Política/JAAC condena atitude dos cinco deputados do PAIGC que viabilizaram o
Programa de Governo
Bissau, 03 Jul 20 (ANG) – A Secretaria-geral adjunta da Juventude Africana Amílcar Cabral (JAAC), braço juvenil do PAIGC, condenou hoje o comportamento dos cinco deputados que participaram na aprovação do programa de governo de Nuno Nabian, contrariando as orientações do seu partido .
Maria Armanda Monteiro
falava numa conferência de imprensa da JAAC , em reação aos últimos acontecimentos no país principalmente o
do dia 29 de Junho passado em que os deputados do partido viabilizaram a margem
das recomendações dos libertadores, o programa do Governo em exercício.
“Quero lembrar que no
momento da ida à eleições legislativas de 2019, todos os candidatos à deputado
do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde assinaram um termo
de compromisso de honra onde juraram não trair o partido e na altura tomaram decisões
em nome do Povo, na base da orientação recebida, cumprindo a Constituição da
República e respeitando o estatuto de deputado, o que não aconteceu ”,frisou.
Monteiro questionou se a
decisão dos deputados do seu partido é legítimo, salientando que essa postura é
para o proveito da população ou para os seus interesses pessoais.
Salientou que o governo de Nuno Nabian veio de um Golpe
de Estado porque derrubaram um executivo
legítimo saído das urnas em menos de 12 meses o que é contra a lei da Guiné-Bissau.
“Por isso peço aos
militantes e simpatizantes do PAIGC a não abandonarem a luta. Hoje podemos
sentir magoados com os que estão fazendo mal ao nosso partido, não devemos
desmoralizar porque ontem na luta de libertação nacional, com todos os sacrifícios
e falta de quase tudo os combatentes não viraram as costas e continuaram firmes
até a conquista da independência”, referiu.
Disse que o PAIGC não deve
ser tomado como uma empresa para conseguir os objectivos pessoais e familiares
de ninguém.
Maria Armanda pediu ao
Conselho Nacional de Jurisdição, enquanto
Tribunal do PAIGC, para assumir as suas responsabilidades perante o
comportamento dos cinco ou seis
deputados que infringiram as normas e os princípios do partido.
Em relação a atitude da
Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO) mediador
indigitado para resolver a crise na Guiné-Bissau, aquela responsável da JAAAC
disse que, para eles esta organização está a faltar à verdade ou seja entre os
países membros da organização só quatro
é que reconhecem Umaro Sissoco Embaló
como Presidente da República da Guiné-Bissau.
Acrescentou que na resolução que reconheceu Sissoco Embaló como Chefe de Estado, também se exigiu a formação de um novo governo de acordo com a Constituição e os resultados eleitorais, mas que até agora nada disso aconteceu. ANG/MSC/ÂC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário