntar-se a outros mil participantes nacionais, directamente envolvidos na bienal. Na lista de convidados estão o presidente da União Africana, Abdel Fattah al-Sisi, os presidentes da Namíbia e do Mali, Hage Geingob e Ibrahim Boubacar Keïta, e o ex-jogador de futebol costa-marfinense Didier Drogba. ANG/RFI


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