Embaixador da China Popular diz que guerra comercial com
EUA não vai afectar a cooperação com os países da África
Bissau, 26 Set 19 (ANG)
- O Embaixador da República Popular da China disse que a guerra comercial entre
o seu país e os Estados Unidos da América não vai afectar a cooperação e os apoios
das autoridades do país asiático à África.
Jin Hongjun que falava
esta quarta-feira em conferência de imprensa no âmbito das celebrações do 70
aniversário da República Popular da China, acrescentou que que essa guerra, em vez de prejudicar o seu
país permitiu com que a China tenha mais
intercâmbios comerciais e económicos com África.
Afirmou que economia
chinesa cresceu e continua a crescer em mais 6,3 por cento por ano.
Em relação a situação
dos direitos humanos que é fortemente criticado pelos ocidentais, Jin Hongjun disse
que há respeito pelos direitos humanos na China Popular, mas segundo ele, os
ocidentais reduziram o conceito de Direitos Humanos ao direito a manifestação e de liberdade
política.
Salientou que a maioria dos países têm uma
outra óptica em direitos humanos: além do direito político têm também outra
parte que é da subsistência e desenvolvimento.
“A China Popular para
além de garantir os direitos básicos dos seus cidadãos assegura ainda o direito
à subsistência. Por isso desde o
nascimento da República Popular da China as autoridades priorizaram a economia
para melhorar a vida das populações”, salientou.
Em relação a democracia
explicou que a China dispõe de um sistema democrático indirecta, explicando que
o Povo elege deputados nacionais para depois estes elegerem o Presidente e que o
mesmo acontece no partido.
Salientou que a maior
parte da população chinesa confia no futuro do país, frisando que segundo uma
sondagem do Centro da Pesquisa PEW da América, 66 por cento dos chineses estão
satisfeitos com o governo.
Quanto a Guiné-Bissau,
disse esperar que as eleições Presidenciais vão trazer um ambiente favorável
para que o país possa atrair investimentos não só chineses, mas também de outros países.
Instado a falar se a
Guiné-Bissau aproveita bem os fundos disponibilizados pela China, o Embaixador recusa
dizer sim ou não, afirmando que, quer contudo
maior presença das empresas
chinesas no país.
Disse estar confiante
no futuro da Guiné-Bissau, apesar da crise, porque o Povo está a procurar
veementemente o caminho mais adequado para o desenvolvimento.
Quanto à construção da nova
auto-estrada que liga Aeroporto ao Sector de Safim, Jin Honjung sublinhou que o
projecto está na fase preparatória, revelando que o governo do seu país já dispõe
do dinheiro para a execução da referida obra.
Em relação ao referido
projecto, fez questão de esclarecer que cabe as autoridades guineenses assumir as indemnizações dos eventuais danos que a construção da
referida auto-estrada pode causar.
Jin Honjung considerou
de positivo os apoios que a China Popular concede à Guiné-Bissau, disse ter havido
formação de vários técnicos mas acha que pode se fazer mais.
A titulo de exemplo
indicou que os técnicos chineses que apoiam a agricultura em Bafatá, Leste do
país podiam ser mudados periodicamente para outras áreas do país , para que
mais agricultores possam beneficiar das suas experiências de produção do arroz,
alimento base da população guineense.
A República Popular da
China mantém relações de cooperação com a Guiné-Bissau desde os períodos da
luta de libertação nacional do país africano da dominação colonial portuguesa. ANG/LPG/ÂC//SG
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