Primeiro-ministro
reconhece politização no aparelho de Estado
Bissau, 12 Set. 19 (ANG) – O
Primeiro-ministro afirmou que existe uma politização excessiva do aparelho de Estado
por parte dos partidos políticos que sustentaram os sucessivos governos.
Aristides Gomes citado pela
Rádio África FM, falava após o empossamento dos membros do Conselho Permanente
da Concertação Social e da Comissão do Seguimento de Implementação do Memorando
do Entendimento entre os governo e as duas maiores centrais sindicais do país,
nomeadamente a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTC) e a
Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB).
Gomes afirmou que são os
próprios militantes dos partidos é que fazem pressão para serem colocados na
função pública de forma ilegal e sem competências.
“Agora temos que ver como racionalizar as
coisas para que o impacto desse problema seja menos negativo possível. Há três anos que a Guiné-Bissau não recebeu
nenhuma ajuda orçamental externa”, sublinhou, tendo demostrado a necessidade de
aumentar as receitas internas para melhorar as condições dos servidores do
Estado.
O Chefe do Governo frisou que
isso tem que acontecer para que se possa, progressivamente, ir no caminho que
os parceiros sociais do Executivo estão a indicar, a melhoria das condições de vida dos servidores
de Estado.
Gomes disse que através do
Ministério das Finanças, vão pôr a nu, a real situação em relação a lugares onde
se pode ir buscar dinheiro, frisando que com a co titularização de contas das
principais empresas estatais, estão a tentar controlar e disciplinar a
utilização das receitas públicas, salientando que qualquer reforma tem seus
custos ou seja, haverá sempre os descontentes.
Por seu turno, o
secretário-geral da UNTG, Júlio Mendonça declarou que as Centrais Sindicais,
estão disponíveis para contribuir para a estabilização do país, caso o governo
assuma as suas responsabilidades, acrescentando que, com envolvimento de todos os
membros do Espaço de Concertação Social é possível atingir os objectivos que
estão por detrás do Memorando assinado, tendo pedido o diálogo contínuo.
Para Malam Li, Secretário-geral
do Conselho Permanente de Concertação Social(CPCS), os acordos assinados entre
o Governo e as centrais sindicais devem ser compridos, para evitar que os
sindicatos voltassem às paralisações, o que segundo ele, não ajuda a ninguém.
“Certas pessoas pensavam que só quando o
salário mínimo foi fixado em 100 mil francos CFA é que a greve seria
desconvocada, mas estão enganados porque mostramos que isso não corresponde a
verdade “,frisou.ANG/MSC/ÂC//SG
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