sexta-feira, 12 de junho de 2020

Cajú/ Movimento da Sociedade Civil e Câmara de Comércio exortam ao Governo para desbloquear a campanha de comercialização

Bissau,12 Jun. 20(ANG) – Os Presidentes do Movimento Nacional da Sociedade Civil e da Câmara de Comércio Indústria, Agricultura e Serviços(CCIAS), exortaram quinta-feira ao Governo no sentido de accionar  mecanismos junto dos bancos comerciais para o desbloqueamento do fundo destinado a financiar a campanha de caju.

Em declarações à imprensa no final da reunião entre as duas organizações, o porta-voz da comissão técnica de seguimento e avaliação  de campanha de caju 2020, da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços, Lássana Sambú, disse que as preocupações das duas organizações têm a ver com a situação dos 15 mil milhões de francos CFA que o Governo disponibilizou aos bancos comerciais para apoiar os empresários na compra da castanha mas que não está a ser utilizada pelos destinatários.

Lássana Sambú criticou  que o executivo antes de colocar o dinheiro nos bancos devia ouvir a opinião dos responsáveis do sector privado.

“Agora que o Governo depositou os 15 mil milhões de francos CFA nos bancos e estes por sua vez definiram os seus critérios para o empréstimo ao sector privado, isso está a dificultar o processo de compra da castanha junto dos camponeses”, disse.

Perguntado sobre as decisões saídas na reunião, aquele responsável sublinhou que o Movimento da Sociedade Civil já fez um levantamento exaustivo da situação e que em breve terá um encontro com o Governo e os responsáveis dos bancos para encontrarem uma saída do impasse.

“Já estamos no período das chuvas e daqui há uma semana se o Governo não reagir as chuvas irão se intensificar, o que poderá complicar ainda mais a situação”, disse.

Lássana Sambú salientou que as condições de armazenamento de caju no interior do país não são das melhores, e sustenta que, com as chuvas o nível da humidade sobe e a castanha de caju perde a qualidade, e que isso irá reflectir no seu preço.

Lássana Sambú sublinhou que o Governo é a única entidade que pode fazer face a situação, diligenciando junto dos bancos no sentido de agilizar os critérios de concessão de créditos aos comerciantes para que possam comprar a castanha junto dos agricultores.

  “Os Intermediários de Negócios são os únicos que podem ir comprar a castanha junto dos produtores ao preço de 375 francos, mas,presentemente,  estão descapitalizados e não dispõe de meios para o efeito”, explicou.

  Sambú disse que as empresas sazonais estão actualmente a oferecer os melhores preços, mas não podem mandar os seu agentes para as matas comprar o caju.  ANG/ÂC//SG

Sem comentários:

Enviar um comentário