Covid-19/OMS alerta para impacto da pandemia em
mulheres, jovens e crianças
Bissau,02 Jul 20(ANG) - O director-geral da Organiza
ção Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou quarta-feira para as consequências da pandemia de covid-19 na saúde e bem-estar das mulheres, crianças e adolescentes devido à interrupção de serviços de vacinação ou planeamento familiar."A covid-19 amplifica desigualdades
que muitas mulheres, crianças e adolescentes já enfrentam. Muitos países estão
a registar perturbações em serviços rotineiros de saúde, como imunizações,
planeamento familiar e cuidados pré-natais, apoio a crianças doentes e gestão
de subnutrição", alertou Ghebreyesus.
O responsável falava na abertura de
"Vidas em risco", uma cimeira que pretende emitir um apelo aos
líderes internacionais para que se comprometam com um plano de sete pontos para
melhorar e aumentar o investimento em sistemas de saúde e políticas de
protecção social para mulheres, crianças e adolescentes à medida que o mundo
recupera da pandemia.
Tedros Ghebreyesus referiu que os
problemas estão a ser mais sentidos em países de rendimento baixo e médio, onde
"milhões de bebés estão por receber vacinas importantes contra doenças
perigosas", como difteria, sarampo ou poliomielite.
"As famílias de rendimentos baixos
podem não ter acesso a serviços críticos transferidos para a Internet, como
serviços de saúde e ensino, nem conseguem ter acesso a cuidados privados e
medicamentos da forma que outras famílias podem", vincou.
O director-geral da OMS defendeu uma
"abordagem intersetorial" para responder às falhas que surgiram
devido ao colapso de serviços naqueles países.
A cimeira recebeu a inscrição de cerca
de 1.500 delegados de 110 países no evento, que decorre de forma virtual, pela
Internet, entre hoje e quinta-feira.
A pandemia de covid-19 já provocou
mais de 511 mil mortos e infectou mais de 10,5 milhões de
pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência
francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.ANG/Angop
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