quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Cooperação


Embaixador da China Popular diz que guerra comercial com EUA não vai afectar a cooperação com os países da África

Bissau, 26 Set 19 (ANG) - O Embaixador da República Popular da China disse que a guerra comercial entre o seu país e os Estados Unidos da América não vai afectar a cooperação e os apoios das autoridades do país asiático à África.

Jin Hongjun que falava esta quarta-feira em conferência de imprensa no âmbito das celebrações do 70 aniversário da República Popular da China, acrescentou que  que essa guerra, em vez de prejudicar o seu país permitiu com que a China tenha  mais intercâmbios comerciais e económicos com África.

Afirmou que economia chinesa cresceu e continua a crescer em mais 6,3 por cento por ano.

Em relação a situação dos direitos humanos que é fortemente criticado pelos ocidentais, Jin Hongjun disse que há respeito pelos direitos humanos na China Popular, mas segundo ele, os ocidentais reduziram o conceito de Direitos Humanos ao  direito a manifestação e de liberdade política.

 Salientou que a maioria dos países têm uma outra óptica em direitos humanos: além do direito político têm também outra parte que é da subsistência e desenvolvimento.

“A China Popular para além de garantir os direitos básicos dos seus cidadãos assegura ainda o direito  à subsistência. Por isso desde o nascimento da República Popular da China as autoridades priorizaram a economia para melhorar a vida das populações”, salientou.

Em relação a democracia explicou que a China dispõe de um sistema democrático indirecta, explicando que o Povo elege deputados nacionais para depois estes elegerem o Presidente e que o mesmo acontece no partido.

Salientou que a maior parte da população chinesa confia no futuro do país, frisando que segundo uma sondagem do Centro da Pesquisa PEW da América, 66 por cento dos chineses estão satisfeitos com o governo.

Quanto a Guiné-Bissau, disse esperar que as eleições Presidenciais vão trazer um ambiente favorável para que o país possa atrair investimentos não só chineses, mas também  de  outros países.

Instado a falar se a Guiné-Bissau aproveita bem os fundos disponibilizados pela China, o Embaixador recusa dizer sim ou não, afirmando que, quer contudo   maior presença das empresas chinesas no país.

Disse estar confiante no futuro da Guiné-Bissau, apesar da crise, porque o Povo está a procurar veementemente o caminho mais adequado para o desenvolvimento.

Quanto à construção da nova auto-estrada que liga Aeroporto ao Sector de Safim, Jin Honjung sublinhou que o projecto está na fase preparatória, revelando que o governo do seu país já dispõe do dinheiro para a execução da referida obra.

Em relação ao referido projecto, fez questão de esclarecer que  cabe as autoridades guineenses assumir as indemnizações dos eventuais danos que a  construção da referida auto-estrada pode causar.

Jin Honjung considerou de positivo os apoios que a China Popular concede à Guiné-Bissau, disse ter havido formação de vários técnicos mas acha que pode se fazer mais.

A titulo de exemplo indicou que os técnicos chineses que apoiam a agricultura em Bafatá, Leste do país podiam ser mudados periodicamente para outras áreas do país , para que mais agricultores possam beneficiar das suas experiências de produção do arroz, alimento base da população guineense.

A República Popular da China mantém relações de cooperação com a Guiné-Bissau desde os períodos da luta de libertação nacional do país africano da dominação colonial portuguesa. ANG/LPG/ÂC//SG
  

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