sexta-feira, 3 de julho de 2020

Política/JAAC condena atitude dos cinco deputados do PAIGC que viabilizaram o Programa de Governo

Bissau, 03 Jul 20 (ANG) – A Secretaria-geral adjunta da Juventude Africana Amílcar Cabral (JAAC), braço juvenil do PAIGC, condenou hoje  o comportamento dos cinco deputados que participaram na aprovação do programa de governo de Nuno Nabian, contrariando as orientações do seu partido .

Maria Armanda Monteiro falava numa conferência de imprensa da JAAC , em reação aos  últimos acontecimentos no país principalmente o do dia 29 de Junho passado em que os deputados do partido viabilizaram a margem das recomendações dos libertadores, o programa do Governo em exercício.

“Quero lembrar que no momento da ida à eleições legislativas de 2019, todos os candidatos à deputado do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde assinaram um termo de compromisso de honra onde juraram não trair o partido e na altura tomaram decisões em nome do Povo, na base da orientação recebida, cumprindo a Constituição da República e respeitando o estatuto de deputado, o que não aconteceu ”,frisou.

Monteiro questionou se a decisão dos deputados do seu partido é legítimo, salientando que essa postura é para o proveito da população ou para os seus interesses pessoais.

Salientou  que o governo de Nuno Nabian veio de um Golpe de Estado porque derrubaram  um executivo legítimo saído das urnas em menos de 12 meses o que é contra a lei da Guiné-Bissau.

“Por isso peço aos militantes e simpatizantes do PAIGC a não abandonarem a luta. Hoje podemos sentir magoados com os que estão fazendo mal ao nosso partido, não devemos desmoralizar porque ontem na luta de libertação nacional, com todos os sacrifícios e falta de quase tudo os combatentes não viraram as costas e continuaram firmes até a conquista da independência”, referiu.

Disse que o PAIGC não deve ser tomado como uma empresa para conseguir os objectivos pessoais e familiares de ninguém.

Maria Armanda pediu ao Conselho Nacional  de Jurisdição, enquanto Tribunal do PAIGC, para assumir as suas responsabilidades perante o comportamento dos cinco ou seis  deputados que infringiram as normas e os princípios do partido.

Em relação a atitude da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO) mediador indigitado para resolver a crise na Guiné-Bissau, aquela responsável da JAAAC disse que, para eles esta organização está a faltar à verdade ou seja entre os países membros da organização só  quatro é que reconhecem  Umaro Sissoco Embaló como Presidente da República da Guiné-Bissau.

Acrescentou que na  resolução que reconheceu Sissoco Embaló como Chefe de Estado,  também se exigiu a formação de um novo governo de acordo com a Constituição e os resultados eleitorais, mas que até agora nada disso aconteceu. ANG/MSC/ÂC//SG

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