Bissau, 08 jun 20 (ANG) - A Alta Comissária para a
Luta Contra a Covid-19 na Guiné-Bissau, Magda Robalo Correia e Silva, disse no
último fim de semana que não vai ser fácil, mas que é possível travar a pandemia do novo
coronavírus no país.
"Não
vai ser fácil, mas é possível com várias atividades e com várias medidas de
contenção", afirmou a antiga ministra da Saúde guineense, após a cerimónia
de tomada de posse, quando questionada pelos jornalistas sobre se é possível
travar a evolução da pandemia no país, que regista 1.368 casos e já causou 12
mortos.
"Temos de identificar focos de infeção, temos
de aumentar a prevenção, temos de melhorar o entendimento da população sobre
aquilo que são as medidas de confinamento",
disse.
Magda
Robalo Correia e Silva salientou também que nunca é tarde para combater a
pandemia do novo coronavírus.
"Se não o fizermos vamos continuar a ver os
números de casos e as mortes a aumentarem", sublinhou.
A
antiga representante da Organização Mundial de Saúde na Namíbia e no Gana disse
também que o seu primeiro trabalho vai ser uma "análise rápida da
situação, perceber a dinâmica da pandemia na Guiné-Bissau para ajustar
estratégias" para que o país possa estar à frente do novo coronavírus e
não correr atrás dele.
O Presidente
da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, nomeou na sexta-feira Magda Robalo
Correia e Silva para o cargo de Alta Comissária para a Luta Contra a Covid-19
no país.
Segundo
um decreto presidencial, divulgado à imprensa, além da nomeação da antiga ministra
da Saúde do Governo de Aristides Gomes, demitido na sequência da sua tomada de
posse como Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló nomeou também Tumane
Balde para o cargo de coordenador-adjunto e Plácido Monteiro Cardoso para
secretário.
O Alto
Comissariado para a Luta Contra a Covid-19 terá como principal objetivo
reformular o plano estratégico, coordenar parcerias e redinamizar o combate
contra o novo coronavírus.
Magda
Robalo Correia e Silva tinha sido nomeada em maio para presidir ao Comité de
Ética e Governação do Fundo Global de Luta Contra a Sida, Tuberculose e
Malária, cargo que vai acumular com as novas funções.
Entre
os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau
lidera em número de infeções (1.368 casos e 12 mortos), seguida da Guiné
Equatorial (1.306 casos e 12 mortos), Cabo Verde (536 casos e cinco mortes),
São Tomé e Príncipe (499 casos e 12 mortos), Moçambique (354 casos e dois
mortos) e Angola (86 infetados e quatro mortos).ANG/Lusa
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