segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Greve-geral/Governo apela aos funcionários públicos para não participarem na paralisação

Bissau,09 Nov 20(ANG) - O governo pediu aos  funcionários públicos a não adesão  à greve convocada pela maior central sindical do país, a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné(UNTG), com início a partir de hoje e até ao dia 13 do corrente mês.

No comunicado, assinado pela ministra da Administração Pública, Maria Celina Vieira, o Governo sustenta que a situação de calamidade em vigor no país suspende  o direito à greve para não comprometer o funcionamento de setores vitais da economia tendo manifestado “total abertura” para continuar a negociar com os sindicatos.

“O Governo encoraja e apela para todos os funcionários públicos a comparecerem nos seus respetivos postos de trabalho”, refere, em comunicado divulgado à imprensa, recordando que os dias de greve serão descontados nos salários conforme previsto na lei.

As autoridades guineenses decretaram no início de setembro a situação de calamidade e de emergência de saúde até 08 de dezembro devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus.

A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG), maior central sindical do país, convocou uma greve geral na função pública para o período entre hoje segunda e sexta-feira.

A organização de defesa dos trabalhadores  reivindica melhores condições de trabalho.

A Federação dos Transportes Públicos da Guiné-Bissau anunciou também uma paralisação para o período entre 16 e 20 deste mês e o Sindicato Nacional de Enfermeiros, Técnicos de Saúde e Afins iniciou no início de novembro uma greve de 30 dias para reivindicar pagamentos de salários e subsídios em atraso.

No comunicado, a ministra salienta que tentou negociar com a UNTG durante o fim de semana, mas que os “telefones se encontravam simplesmente desligados”.

A ministra da Administração Pública sublinha também que o pagamento de salários aos funcionários públicos representa mais de 60% das receitas internas do país, o que tem sido um “grande problema para a economia nacional”.

O salário mínimo na Guiné-Bissau é de 50.000 francos cfa e segundo a ministra é o terceiro maior da União Económica e Monetária da África Ocidental.

A Confederação Geral de Sindicatos Independentes,(CGSI) outra central sindical, na pessoa de seu Secretário-geral, Ly entretanto não concorda com a greve-geral decretada pela UNTG e recomenda aos seus associados para se comparecerem aos seus postos de serviço.ANG/ÂC//SG

 

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