Abuja/"Uso da Força" no Níger divide Estados da CEDEAO
Bissau, 07 Ago 23 (ANG) - Vários membros da comunidade regional, entre eles o Senegal e a Costa do Marfim, mostraram-se disponíveis a enviar soldados para o Níger, avança o canal de televisão France 24 que cita uma fonte da delegação marfinenses.
A intervenção militar no Níger é vista como uma ameaça para a
Argélia que recusa categoricamente o envio de militares para o país, declarou o
Presidente argelino.
Durante uma entrevista aos órgãos de comunicação
nacionais, Abdelmadjid Tebboune insistiu que não haverá solução sem a
Argélia, sublinhando que o país partilha cerca de mil quilómetros de fronteira
com o Níger.
Na Nigéria, o Presidente Bola Tinubu escreveu aos senadores
pedindo-lhes que aprovassem as resoluções da CEDEAO, mas os eleitos não deram
um cheque em branco ao chefe de Estado. O Senado rejeitou o golpe militar,
todavia opôs-se a um confronto armado no Níger.
A França, pela voz da ministra dos Negócios Estrangeiros,
Catherine Colonna, reiterou "o apoio da França ao Presidente deposto Mohamed Bazoum e ao governo
nigerino, sublinhado que são as únicas autoridades legítimas no país".
A França disse ainda apoiar "firmemente
e com determinação" os esforços da Comunidade Económica dos Estados da
África Ocidental-CEDEAO- para tentar travar o golpe de Estado".
Em entrevista à RFI, a ministra francesa dos Negócios Estrangeiros
admitiu que “a perspetiva de ter que recorrer a outros meios deve ser levada muito a
sério”,
aconselhando os golpistas a “desistirem desta aventura”.
O Mali e o Burkina Faso já vieram mostrar a solidariedade com o
país vizinho que terá já pedido ajuda ao grupo mercenário russo Wagner
perante a possibilidade de uma intervenção militar da CEDEAO.
A informação foi avançada por um investigador do Soufan Center, com sede em Nova Iorque, que referiu que o pedido foi feito durante uma visita de um dos líderes do golpe de Estado, o general Salifou Mody, ao vizinho Mali, onde contactou com um responsável do grupo Wagner. ANG/RFI
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