quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Governação


         Primeiro-ministro reconhece politização no aparelho de Estado 

Bissau, 12 Set. 19 (ANG) – O Primeiro-ministro afirmou que existe uma politização excessiva do aparelho de Estado por parte dos partidos políticos que sustentaram os sucessivos governos.

Aristides Gomes citado pela Rádio África FM, falava após o empossamento dos membros do Conselho Permanente da Concertação Social e da Comissão do Seguimento de Implementação do Memorando do Entendimento entre os governo e as duas maiores centrais sindicais do país, nomeadamente a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTC) e a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB).

Gomes afirmou que são os próprios militantes dos partidos é que fazem pressão para serem colocados na função pública de forma ilegal e sem competências.

 “Agora temos que ver como racionalizar as coisas para que o impacto desse problema seja menos negativo possível. Há  três anos que a Guiné-Bissau não recebeu nenhuma ajuda orçamental externa”, sublinhou, tendo demostrado a necessidade de aumentar as receitas internas para melhorar as condições dos servidores do Estado.

O Chefe do Governo frisou que isso tem que acontecer para que se possa, progressivamente, ir no caminho que os parceiros sociais do Executivo estão a indicar,  a melhoria das condições de vida dos servidores de Estado.

Gomes disse que através do Ministério das Finanças, vão pôr a nu, a real situação em relação a lugares onde se pode ir buscar dinheiro, frisando que com a co titularização de contas das principais empresas estatais, estão a tentar controlar e disciplinar a utilização das receitas públicas, salientando que qualquer reforma tem seus custos ou seja, haverá sempre os descontentes.

Por seu turno, o secretário-geral da UNTG, Júlio Mendonça declarou que as Centrais Sindicais, estão disponíveis para contribuir para a estabilização do país, caso o governo assuma as suas responsabilidades, acrescentando que, com envolvimento de todos os membros do Espaço de Concertação Social é possível atingir os objectivos que estão por detrás do Memorando assinado, tendo pedido o diálogo contínuo.

Para Malam Li, Secretário-geral do Conselho Permanente de Concertação Social(CPCS), os acordos assinados entre o Governo e as centrais sindicais devem ser compridos, para evitar que os sindicatos voltassem às paralisações, o que segundo ele, não ajuda a ninguém.

 “Certas pessoas pensavam que só quando o salário mínimo foi fixado em 100 mil francos CFA é que a greve seria desconvocada, mas estão enganados porque mostramos que isso não corresponde a verdade “,frisou.ANG/MSC/ÂC//SG

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